
Enquanto moradores do Buritis, na Regi�o Oeste de Belo Horizonte, solicitam h� quase dois anos o recapeamento completo de toda a Avenida Professor M�rio Werneck, principal via do bairro, novo cap�tulo envolvendo o asfalto da via mobiliza as discuss�es locais. Desta vez, a Associa��o do Bairro Buritis (ABB) acredita que a presen�a de ve�culos usados para vender alimentos na M�rio Werneck impediu que a Superintend�ncia de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) fizesse o recapeamento em uma faixa destinada ao estacionamento dos chamados food trucks. Isso porque os food trucks que ficam no local n�o deixaram as vagas que ocupam quando as m�quinas fizeram a recomposi��o do asfalto, entre os dias 23 e 25 de outubro, em um trecho de 425 metros. A Sudecap diz que como a pista em quest�o tem um fluxo bem menor, por ser de estacionamento, ela foi preservada, pois se encontrava em bom estado de conserva��o. J� para o trecho mais cr�tico da avenida, que neste per�odo chuvoso ficou ainda pior, a prefeitura marcou para o ano que vem as interven��es, assim que terminarem as chuvas.
Esse homem disse � reportagem que nem ele nem o respons�vel pelo food truck foram avisados da necessidade de sair do local para viabilizar as obras de recapeamento do asfalto. “Colocaram fogo no caminh�o e por isso ele ficou parado a�”, afirma o funcion�rio. Paulo Gomide disse que a situa��o demonstra desrespeito. “� uma apropria��o do espa�o p�blico”, afirma o conselheiro da ABB. Segundo a Sudecap, o trecho recapeado j� foi conclu�do ao custo de R$ 375 mil e est� compreendido entre as ruas Heitor Menin e Vit�ria Magnavacca, numa extens�o de 425 metros.

NOVAS OBRAS A boa not�cia � que a Sudecap sinalizou que far� a obra no local mais cr�tico da M�rio Werneck, nas imedia��es do Parque Aggeo Pio Sobrinho, assim que terminar o per�odo chuvoso. Desde fevereiro de 2016, quando Companhia de G�s de Minas Gerais (Gasmig) come�ou a recompor a avenida devido � instala��o da rede de g�s canalizado no bairro, a popula��o aguarda uma recomposi��o completa, mas o trecho de cerca de 150 metros ficou sem obras. Na �poca, a Gasmig alegou se tratar de uma �rea com interven��es de responsabilidade da Prefeitura de BH e a Sudecap informou que aguardava a aloca��o de recursos para fazer a obra ainda em 2016, o que n�o aconteceu.
A reportagem do EM constatou uma situa��o muito complicada no local. A deteriora��o do asfalto caminha de forma acelerada com a intensifica��o das chuvas e j� come�a a criar armadilhas, como as po�as que encobrem o tamanho das crateras. Taxistas que trabalham em um ponto em frente dizem que j� viram motoristas perdendo pneus ao entrar nos buracos. “Toda vida foi assim. Eles arrumam e logo piora. � muito peso para a estrutura que eles fazem”, afirma o taxista Andr� Lu�s de Oliveira, de 56 anos. V�rias po�as se acumulam em frente a um ponto de �nibus, o que contribuiu para sujar os passageiros que esperam pelo transporte p�blico. “Se o carro ou o �nibus passar um pouco mais r�pido, molha e suja todo mundo que estiver esperando. � muita falta de respeito deixar desse jeito”, afirma a vendedora Fabiana Vilela, de 35. Segundo a Sudecap, as obras desse trecho est�o programadas para o ano que vem, assim que as chuvas terminarem. Segundo o presidente da ABB, Br�ulio Lara, as interven��es v�o compreender o segmento entre as ruas Alessandra Salum Cadar e Pedro Natal�cio de Morais.