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Estado de Minas

Maior opera��o do pa�s contra pedofilia na web prende nove em Minas

Dos 108 detidos em 24 estados brasileiros, 14 alvos eram em territ�rio mineiro. Cinco homens que armazenavam e compartilhavam conte�do impr�prio que exp�e crian�as e adolescentes em redes clandestinas na internet continuam sendo monitorados pela Pol�cia Civil em Minas


postado em 21/10/2017 06:00 / atualizado em 21/10/2017 07:44

De dentro de um quarto em uma casa na Regi�o do Barreiro, em Belo Horizonte, conte�do ilegal alimentava redes clandestinas de pornografia infantil na internet pelo mundo, expondo crian�as e adolescentes, a maior parte delas de pa�ses do exterior. O provedor de muitas dessas imagens e v�deos: um homem de 30 anos cujos h�bitos de vida reclusos pouco chamavam a aten��o da fam�lia, apesar das horas a fio trancado no c�modo com fechadura eletr�nica que abrigava o computador. Ele foi um dos 108 identificados e presos ontem em 24 estados e no Distrito Federal, naquela que vem sendo considerada a maior opera��o da hist�ria do pa�s e uma das maiores do mundo contra o abuso contra crian�as e adolescentes divulgado pela rede mundial de computadores. Al�m dele, outros oito homens foram detidos em Minas por suspeita de armazenar e distribuir materiais relacionados a pedofilia em redes clandestinas, hospedadas em ambientes virtuais como a deepweb e a darknet (veja arte).

A produ��o, armazenamento e divulga��o desse tipo de conte�do � crime e foi alvo da Opera��o Luz na Inf�ncia, deflagrada ontem em quase todo o territ�rio nacional – apenas Amap� e Piau� ficaram fora, porque o trabalho de investiga��o n�o foi conclu�do a tempo.

A for�a-tarefa encabe�ada pela Secretaria Nacional de Seguran�a P�blica (Senasp) teve o apoio da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil (Adid�ncia da Pol�cia de Imigra��o e Alf�ndega em Bras�lia). Os alvos da opera��o foram identificados ap�s seis meses de investiga��o e levantamentos das duas ag�ncias, que chegaram a 113 suspeitos em 24 estados da federa��o. Desses, pelo menos 108 foram presos. Durante as apreens�es, mais de 150 mil arquivos foram recolhidos, com conte�do pornogr�fico que era publicado em ambientes virtuais an�nimos. O material apreendido inclui computadores, celulares, c�meras e discos r�gidos, contendo v�deos e imagens, inclusive de beb�s, e cartilhas que ensinariam criminosos a abordar crian�as.

Em Minas, 14 alvos foram identificados. Para chegar at� eles, 74 policiais civis cumpriram mandados de busca e apreens�o em Belo Horizonte (cinco) e em outras oito cidades: Ribeir�o das Neves (Grande BH), Guaxup� e Boa Esperan�a (Sul de Minas), Itabira e Sete Lagoas (Regi�o Central), Juiz de Fora (Zona da Mata), Uberl�ndia (Tri�ngulo Mineiro) e Ipatinga (Vale do A�o).

Com total de nove pris�es, a Pol�cia Civil explicou por que os demais cinco investigados n�o foram detidos. “Um deles n�o foi localizado, outro n�o estava no endere�o em que os policiais estiveram e em tr�s casos n�o foi configurado flagrante, j� que o material vai exigir per�cia t�cnica mais apurada”, afirmou o superintendente de Investiga��o de Pol�cia Judici�ria, delegado M�rcio Lobato. Entre os suspeitos no estado n�o foi identificada conex�o para a pr�tica criminosa. As investiga��es continuar�o para determinar exatamente como agiam e quais outras eventuais liga��es dos acusados.

Na capital, foram cinco suspeitos investigados e tr�s presos. Al�m do acusado da Regi�o do Barreiro, dois foram presos em Venda Nova. Eles foram levados para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Gameleira e ser�o encaminhados para unidades do sistema prisional. “No caso do suspeito preso no Barreiro, a fam�lia teve um choque com a pris�o, j� que ele era um rapaz prestativo, que ajudava no com�rcio dos pais e n�o tinha h�bitos que o associassem a nenhuma pr�tica criminosa”, afirma M�rcio Lobato.

Ap�s ser comunicada pela Senasp, a Pol�cia Civil coletou informa��es e evid�ncias em ambientes virtuais, instaurou inqu�ritos policiais e pediu autoriza��o para buscas e apreens�es ao Poder Judici�rio, com o objetivo de recolher computadores e outros dispositivos de armazenamento com os conte�dos de pedofilia.

PENAS De acordo com o chefe da Divis�o de Orienta��o e Prote��o � Crian�a e ao Adolescente de BH, delegado Alo�sio Daniel Fagundes, os presos ser�o indiciados por dois crimes: o primeiro, de armazenar conte�do pornogr�fico envolvendo menores, tem pena prevista de 1 a 4 anos de reclus�o; enquanto o segundo, que prev� compartilhamento desse tipo de material, pode custar de 3 a 6 anos. No caso dos detidos na Opera��o Luz na Inf�ncia, as penas se somam. “Em Minas, n�o foi identificado, entre os alvos da opera��o, nenhum produtor de conte�do. De modo geral, as imagens exp�em crian�as de pa�ses do exterior”, afirma o delegado, lembrando que a opera��o continuar�.

De acordo com a delegada Iara Fran�a Camargos, apenas um dos presos na capital tinha passagem pela pol�cia. “A maioria dos autores desse tipo de crime tenta ficar escondida, achando estar seguro e que n�o vai ser localizado, simplesmente porque est� cometendo um crime pela internet. E n�o � isso o que acontece. A pol�cia tem ferramentas para monitorar essas redes e prender pessoas que atuam nessa pr�tica delituosa”, afirma.


SAIBA MAIS
Luz na Inf�ncia

O nome da opera��o, segundo o Minist�rio da Justi�a, sugere revelar o teor b�rbaro de crimes contra a dignidade de crian�as e adolescentes. “A internet facilita esse tipo de conduta criminosa e, habitualmente, os criminosos agem nas sombras e guetos da rede mundial de computadores. Luz na Inf�ncia significa propiciar �s v�timas o resgate da dignidade, bem como tirar esses criminosos da escurid�o, para que sejam julgados � luz da Justi�a”, diz nota divulgada pela pasta.


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