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Estado de Minas

Ataque liga alerta no sistema prisional de Minas e previs�o � de temor no feriado

Ap�s atentado contra agentes, estado admite alerta emitido a guardas sobre amea�as de fac��o paulista. Visitas s�o suspensas em complexo de Contagem, o que pode aumentar press�o interna


postado em 01/11/2017 06:00 / atualizado em 01/11/2017 10:24

Ataque a tiros que feriu dois agentes penitenciários e um adolescente na Nelson Hungria desencadeou reação da categoria, que fez reuniões na unidade e ameaça parar outros presídios mineiros(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
Ataque a tiros que feriu dois agentes penitenci�rios e um adolescente na Nelson Hungria desencadeou rea��o da categoria, que fez reuni�es na unidade e amea�a parar outros pres�dios mineiros (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
Ataques e amea�as de uma fac��o criminosa de S�o Paulo contra agentes penitenci�rios de Minas ligam o alerta no sistema prisional do estado. Ap�s um atentado a tiros contra dois servidores da Penitenci�ria Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, o governo de Minas admitiu ter emitido alerta a todos os diretores de unidades prisionais mineiras para que seus guardas n�o sigam fardados para o trabalho e redobrem a aten��o ao sair de casa. A situa��o preocupa principalmente diante do feriado prolongado, per�odo em que as visitas aos presos ficar�o suspensas no complexo de Contagem, o que pode acirrar os �nimos e aumentar a press�o nos pavilh�es. Agentes tamb�m amea�am estender a medida a outros pres�dios. For�as de seguran�a ainda apuram outras duas ocorr�ncias registradas ontem: a tentativa de invas�o ao pres�dio de Sabar�, tamb�m na Grande BH, e o ataque a tiros � casa de um coronel da PM no Bairro Cai�ara, Regi�o Noroeste da capital.


Em Contagem, por volta das 6h40, dois agentes de seguran�a que trabalham na Nelson Hungria chegavam para o turno quando foram abordados por pessoas ainda n�o identificadas em uma caminhonete vermelha. V�rios tiros foram disparados contra os dois. Segundo a Prefeitura de Contagem, Welber Vasconcelos Xavier, de 40 anos, e Natan Gomes da Silva, de 41, ficaram feridos. Al�m deles, um adolescente de 13 levou um tiro de rasp�o no p�. Os tr�s foram levados para a Unidade de Pronto-Atendimento Nova Contagem, mas depois foram transferidos para o Hospital Municipal da cidade. De acordo com a Secretaria de Estado de Administra��o Prisional (Seap), um dos agentes levou nove tiros e o outro dois, mas nenhum corria risco de morrer at� o fechamento desta edi��o.


A situa��o gerou um efeito cascata. Imediatamente, agentes da Nelson Hungria cruzaram os bra�os, trabalhando apenas para os atendimentos de sa�de dos presos e tamb�m para escoltas para o Tribunal do J�ri. A situa��o s� foi resolvida ao longo do dia, de acordo com a Seap. Em pronunciamento, o secret�rio respons�vel pela pasta, Francisco Kupidlowski, informou que as visitas no complexo foram suspensas at� segunda-feira e as c�pulas das pol�cias Civil e Militar foram acionadas. “Essa suspens�o tem como objetivo a quest�o de seguran�a dentro do complexo prisional, pois, quando acontece um atentado dessa natureza e magnitude, � comum que dentro haja uma situa��o conturbada, tanto da parte dos agentes, que ficam indignados, quanto da parte dos presos. E, para isso n�o gerar um conflito maior e uma amea�a f�sica aos familiares, o bom senso recomenda que a gente suspenda as visitas, al�m de adotar outros procedimentos de seguran�a”, disse.


A motiva��o do atentado ainda est� sendo apurada. O secret�rio afirmou que v�rias hip�teses foram levantadas, desde desaven�as em rela��o a um dos agentes feridos at� uma ordem de uma organiza��o criminosa. “A motiva��o desse atentado n�o � �nica. A intelig�ncia est� trabalhando com v�rias hip�teses, que v�o desde uma quest�o pessoal contra um dos agentes alvejados, at� uma ordem de atentado de uma fac��o criminosa paulista. Tudo isso est� sendo investigado de forma cuidadosa”, afirmou.

(foto: Arte/EM)
(foto: Arte/EM)

COBRAN�AS Os agentes, muitos dos quais passaram a manh� entre o Hospital Municipal de Contagem e a Nelson Hungria, concordaram com a decis�o de suspender as visitas, mas cobraram mais aten��o por parte do governo. Segundo os respons�veis pela guarda dos presos, nem todos os profissionais contam com o treinamento com armas de fogo (TCAF), e os que t�m reclamam da morosidade do estado em emitir a carteira que permite o uso da arma funcional. Sem o documento, eles n�o podem portar armamento e se sentem � merc� de ataques, j� que tamb�m n�o t�m equipamento pessoal de seguran�a para uso externo em deslocamentos, como coletes � prova de bala.


Tamb�m reclamam da falta de um transporte especial, como o �nibus que circulava anteriormente levando os trabalhadores. Os agentes alegam que, usando o transporte comum, eventualmente viajam com ex-presidi�rios ou parentes de detentos, ficando mais expostos � viol�ncia. Segundo um dos agentes, que n�o quis se identificar, a onda de tens�o na Nelson Hungria come�ou quando tr�s detentos vinculados a uma organiza��o criminosa com base em S�o Paulo foram impedidos de acompanhar o vel�rio do pai, que tamb�m integrava o grupo.


De acordo com Ade�lton Souza, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenci�rios de Minas Gerais (Sindasp/MG), os protestos da categoria podem se estender a outras unidades prisionais do estado. “O sistema j� est� em clima de anormalidade e, possivelmente, isso vai atingir outras unidades na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, enquanto n�o ocorrer uma apura��o e pris�o das pessoas respons�veis pelo ataque”, disse.


Ade�lton Souza atribuiu o atentado � falta de investimento no sistema prisional em Minas Gerais e pediu puni��o aos detentos da Nelson Hungria. “As ordens para o ataque com certeza partiram l� de dentro. Ent�o, o que a gente espera � que o governo de Minas d� uma resposta � altura com suas for�as policiais, e tamb�m punindo todo o complexo da Nelson Hungria. Eles (detentos) t�m que perder visitas, banhos de sol e qualquer tipo de regalia,” destacou. Conforme o Sindasp/MG, os agentes t�m sofrido com ataques em todo o estado. Duas mortes de guardas prisionais, segundo a entidade, foram constatadas no Tri�ngulo Mineiro desde o ano passado, a mando de criminosos que podem ter liga��o com a mesma fac��o que atua em pres�dios do pa�s.


O Estado de Minas pediu um posicionamento � Seap sobre as cr�ticas do sindicato, mas a pasta n�o se manifestou. O secret�rio Francisco Kupidlowski, em seu pronunciamento, tampouco respondeu a quest�es sobre o assunto.

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A Pol�cia Militar informou que a casa de um coronel da corpora��o no Bairro Cai�ara, regi�o Noroeste de BH, foi atacada a tiros na madrugada de ontem, com seis disparos. Ningu�m ficou ferido. Em nota, a PM descartou liga��o com o caso da Nelson Hungria, informando que j� tem indica��es dos suspeitos. Outra situa��o que a princ�pio teve rela��o descartada com o caso da penitenci�ria de seguran�a m�xima foi uma tentativa de invas�o ao pres�dio de Sabar�, na Grande BH. De acordo com o Sindasp, quatro ou cinco homens tentaram entrar na unidade. Agentes reagiram e houve troca de tiros. Os criminosos fugiram por uma mata e ainda n�o foram encontrados. A PM informou que foi acionada para refor�ar a seguran�a do entorno. N�o houve registro de feridos.


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