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Estado de Minas

Equipe que atendeu v�timas de inc�ndio na Boate Kiss visita m�dicos em Jana�ba

Parentes das v�timas da queda do avi�o da Chapecoense tamb�m apoiam a prefeitura ap�s inc�ndio em creche matar 11 pessoas


postado em 20/10/2017 06:00 / atualizado em 20/10/2017 07:59

Crianças da creche Gente Inocente voltaram às aulas e foram acolhidas em outras unidades (foto: Prefeitura de Janaúba/Divulgação)
Crian�as da creche Gente Inocente voltaram �s aulas e foram acolhidas em outras unidades (foto: Prefeitura de Jana�ba/Divulga��o)

No dia em que as crian�as matriculadas do Centro Municipal de Educa��o Infantil (Cemei) Gente Inocente de Jana�ba, Norte de Minas, voltaram �s aulas, um ensinamento de quem passou por situa��o semelhante ajuda a amenizar a dor e o sofrimento das v�timas e familiares da trag�dia, ocorrida no �ltimo dia 5. A fim de facilitar a recupera��o dos feridos no ataque da creche, m�dicos da cidade receberam nesta semana uma equipe de especialistas que atuaram no atendimento �s v�timas do inc�ndio da boate Kiss, ocorrido em 27 de janeiro de 2013 em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. A equipe da Prefeitura de Jana�ba tamb�m recebe o apoio da associa��o de parentes das v�timas da trag�dia da queda do avi�o do time da Chapecoense, que aconteceu no final de novembro do ano passado.

Estiveram em Jana�ba nesta semana seis profissionais, incluindo enfermeiros, m�dicos e um fisioterapeuta, do Centro Integrado de Atendimento �s Vitimas de Acidentes (Ciava), criado em Santa Maria para a assist�ncia �s v�timas do inc�ndio na boate Kiss, que provocou 242 mortes e deixou 680 feridos, a segunda maior trag�dia em um inc�ndio no Brasil – superado apenas pela trag�dia do Gran Circus Norte-Americano, ocorrido em 1961, em Niter�i, que resultou em 503 mortes. Entre segunda-feira e a manh� de quarta-feira, eles passaram informa��es sobre como devem ser os procedimentos para a recupera��o das les�es de queimaduras e tamb�m o atendimento psicol�gico e psiqui�trico �s m�es e pais das crian�as mortas nas trag�dias e outras v�timas do triste acontecimento.

“A experi�ncia trazida pela equipe de Santa Maria foi norteadora para nosso trabalho no atendimento �s v�timas, pois est�vamos um pouco sem no��o do que realmente fazer diante de uma situa��o”, afirma a secret�ria municipal de Sa�de de Jana�ba, Cecilia Moreira Freitas.

A equipe multidisciplinar da cidade ga�cha foi acompanhada pela gerente de Aten��o � Sa�de de Santa Maria, Soeli Terezinha Guerra, e pelo subsecret�rio de Pol�tica de A��es em Sa�de do Rio Grande do Sul, Homero Sousa Filho. Uma equipe da Ger�ncia Regional de Sa�de (GRS) de Montes Claros tamb�m contribui nas a��es.

Como o tratamento dos sobreviventes � demorado e doloroso, a qualifica��o dos profissionais de Jana�ba � de suma import�ncia. “No ato da trag�dia – e at� ent�o – todo mundo esteve envolvido no atendimento emergencial (�s v�timas). A partir de agora, vamos partir para o planejamento do atendimento a longo prazo”, afirmou Cecilia Freitas. Ela lembrou que a recupera��o das v�timas do inc�ndio podem durar meses ou at� anos.

A secret�ria municipal de Sa�de salientou tamb�m que, al�m das crian�as e funcion�rios da creche que tiveram les�es provocadas pelo fogo, existem ainda as chamadas “v�timas indiretas”. Entre elas est�o vizinhos da creche e um grupo de pedreiros que ajudaram no socorro das v�timas durante o inc�ndio e que inalaram fuma�a t�xica. Essas pessoas ter�o que passar por avalia��o m�dica e, alguns casos, tamb�m por acompanhamento psicol�gico.

Cecilia Freitas disse que a equipe de Santa Maria repassou informa��es sobre protocolos de condutas m�dicas e todos os cuidados que devem ser adotados com crian�as que tiveram les�es provocadas pelas queimaduras. “Uma preocupa��o no tratamento � ter cuidados para se evitar infec��es. Fomos alertados, por exemplo, que uma professora que teve os bra�os queimados j� estava tendo problema de limita��o f�sica. Por isso, ela ter� fazer fisioterapia”, revelou.

Trabalho de aux�lio �s v�timas


De Santa Catarina um apoio vem da Associa��o Brasileira de V�timas do Acidente com a Chapecoense (Abravic), criada com o objetivo de defender os interesses e garantir o aux�lio �s v�timas da trag�dia com o avi�o do time catarinense, ocorrido em 28 de novembro de 2016. A aeronave fretada da empresa boliviana LaMia caiu a 30 quil�metros do Aeroporto Internacional Jos� Mar�a C�rdova, nas proximidades de Medell�n (Col�mbia), deixando 71 mortos e seis sobreviventes.

Foi o pr�prio presidente da entidade, Gabriel Santos Cordeiro de Andrade, que logo ap�s o ataque da creche procurou o prefeito de Jana�ba, Carlos Isaildon Mendes (PSDB), e visitou parentes das v�timas internadas em Montes Claros. Andrade revela que orientou o prefeito qual a maneira deveria agir, principalmente, nos primeiros momentos ap�s o ataque. “� muito importante a a��o nos primeiros dias ap�s o acontecimento, quando as pessoas ficam comovidas e prestam solidariedade, cobrar a��es que tenham efeito a m�dio e longo prazo – e n�o apenas emergenciais”, afirmou.

Ele lembrou que, depois desse “momento de como��o”, a tend�ncia � que a maioria das pessoas n�o atingidas ou que vivem longe da regi�o venham “esquecer” a trag�dia. “Mas as fam�lias v�o precisar de muito apoio ap�s as v�timas deixarem o hospital e retornarem para suas casas. Da mesma forma, aqueles pais que perderam os filhos tamb�m precisam de amparo e da assist�ncia psicol�gica”, disse Gabriel de Andrade.

O presidente da Abravic disse que tamb�m orientou o prefeito de Jana�ba a criar um comit� gestor de crise, mas esclareceu que a entidade n�o entrar� na discuss�o sobre o pagamento de indeniza��o. “Nosso objetivo � apenas garantir o apoio e assist�ncia social �s fam�lias”, assinalou. A Prefeitura de Jana�ba anunciou que, junto com o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG), vai propor um acordo extrajudicial com as fam�lias e evitar as demandas judiciais para o pagamento das indeniza��es.


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