Treinamento com fuzis e conhecimento de explosivos, est�o entre as a��es de policiais Civis e Militares que v�o compor uma for�a-tarefa em 50 cidades do Centro-Oeste de Minas Gerais para fechar o cerco a quadrilhas especializadas em ataques a bancos. O grupo foi criado pelas duas corpora��es mesmo com a atua��o de uma opera��o, em julho, contra este tipo de crime. “Vamos atuar em conjunto. Como a for�a-tarefa no �mbito estadual � sediada em Belo Horizonte, quando tivermos ataques queremos acelerar as investiga��es e levantamentos at� a chegada do grupo”, explicou o coronel Helbert William Carvalhaes, comandante 7ª Regi�o da Pol�cia Militar.
A acelera��o recente no n�mero de ataques a caixas eletr�nicos levou a Secretaria de Estado de Seguran�a P�blica (Sesp) lan�ar uma for�a-tarefa para evitar esse tipo de crime em meados deste ano. Em outubro, foi criado um protocolo para padronizar as a��es de combate. Mesmo assim, as ocorr�ncias voltaram a subir depois de dois meses. Em outubro, foram 14 ocorr�ncias, 40% a mais do que em setembro, com 10 casos, e acima de agosto, com 13 registros. Mesmo assim, a m�dia mensal continua a mesma, 13,5 ataques, o que corresponde a 2,2 por dia. A Pol�cia Militar (PM) registrou 135 ataques a banco at� outubro, mas, apesar da acelera��o no m�s passado, os n�meros permanecem iguais ao verificado em 2016, quando, somente at� setembro j� haviam sido registrados 189 casos.
Na Regi�o Centro-Oeste de Minas Gerais, somente na �ltima semana foram tr�s ocorr�ncias, que aconteceram em Pitangui, Formiga e S�o Francisco de Paula. Foram alvos dos criminosos ag�ncias banc�rias, bancos postais e at� os Correios. Um dos focos da for�a-tarefa � aumentar a seguran�a nos munic�pios de menor porte e capacitar ainda mais os policiais. Mesmo com o levantamento de ocorr�ncias, que mostra queda deste crime nos �ltimos meses em rela��o ao ano passado. Foram 19 casos em 2017, contra 22 no per�odo anterior. “Mesmo com a redu��o, � uma situa��o que traz desconforto para a popula��o. A sensa��o de seguran�a fica debilitada”, explica o coronel Helbert William Carvalhaes, comandante da PM respons�vel pela �rea.
Durante a coletiva desta sexta-feira, o delegado Ivan afirmou que j� foram identificados tr�s quadrilhas que atuam na regi�o. Por�m, dados n�o foram repassados para n�o atrapalhar nas investiga��es. Segundo ele, a��es j� est�o sendo realizadas desde o in�cio do ano, mesmo antes da for�a-tarefa. “J� identificamos que esses crimes est�o acontecendo em cidades menores. Por isso, em maio, quando teve o curso de forma��o na regi�o, os militares foram disponibilizados, em sua maioria, para esses munic�pios. Al�m disso, estamos fazendo uma capacita��o em conjunto para policiais civis e militares. Um perito, por exemplo, est� dando aulas sobre artefatos, de como acontecem as explos�es, e tamb�m da import�ncia de se preservar o local do crime para o trabalho dos peritos”, comentou.
Outro treinamento que est� sendo feito � com armas de alto impacto, como fuzis. “Esse trabalho � para que os militares revivam esses armamentos, j� que tiveram acesso no curso de forma��o. Parte dos criminosos usam poder de fogo menor e outros com poder ofensivo maior. Por isso, estamos nivelando todos os policiais para trabalhar neste diagn�stico”, afirmou Carvalhaes.