
“Tudo que combatia, era o mal. S� semeava o bem, o amor. Era o verdadeiro trabalhador e her�i brasileiro." “Sempre fazia daqui o seu lar, o segundo lar. Fazendo novas amizades, e sempre muito importante na vida de cada aluno, cada companheiro que passou por ele." “Vamos juntos pela luta pela paz, pela vida, por amor." Essas foram algumas frases ditas por familiares, amigos, alunos e colegas de profiss�o do professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ant�nio Leite Alves Radicchi, de 63 anos, em uma homenagem na abertura do F�rum de Aten��o, Educa��o e Promo��o de Sa�de, que ele ajudou a criar. O evento acontece nesta sexta-feira, no sal�o nobre da Faculdade de Medicina. Radicchi foi assassinado dentro de um �nibus em Belo Horizonte durante um assalto. Um homem foi preso por causa do crime.
Antes de come�ar o evento, foram distribu�das fitas pretas e brancas. Segundo os organizadores, uma era para simbolizar o luto e outra era pela continuidade da luta. ''Sao as ra�zes profundas de �tica, solidariedade e companheirismo. N�o queremos revanche, mas transformar, para que coisas assim n�o ocorram novamente", afirmou a coordenadora do programa de p�s-gradua��o e do f�rum, Elza Machado de Melo.
A primeira homenagem ao professor foi durante a execu��o do Hino Nacional. A foto de Ant�nio foi estampada no tel�o fixado no palco. Em seguida, familiares, amigos, alunos e colegas fizeram discursos ressaltando a personalidade do professor, tido com uma pessoa boa, de bom cora��o e contra a viol�ncia. Tamb�m fizeram pedidos de justi�a. “Mantivemos o f�rum porque � dele, para ele e por ele. Estamos em peda�os, mas ele est� ajudando. Os quatro filhos e a mulher do professor estiveram presentes e se emocionaram.

Vingan�a descartada
Depoimentos colhidos pela Pol�cia Civil descartaram a hip�tese levantada por Alexandre Siqueira de Freitas, de 26, preso em flagrante pela morte de Ant�nio. No dia do crime, ao ser detido, ele afirmou que tinha brigado com o professor dias antes em um bar. Por causa disso, cometeu o crime. O delegado Thiago Oliveira, da 1ª Delegacia de Pol�cia Civil Leste, depois de ouvir vers�es de 10 testemunhas, constatou que n�o h� elementos que refor�am essa possibilidade.
O crime deve ser tratado como latroc�nio – roubo seguido de morte – que � crime hediondo, com penas bem mais severas que o homic�dio. A pris�o de Alexandre foi convertida para preventiva. Com isso, ele ir� aguardar preso as investiga��es O crime aconteceu na manh� de segunda-feira, Radicchi foi esfaqueado por Alexandre que, junto com sua mulher, tentou roubar sua mochila dentro da linha 9805 (Santa Efig�nia/Renascen�a). Com a rea��o, o professor foi golpeado com 10 facadas. O casal foi encontrado horas depois pela Pol�cia Militar (PM) e encaminhado para a delegacia.
