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Estado de Minas

Bandidos que sequestraram advogada em BH s�o reincidentes; v�tima e criminosos morreram

Pol�cia Militar cobra maior rigor no cumprimento da legisla��o. Pelo menos dois dos bandidos que sequestraram advogada e se envolveram em acidente fatal s�o reincidentes


postado em 06/10/2017 06:00 / atualizado em 06/10/2017 09:06

Ver galeria . 5 Fotos Marcos Vieira/EM/DA Press
(foto: Marcos Vieira/EM/DA Press )
O fim tr�gico da advogada M�rcia Cristina Pereira Ribeiro, de 46 anos, que morreu na noite de quarta-feira ap�s ser sequestrada por bandidos que queriam roubar seu carro em Belo Horizonte, motivou uma rea��o da Pol�cia Militar contra a reincid�ncia dos ladr�es nas ruas da cidade. A advogada, que trabalhava no Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Minas Gerais (CAU/MG), foi surpreendida pelos bandidos na porta de casa, no Bairro Brasil Industrial, na Regi�o do Barreiro, e foi levada com o ve�culo. Depois de fugir de uma abordagem policial, os criminosos acabaram provocando um acidente no Anel Rodovi�rio. Com o impacto da batida, M�rcia e os tr�s ladr�es morreram. O comandante do 41º Batalh�o da PM, unidade que faz o policiamento da Regi�o do Barreiro, tenente-coronel Messias Alan de Magalh�es, cobrou maior rigor no cumprimento da legisla��o que j� existe no Brasil, pois, segundo o militar, pelo menos dois dos tr�s ladr�es j� tinham passagens na pol�cia por roubo, o que significa emprego de viol�ncia, e mesmo assim estavam em liberdade.

At� o fechamento desta edi��o, a Pol�cia Militar havia levantado a identidade de dois dos tr�s bandidos. Adriano Mendes, de 21, j� tinha passagens por roubo de ve�culo, j� tinha sido pego com carro roubado (recepta��o), foi preso com r�plica de arma de fogo, al�m de ter sido flagrado por uso de drogas e de documento falso. J� Jos� Alves da Silva J�nior, de 33, j� tinha sido preso por roubar um posto de gasolina, uma padaria e por tr�fico de drogas. “Como essas pessoas n�o estavam presas? A pena m�nima para o crime de roubo � de quatro anos. N�o � s� a nossa legisla��o que � fraca. A lei que j� existe n�o � aplicada corretamente”, diz o tenente-coronel. O militar destaca que em todos os casos de roubo que a dupla foi flagrada houve emprego de viol�ncia, o que deveria motivar a pris�o dos autores. “A reincid�ncia criminal interfere diretamente na paz social. Se um cidad�o comete crimes e mesmo assim � colocado em liberdade, a sensa��o que ele tem � de que a san��o n�o vai ser aplicada. A Pol�cia Militar prende esses bandidos e eles voltam para as ruas”, afirma.

"A M�rcia era uma pessoa excelente, muito dedicada � fam�lia. Morava com meus pais e cuidava de todos. Meu pai faleceu recentemente e agora a perdemos"

Maria Alice Pereira Ribeiro do Nascimento 37 anos, irm� da advogada


MODUS OPERANDI Os detalhes do crime que terminou com a morte da advogada M�rcia Cristina ajudam a entender a reincid�ncia cometida pelos bandidos. Segundo a Pol�cia Militar, tr�s homens abordaram M�rcia no momento em que ela chegava em casa, de carro, acompanhada da irm�, Maria Alice do Nascimento, de 37. Eles ocupavam um carro que tinha sido roubado dias antes no Bairro Vista Alegre, Regi�o Oeste de BH, em um modus operandi parecido com o �ltimo da carreira criminosa dos ladr�es. Depois de abordar a v�tima, eles a colocaram no carro e a soltaram em um buraco, com o carro em movimento, em uma estrada de terra em Ribeir�o das Neves, na Grande BH. A pol�cia n�o sabe se os ladr�es s�o exatamente os mesmos nas duas ocorr�ncias, mas o fato � que, seis dias depois, o grupo voltou a agir.

 Muito abalada com a situa��o, Maria Alice contou apenas que chegava com a irm� na casa dos pais, onde M�rcia tamb�m morava, quando desceu do carro para abrir o port�o. “Eles chegaram e dois entraram no carro da minha irm�. O outro ficou no carro em que eles chegaram. Depois, eles abandonaram o primeiro carro e foram todos para o carro dela. A princ�pio, queriam apenas o carro, porque n�o pediram pertences nem nada”, afirma. A assistente administrativa diz que como estava fora do carro, n�o conseguiu ver se os ladr�es estavam armados, mas ficou muito desesperada com a situa��o. A PM foi acionada e chegou a perseguir os bandidos, mas acabou perdendo o carro de vista antes que ele se chocasse contra um poste da Rua Sacadura Cabral, no Bairro Vila Oeste, Oeste de BH, via que funciona como marginal do Anel Rodovi�rio. A advogada, que n�o exercia a profiss�o, trabalhava como secret�ria do plen�rio do colegiado de entidades de arquitetos do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Minas Gerais, n�o era casada e tamb�m n�o tinha filhos. Seu corpo foi sepultado ontem, �s 10h.

 

Entrevista

 

Maria Alice Pereira Ribeiro do Nascimento 37 anos, irm� da advogada

1 - Como tudo aconteceu?
N�s est�vamos chegando na casa da minha irm� e dos meus pais e eu desci para abrir o port�o. Nesse momento, os bandidos se aproximaram. Dois entraram no carro da minha irm�. O outro ficou no carro em que eles chegaram.

2 - Por que eles a levaram no carro?
A princ�pio queriam era o carro, porque n�o pediram pertences nem nada. No desespero, n�o consegui observar nada, mas vi que eles foram violentos. Primeiro ela estava no banco da frente e depois a colocaram no banco de tr�s.

3 - Qual recorda��o voc� vai guardar da sua irm�?
A M�rcia era uma pessoa excelente, muito dedicada � fam�lia. Morava com meus pais e cuidava de todos. Meu pai faleceu recentemente e agora a perdemos. � uma situa��o de desespero muito grande.

 


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