
“Se o que eu fiz, por amor ao meu filho, � errado, quero ser preso todos os dias. Amar demais um filho n�o � pecado!” Foi com frases fortes como estas que o soldador Cristiano Alexandres da Silva, de 31 anos, justificou sua decis�o de entrar numa creche na Regi�o Norte de Belo Horizonte e pegar seu filho, de 3 anos, na quarta-feira, para em seguida tomar rumo ignorado com a crian�a. Arrependido, ele diz que se sente injusti�ado de ter sido afastado de seus filho, j� que n�o h� qualquer decis�o judiciial nesse sentido.
“Voc� n�o imagina o que � ficar um ano e quatro meses longe de seu filho. Tentar v�-lo e ser impedido. Pedi ajuda nas pol�cias militar e civil, entrei com pedido na Justi�a, e disseram que me responderiam por carta, mas se passou todo esse tempo e nada. N�o me arrependo, pois n�o estou me escondendo. Tenho direito de ver meu filho e compartilhar meu amor. Estou esperando s� as autoridades decidirem para eu dizer onde estou”, afirmou o soldador.
O soldador evitou fazer cr�ticas � ex-mulher, e apenas disse que por quatro vezes que tentou se aproximar de seu filho foi impedido. “J� vi que disseram que eu ameacei matar meu filho. Isso n�o tem l�gica. Amo muito ele, como tamb�m o filho mais velho dela, pois afinal foram cinco anos de conviv�ncia. Vamos resolver essa situa��o, sei que agora vai, pois confio que depois disso tudo, a Justi�a vai decidir o que � melhor”, pontuou.
A m�e a crian�a, Bet�nia Francisca, foi procurada e disse que o caso j� est� sob apura��o da Pol�cia Civil. Ela disse que, para n�o atrapalhar o andamento das investiga��es, n�o poderia falar qualquer coisa. Mas deixou escapar que est� muito abalada e temerosa em rela��o a integridade da crian�a.
O menino foi levado na quarta-feira quando estava numa creche do Bairro S�o Tomaz, Norte de Belo Horizonte. Funcion�rios disseram que o soldador entrou no local sob pretexto de que matricularia seu filho. Em dado momento, foi at� o local em que estava o menino e o pegou, tomando rumo ignorado. No dia seguinte ao fato, segundo a coordenadora da creche, o pai ligou e pediu desculpas aos funcion�rios e informou que n�o h� impedimento judicial para que ele veja o filho, justificando o fato de t�-lo pego no local.