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Estado de Minas

Professora considerada hero�na em trag�dia � enterrada em Jana�ba

Um cortejo foi feito pela cidade no carro do Corpo de Bombeiros. Centenas de pessoas acompanharam o trajeto. Antes do sepultamento, o marido da educadora fez um discurso emocionado.


06/10/2017 18:24 - atualizado 06/10/2017 18:38

Ver galeria . 11 Fotos Enterro foi acompanhado por centenas de pessoasLuiz Ribeiro/EM/D.A.Press
Enterro foi acompanhado por centenas de pessoas (foto: Luiz Ribeiro/EM/D.A.Press )

Sob aplausos e grande como��o, o corpo da professora Helley Abreu Batista, de 43 anos, que foi apontada como hero�na por ajudar crian�as durante o ataque a creche de Jana�ba, no Norte de Minas Gerais, mesmo em chamas, foi enterrado nesta sexta-feira. Um cortejo foi feito pela cidade no carro do Corpo de Bombeiros. Centenas de pessoas acompanharam o trajeto. Antes do sepultamento, o marido da educadora fez um discurso emocionado.

O corpo da professora foi colocado em um caminh�o do Corpo de Bombeiros que saiu do vel�rio at� o Cemit�rio S�o Lucas, acompanhando de uma multid�o. O marido de Helly, Luiz Carlos Batista, seguiu ao lado do caix�o em cima do ve�culo. Algumas pessoas seguiram a p� e outras em carros e motos.

Antes do sepultamento, Luiz Carlos pediu a palavra e fez um discurso que emocionou todos que prestavam as �ltimas homenagens a mulher. Segundo ele, Helley tinha muito carinho com as crian�as da creche. ''Ela considerava as crian�as como se fossem os seus filhos'', disse.

Ele contou que uma amiga da professora pediu que ela n�o fosse a aula no dia da trag�dia. “No dia anterior, uma amiga avisou que para ela n�o ir na aula, porque estava muito rouca e gripada. Mas, ela n�o quis”, comentou. “Foi enviada por Deus para tentar salvar as crian�as. Foi um grande exemplo”, completou.

Helley era funcion�ria efetiva do centro infantil e morava no munic�pio de Nova Porteirinha, separado de Jana�ba por um rio. O corpo da professora ficou t�o queimado que foi reconhecido pelo marido por meio da arcada dent�ria. Ela entrou e saiu tr�s vezes da sala de aula para tentar salvar as crian�as. Segundo as investiga��es da pol�cia, tamb�m chegou a brigar com o vigia para tentar evitar o crime.

Nesta manh�, o clima de como��o tamb�m se manteve durante o sepultamento de outras duas v�timas. A menina Ana Clara Ferreira da Silva, de quatro anos e Ruan Miguel Soares Silva, da mesma idade. Foram os primeiros enterros das v�timas da trag�dia da creche Gente Inocente. O corpo de Ana Clara foi velado na casa simples da fam�lia no Bairro Rio Novo. Os pais da menina, o lavrador Nelsir de Jesus Silva, e a dom�stica Luana Ferreira de Jesus ficaram desconsolados e, desesperados, foram amparados por parentes e amigos.

O casal tem outros dois filhos v�timas da trag�dia que foram transferidos em estado grave para a Santa Casa de Montes Claros, onde continuam internados. Os presentes no sepultamento fizeram uma ora��o para confortar os pais da garotinha, uma das cinco crian�as que morreram ap�s terem os corpos incendiados pelo vigia Dami�o Soares dos Santos, de 50 anos.

O segundo sepultamento foi do garoto Ruan Miguel. A m�e dele chegou a passar mal em alguns momentos por conta da como��o pela perda do filho. O pai da crian�a tamb�m se sentiu mal e n�o foi ao cemit�rio. A tia de Ruan, Maria de Jesus Pereira, estava bastante emocionada. "� um momento de muita dor para n�s. Muito dif�cil aceitar uma situa��o dessa", afirma. Ruan Miguel e Ana Clara residiam no Bairro Rio Novo, mesma regi�o onde fica a creche Gente Inocente.

Vigia

Enquanto o corpo da professora era sepultado, amigos se despediam de Dami�o Soares, o vigia que ateou fogo na creche. Familiares dele n�o quiseram participar do enterro por medo de repres�lias. As pol�cias Civil e Militar tamb�m orientaram a n�o falar sobre o local e hor�rio do sepultamento dele.


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