
Em seu perfil em uma rede social, Dami�o se apresentava como uma figura pac�fica e solid�ria. “Se algu�m duvidar, visita minha fam�lia. Eu fazia de tudo para ajudar, nunca fiz mal a ningu�m”. Ele escreveu pela �ltima vez e publicou na segunda-feira, 2 de outubro, �s 12h35. Ainda na manh� daquele dia, fez uma publica��o dizendo que “tudo o que toca vira o que quiser”. No texto, postado �s 9h54, ele diz que “sempre plantou amor, verdade, paz, felicidade e liberdade”. Al�m disso, o perfil mostrava mensagens confusas como, por exemplo, “tem gentes (sic) dando rem�dio escondido para padres ficarem com deprens�o (sic) at� eles associar (sic) ao mal depois deixa de dar que gera��o est� esperando. Que pa�s � esse?”. No in�cio da tarde de ontem, o perfil foi exclu�do das redes sociais.
Em 2014, segundo informa��es apuradas pelo Estado de Minas, Dami�o come�ou a apresentar problemas psiqui�tricos e chegou a fazer tratamento em uma cl�nica da cidade. Como servidor p�blico, por�m, ele nunca havia enfrentado ocorr�ncias de ordem disciplinar ou qualquer desvio, de acordo com a Prefeitura de Jana�ba. Ele trabalhava como funcion�rio municipal desde 2008.

Vigia do Centro de Educa��o Municipal Gente Inocente, creche onde ocorreu o crime, Dami�o foi ao local entregar um atestado m�dico, ap�s per�odo de f�rias. As causas que o levaram a agir ontem s�o ainda desconhecidas. “� uma situa��o muito complicada. Era um funcion�rio efetivo que estava de f�rias. Tinha acabado de retornar e foi at� a Cemei Gente Inocente. Ele bateu no port�o dizendo que entregaria o atestado m�dico, pois alegava que n�o estava passando bem. Era funcion�rio desde 2008 e nunca teve registro de ocorr�ncia que a gente pudesse imaginar algo desta natureza”, lamentou o prefeito Carlos Isaildon Mendes (PSDB).
Dami�o nasceu em 21 de maio de 1967, em Porteirinha, no Norte de Minas, a cerca de 28 quil�metros de Jana�ba. O pai j� � falecido, mas a m�e, os irm�os e o sobrinho moram na cidade onde ocorreu o crime. Dami�o residia no mesmo bairro onde se localiza a creche, em Rio Novo. A rua � de terra e ele n�o era casado nem tinha filhos. O acusado iniciou estudos em uma faculdade particular da cidade em um curso a dist�ncia de servi�os sociais, mas n�o deu continuidade �s aulas.

Nas redes sociais, como��o
A trag�dia em Jana�ba provocou como��o em todo o pa�s. Nas redes sociais, a hashtag com o nome da cidade rapidamente alcan�ou a lideran�a como a mais postada no Brasil. No mundo, a palavra estava em quinto como a mais utilizada pelos internautas. A maioria das frases era de pesar pela perda das crian�as. Por meio do Twitter, v�rias mensagens foram publicadas por internautas que prestaram solidariedade aos familiares das v�timas, cobraram justi�a e se mostraram estarrecidos com o que ocorreu na cidade.
A cantora Ivete Sangalo foi uma das celebridades que prestaram solidariedade �s fam�lias de crian�as e funcion�rios da creche Gente Inocente pela trag�dia ocorrida na manh� de ontem. Em v�deo publicado, a cantora se perguntou: “Por que � que a gente est� chegando nesse n�vel de crueldade, de falta de alegria, de estar vivo, de fazer mal ao outro? Eu queria deixar aqui, se � que � poss�vel, o meu lamento, a minha tristeza. Eu me junto a toda essa cidade, m�es, creche, professoras”, se solidarizou a cantora.
Pelo pa�s, v�rios internautas mandaram mensagens de solidariedade. “Uma not�cia tr�gica dessa ocorrida em Jana�ba � pra acabar com o dia de qualquer um”, disse Douglas Fernandes. “Com uma not�cia ruim dessas, at� o dia da gente automaticamente fica ruim tamb�m”, postou Sanya Tahys. “Horrorizada com o que aconteceu em Jana�ba, minhas condol�ncias �s fam�lias e � popula��o afetada”, diz Gl�ria Costa. “Jana�ba, o pa�s est� com voc�s”, afirmou Victor Sampaio. “Nossa, essa trag�dia de Jana�ba me deixou mal, viu. Que Deus tenha miseric�rdia das criancinhas e dos familiares”, comentou Juliana. “Que triste o que aconteceu na creche em Jana�ba... Eu n�o sei como algu�m tem coragem de fazer algo contra crian�as”, desabafou Ana Carolina.
Em seu perfil em uma rede social, Dami�o se apresentava como uma figura pac�fica e solid�ria. “Se algu�m duvidar, visita minha fam�lia. Eu fazia de tudo para ajudar, nunca fiz mal a ningu�m”. Ele escreveu pela �ltima vez e publicou na segunda-feira, 2 de outubro, �s 12h35. Ainda na manh� daquele dia, fez uma publica��o dizendo que “tudo o que toca vira o que quiser”. No texto, postado �s 9h54, ele diz que “sempre plantou amor, verdade, paz, felicidade e liberdade”. Al�m disso, o perfil mostrava mensagens confusas como, por exemplo, “tem gentes (sic) dando rem�dio escondido para padres ficarem com deprens�o (sic) at� eles associar (sic) ao mal depois deixa de dar que gera��o est� esperando. Que pa�s � esse?”. No in�cio da tarde de ontem, o perfil foi exclu�do das redes sociais.
Em 2014, segundo informa��es apuradas pelo Estado de Minas, Dami�o come�ou a apresentar problemas psiqui�tricos e chegou a fazer tratamento em uma cl�nica da cidade. Como servidor p�blico, por�m, ele nunca havia enfrentado ocorr�ncias de ordem disciplinar ou qualquer desvio, de acordo com a Prefeitura de Jana�ba. Ele trabalhava como funcion�rio municipal desde 2008.

Vigia do Centro de Educa��o Municipal Gente Inocente, creche onde ocorreu o crime, Dami�o foi ao local entregar um atestado m�dico, ap�s per�odo de f�rias. As causas que o levaram a agir ontem s�o ainda desconhecidas. “� uma situa��o muito complicada. Era um funcion�rio efetivo que estava de f�rias. Tinha acabado de retornar e foi at� a Cemei Gente Inocente. Ele bateu no port�o dizendo que entregaria o atestado m�dico, pois alegava que n�o estava passando bem. Era funcion�rio desde 2008 e nunca teve registro de ocorr�ncia que a gente pudesse imaginar algo desta natureza”, lamentou o prefeito Carlos Isaildon Mendes (PSDB).
Dami�o nasceu em 21 de maio de 1967, em Porteirinha, no Norte de Minas, a cerca de 28 quil�metros de Jana�ba. O pai j� � falecido, mas a m�e, os irm�os e o sobrinho moram na cidade onde ocorreu o crime. Dami�o residia no mesmo bairro onde se localiza a creche, em Rio Novo. A rua � de terra e ele n�o era casado nem tinha filhos. O acusado iniciou estudos em uma faculdade particular da cidade em um curso a dist�ncia de servi�os sociais, mas n�o deu continuidade �s aulas.

Nas redes sociais, como��o
A trag�dia em Jana�ba provocou como��o em todo o pa�s. Nas redes sociais, a hashtag com o nome da cidade rapidamente alcan�ou a lideran�a como a mais postada no Brasil. No mundo, a palavra estava em quinto como a mais utilizada pelos internautas. A maioria das frases era de pesar pela perda das crian�as. Por meio do Twitter, v�rias mensagens foram publicadas por internautas que prestaram solidariedade aos familiares das v�timas, cobraram justi�a e se mostraram estarrecidos com o que ocorreu na cidade.
A cantora Ivete Sangalo foi uma das celebridades que prestaram solidariedade �s fam�lias de crian�as e funcion�rios da creche Gente Inocente pela trag�dia ocorrida na manh� de ontem. Em v�deo publicado, a cantora se perguntou: “Por que � que a gente est� chegando nesse n�vel de crueldade, de falta de alegria, de estar vivo, de fazer mal ao outro? Eu queria deixar aqui, se � que � poss�vel, o meu lamento, a minha tristeza. Eu me junto a toda essa cidade, m�es, creche, professoras”, se solidarizou a cantora.
Pelo pa�s, v�rios internautas mandaram mensagens de solidariedade. “Uma not�cia tr�gica dessa ocorrida em Jana�ba � pra acabar com o dia de qualquer um”, disse Douglas Fernandes. “Com uma not�cia ruim dessas, at� o dia da gente automaticamente fica ruim tamb�m”, postou Sanya Tahys. “Horrorizada com o que aconteceu em Jana�ba, minhas condol�ncias �s fam�lias e � popula��o afetada”, diz Gl�ria Costa. “Jana�ba, o pa�s est� com voc�s”, afirmou Victor Sampaio. “Nossa, essa trag�dia de Jana�ba me deixou mal, viu. Que Deus tenha miseric�rdia das criancinhas e dos familiares”, comentou Juliana. “Que triste o que aconteceu na creche em Jana�ba... Eu n�o sei como algu�m tem coragem de fazer algo contra crian�as”, desabafou Ana Carolina.

Imprensa estrangeira destaca ataque e mortes
A imprensa internacional repercutiiu ontem o ataque � creche de Jana�ba, que deixou quatro crian�as mortas e o homem que ateou fogo � escola. A rede inglesa BBC destacou informa��es e v�deos que mostram as cenas de c�os na �rea de fora da creche e noticiou que 40 pessoas foram levadas a hospitais. O jornal norte-americano The New York Times relatou brevemente a situa��o, dando destaque para o fato de o homem ser funcion�rio do local h� nove anos e informou que os motivos do ataque n�o foram esclarecidos. O jornal mexicano La Cr�nica divulgou que as crian�as morreram depois de um homem ter 'enlouquecido' e colocado fogo na creche do Norte de Minas. Destaca tamb�m que os motivos do ataque n�o est�o claros.
Vida sustentada no campo e no com�rcio
Abalada pela trag�dia de ontem, Jana�ba, cujo nome de origem ind�gena significa algod�o de seda – express�o de tamanha suavidade quanto a inoc�ncia das crian�as –, n�o merecia ocupar destaque na imprensa nacional e internacional em raz�o da crueldade cometida no Centro Infantil Gente Inocente. Os primeiros moradores do territ�rio que abriga a cidade, fundada em 1943, foram gente sofrida: negros que fugiram do cativeiro e �ndios perseguidos por bandeirantes.
No �ltimo censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), de 2010, o total de crian�as com idade at� 6 anos no munic�pio somava 7.166, o equivalente a 10,7% de toda popula��o � �poca (66.803). O n�mero de habitantes subiu para 71.653 neste ano, ainda segundo o instituto.
Como se trata de uma estimativa (o censo � elaborado a cada 10 anos), esse balan�o n�o foi destrinchado por faixa et�ria. H� sete anos, a taxa de escolariza��o de crian�as e adolescentes de 6 a 14 anos era de 98,5%.
A procura de um futuro melhor, os habitantes de Jana�ba t�m no agroneg�cio e no com�rcio as principais fontes de emprego e renda. Afinal, o sal�rio m�dio mensal de quem est� no emprego formal � de 1,7 sal�rios m�nimos. Em Belo Horizonte, a t�tulo de compara��o, a renda corresponde a 3,7 sal�rios.