Complexo, demorado e doloroso. Foram com essas palavras que o cirurgi�o pl�stico Marcos Mafra, coordenador da unidade de tratamento de queimados do Hospital Jo�o XXIII, descreveu o tratamento das v�timas do ataque a creche Gente Inocente, em Jana�ba, na Regi�o Norte de Minas Gerais. Na unidade de sa�de est�o oito pessoas, sendo seis crian�as e duas professoras. Todas est�o na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com quadro grave e com risco de morrer. Mesmo estado de sa�de dos tr�s garotos feridos encaminhados para o Hospital Odilon Behrens.
Dos pacientes que est�o no hospital, tr�s crian�as est�o com um quadro de queimaduras cut�neas e das vias a�reas. Outras tr�s apresentaram quadro de intoxica��o e n�o apresentam quadro de queimaduras externas. Entre as v�rias etapas do tratamento est� cirurgias pl�sticas para retirada da pele queimada e posterior enxerto.
O hospital acionou o protocolo de cat�strofe, para se mobilizar e atender um grande n�mero de pessoas v�timas da trag�dia. A equipe de tratamento inclui m�dicos, fisioterapeutas, psic�logos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais.
Odilon Behrens
No Hospital Metropolitano Odilon Behrens, em Belo Horizonte, tr�s crian�as est�o internadas, todas elas continuam em estado grave e no Centro de Terapia Intensiva (CTI). Elas sofreram ferimentos nas vias respirat�rias, e retornaram para um hospital de Jana�ba horas depois da trag�dia.
Est�o no hospital os garotos A.S, de 2 anos, D.J, de 4, e a menina S.E, de 5. Segundo o pediatra Marcos Evangelista de Abreu, gerente de pediatria do Hospital Metropolitano Odilon Behrens, as v�timas estavam na creche no momento do ataque do vigia Dami�o Soares da Silva, de 50 anos, que provocou nove mortes, sendo sete crian�as, uma professora, e o pr�prio seguran�a, e ferimentos em 41 pessoas.
“Importante registrar que houve uma orienta��o muito importante aos pais que mesmo essas crian�as, que em um primeiro momento estavam bem, eles foram orientados de que se as crian�as tivessem alguma altera��o respirat�ria, mesmo que discreto, que elas retornassem a unidade de sa�de. Foi o que aconteceu. Elas n�o queimaram a pele, mas come�aram a apresentar sintomas de dificuldade respirat�ria. Tosse, cansa�o”, explicou Marcos Evangelista.