Duas mulheres de 37 e 55 anos morreram na explos�o de uma f�brica de fogos de artif�cio, em Santo Ant�nio do Monte, no Centro-Oeste de Minas Gerais, na manh� de ter�a-feira. A per�cia da Pol�cia Civil e uma equipe do Ex�rcito Brasileiro, respons�vel pela fiscaliza��o de explosivos, compareceram ao local e far�o o levantamento das causas do acidente. O local segue interditado enquanto aguarda resultado da per�cia.
Conforme a PM, as funcion�rias trabalhavam na manipula��o de p�lvora e colagem dos produtos. As duas atividades s�o consideradas perigosas, segundo a pol�cia. Ningu�m mais se feriu no acidente. Ainda segundo a assessoria, a f�brica possui mais de 40 pavilh�es. Conforme determina��o do Ex�rcito, para garantir o controle e a seguran�a, apenas dois funcion�rios trabalham em cada pavilh�o. O acidente ocorreu em um deles.
De acordo com o coordenador do Sindicato das Ind�strias de Explosivos no Estado de Minas Gerais (Sindiemg), Am�rico Lib�rio da Silva, as v�timas trabalhavam h� mais de tr�s anos na empresa. Joelma Aparecida de Morais, de 37 anos, trabalhava na empresa h� 4 anos, enquanto Solange Aparecida da Silva Santos, de 55 anos, j� trabalhava na f�brica h� 7 anos.
Segundo o coordenador do Sindiemg, ainda n�o h� informa��es concretas sobre o que pode ter causado a explos�o. “Assim que sair o laudo tomaremos provid�ncias para evitar novos acidentes.”, explica Silva. “A empresa tem mais de 40 anos e nunca teve acidente com v�tima fatal. Est� toda legal junto aos �rg�os de fiscaliza��o, apesar de estar atuando com um quadro reduzido de funcion�rios”, destacou.
O Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu) compareceu ao local para constar o �bito das v�timas. O Corpo de Bombeiros de Divin�polis informou que n�o h� risco de nova explos�o.
ACIDENTES Desde 2013, pelo menos 11 pessoas morreram em explos�es ou inc�ndios em f�bricas de fogos de artif�cio em Santo Ant�nio do Monte. A cidade tem tradi��o na produ��o de fogos e concentra alto n�mero de acidentes em f�bricas do produto. O caso mais recente aconteceu em setembro, quando uma mulher de 48 anos teve 73% de seu corpo queimado em uma explos�o dentro de uma f�brica da cidade. Em julho, dois homens morreram em outra explos�o em um dos galp�es da empresa Apollo, tamb�m na zona rural da cidade.
H� anos, moradores do munic�pio relatam a ang�stia de trabalhar na ind�stria de fogos, respons�vel pela gera��o de cerca de 15 mil empregos na cidade e praticamente a �nica possibilidade de trabalho no munic�pio. Segundo a Associa��o Brasileira de Pirotecnia, no ano de 1800 j� havia fabricantes de fogos de artif�cio no munic�pio. A tradi��o pirot�cnica da cidade come�ou em 1859, quando os irm�os Joaquim Ant�nio da Silva e Luiz Mez�ncio da Silva (Luiz Macota) come�aram a fabricar roj�es, atraindo o interesse de outras pessoas e dando origem ao polo pirot�cnico que hoje re�ne 79 f�bricas.
* Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Marc�lio de Moraes