Aumento dos casos de estupro desafia seguran�a p�blica em Minas

A seguran�a p�blica em Minas Gerais tem sido desafiada pelo crescente caso de crimes sexuais contra crian�as, pr�-adolescentes e pessoas enfermas ou com defici�ncia mental. Balan�o divulgado ontem, do Observat�rio de Seguran�a Cidad� da Secretaria de Estado de Seguran�a P�blica (Sesp-MG) aponta que, de janeiro a agosto deste ano, foram 1.825 casos de estupro consumado de vulner�vel, o que representa crescimento de 11,6% em rela��o a igual per�odo de 2016. J� as tentativas desse tipo de crime cresceram 13,4% no comparativo do per�odo nos dois anos.

Entre os mais recentes casos de abuso de vulner�veis que ganharam destaque, uma funcion�ria que h� seis anos trabalhava numa escola infantil do Bairro Itapo�, na Regi�o da Pampulha, em BH, foi indiciada em agosto pelo estupro de duas crian�as de 4 anos. Segundo a m�e de uma das meninas, a mulher se apresentava como diretora da escola e fazia v�rias amea�as aos estudantes, do tipo “se contar para sua m�e voc�s ser�o expulsas”.

Outra modalidade que tamb�m apresentou crescimento, de 2,3%, nos oito primeiros meses de 2017/2016 no mapa dos crimes violentos foi o sequestro e c�rcere privado. Mas a boa not�cia fica por conta da redu��o de 44,1% dos casos de extors�o mediante sequestro, e de 34% dos casos de extors�o consumada.

Os n�meros s�o positivos em rela��o ao grande desafio da �ltima d�cada na seguran�a p�blica mineira, que � o furto consumado, que teve queda de 3,8% das ocorr�ncias no comparativo de janeiro a agosto dos dois anos. Por�m, o saldo de casos dessa modalidade de crime � preocupante nos oito primeiros meses deste ano, com total de 213.563 registros, ou seja, tr�s furtos a cada cinco minutos no estado. O roubo consumado tamb�m apresentou queda de 9,6% no comparativo deste ano e 2016. Por�m, foram 78.698 ocorr�ncias do tipo de janeiro a agosto de 2017, m�dia de uma a cada cinco minutos nas cidades mineiras.

Em Belo Horizonte, onde h� maior incid�ncia de roubos consumados, os n�meros dos �ltimos tr�s meses tamb�m desafiam os �rg�os de seguran�a p�blica mineiros. Depois de uma queda dos casos em junho, com 2.812 ocorr�ncias, a modalidade criminosa voltou a subir, com 2.903 registros em julho e, em agosto, 3.014. O pico deste ano, por�m, foi em janeiro, com 4.097 casos de roubos consumados. J� os furtos na capital mineira somaram 44.006 de janeiro a gosto deste ano, m�dia de 181 ocorr�ncias dia. Na compara��o de igual per�odo com 2016, houve uma pequena queda, j� que naquele ano foram 44.083 furtos consumados em BH.

J� as ocorr�ncias de roubos a estabelecimentos comerciais ca�ram 27,5% no estado nos oito primeiros meses do ano, o que significa 3.726 ocorr�ncias a menos. De janeiro a agosto de 2017 foram 9.780 registros contra 13.506 no mesmo per�odo de 2016. Em Belo Horizonte, a diminui��o desta modalidade alcan�a 31,9%, com 1.859 registros contra 2.730.

Estrat�gias e policiamento

Para o secret�rio de Seguran�a P�blica, S�rgio Barboza Menezes, a queda expressiva dos �ndices de crimes contra o patrim�nio em geral tem rela��o com novas estrat�gias desenvolvidas, como a maior presen�a e ostensividade policial nas ruas. Ele cita, como exemplos, as �reas comerciais de bairros como o Buritis, ou de cidades como Santa Luzia, na Grande BH, que, ao longo de 2017, passaram a conviver com mais policiais nas ruas, em dias e hor�rios diferentes.

Nos crimes contra a vida, o saldo positivo � a queda de 5,9% do n�mero de v�timas de homic�dio no comparativo dos primeiros oito meses de 2017/2016. Mas ainda assim, a m�dia � alta, com 10 pessoas assassinadas diariamente no estado. Na capital, a queda no comparativo foi de 13,3%, com 345 homic�dios em BH no per�odo este ano, contra 398 do ano anterior.