
At� o momento, os principais danos registrados est�o na �rea onde fica a base da administra��o municipal. Pr�dios p�blicos foram invadidos pela �gua, que superou dois metros e meio de altura. “Estamos passando por um momento cr�tico. � uma situa��o alarmante”, afirma a prefeita S�nia Maria Untalen (PMDB).
Os maiores preju�zos foram na policl�nica da cidade. A lama estragou equipamentos e materiais de sa�de. Mesmo tr�s dias depois do temporal, eles continuam espalhados pelo ch�o. “O Centro todo � composto por pr�dios p�blicos. A Policl�nica, a base do setor de sa�de, que atende a cerca de 5 mil habitantes, foi interditada”, disse a prefeita. Os atendimentos est�o sendo feitos, de forma improvisada, na sede da Emater.
LIMPEZA Um verdadeiro batalh�o da limpeza atua em Santa Cruz do Escalvado para retirar a lama e objetos das casas e ruas. A prefeitura doou produtos aos moradores para o trabalho, como detergentes e �gua sanit�ria.
Os produtos est�o sendo entregues por assistentes sociais e volunt�rios. O pedagogo M�rcio Greick Martins, de 42 anos, saiu da zona rural para socorrer moradores. “� importante ajudar neste momento, se disponibilizar e dar apoio ao outro”, disse com um balde na m�o, onde levava os produtos de limpeza.
A assist�ncia social da prefeitura � composta por sete pessoas, entre educadores, psic�logos e orientadores sociais. Uma delas � Eunice Aparecida Macedo, de 26. A jovem se diz impressionada com a situa��o da cidade, mas se sente importante na reconstru��o. � gratificante. Sinto gratid�o de poder fazer algo. Foi a primeira vez que vi algo dessa natureza. As pessoas que veem pela televis�o n�o t�m no��o do estrago”, completou.
A prefeitura abriu uma conta para quem quiser fazer doa��es: Ag�ncia 0088-4 conta corrente 50214-6 Banco do Brasil.
DEPOIMENTO
‘Tristeza pela perda de vidas’
“A dificuldade e a dor fazem as pessoas ficarem mais fortes. Como Agnaldo, tio de duas crian�as que morreram depois que a casa delas foi levada pela enxurrada em Parada Paulista, no distrito de Uruc�nia. No local onde estava o im�vel sobrou apenas a base, o ch�o. O restante est� espalhado por metros de dist�ncia, talvez quil�metros. O que mostra a for�a da correnteza. A cena do tio com uma enxada nas m�os foi comovente. A �nica esperan�a dele: ‘Vou encontrar meu sobrinho. Farei isso mesmo que eu tenha que morrer’. Tristeza pela perda das vidas em Uruc�nia e tamb�m pelos estragos em pr�dios p�blicos em Santa Cruz do Escalvado. A Policl�nica foi destru�da e interditada. Os 5 mil moradores ficar�o sem a porta de entrada do Sistema �nico de Sa�de (SUS). Situa��o complicada em um momento em que as ruas est�o tomadas por lixo e �gua, o que aumenta a incid�ncia de doen�as”.