
O per�odo chuvoso, historicamente, apresenta significados diferentes para os mineiros. Enquanto alguns agonizam com a seca e aguardam as precipta��es para um al�vio na falta de �gua, outros temem a chegada da chuva com medo de preju�zos causados pelos alagamentos, quedas de �vores, deslizamento de encostas e descargas el�tricas.
Neste ano, com um volume de precipita��o maior do que nos anos anteriores, Minas Gerais j� registrou, segundo o Corpo de Bombeiros, sete mortes relacionadas � chuva, sendo tr�s por asfixia e afogamento na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, duas por descarga atmof�srica, uma por queda de �rvore e uma �ltima, ocorrida em Rio Casca, na Zona da Mata, que ainda n�o teve as causas apuradas.
Tratado como um dos vil�es que contribuem para incidentes, acidentes e mortes, o lixo recebe aten��o especial dos bombeiros neste ano, que criou um projeto para diminuir o �ndice de contamina��o de rios, c�rregos e vias urbanas. "As mortes no per�odo chuvoso, na grande maioria, s�o provocadas pela enxurrada e ela � provocada pelo ac�mulo excessivo de lixo. O que a popula��o precisa entender � que, se voc� joga lixo na rua, est� sendo respons�vel diretamente pelo morte de pessoas", destacou o tenente Pedro Aihara.
Para se ter uma ideia do excesso de lixo que � descartado pela popula��o, dados divulgados pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) mostram que entre os dias 1º e 4 deste m�s, quando a capital registrou alto volume de chuva e ocorr�ncias de alagamentos de vias, cerca de 600 toneladas de lixo foram recolhidos pela Superientend�ncia de Limpeza Urbana (SLU). Dos res�duos recolhidos, segundo a PBH, a maioria eram garrafas pets e embalagens pl�sticas.
Para que o �ndice de lixo encontrado nas ruas diminua, Pedro Aihara alerta para a import�ncia da sociedade em contribuir com as autoridades para a preven��o de incidentes que podem ser ocasionados durante per�odos de chuva forte.
"Dentro do projeto 'Bombeiro nas Escolas' a gente envia militares para darem palestras de conscientiza��o sobre o risco de se jogar lixo nas ruas e o os reflexos e impactos que isso pode gerar na sociedade. Se os moradores n�o cuidarem, quem experimenta os reflexos somos todos n�s. N�o adianta pensar no problema s� quando chove, temos que pensar nisso desde a �poca da normalidade, para evitar problemas nos per�odos de chuva", salientou Aihara.
Cuidados
Se o ditado diz que "quem est� na chuva � para se molhar", o Corpo de Bombeiros alerta: "Quem t� na chuva � para se cuidar." Neste sentido, militares da corpora��o visitam �reas de risco e que t�m registros de inunda��es para darem dicas e treinamentos aos moradores, ainda segundo o tenente Pedro Aihara.
"Temos o n�cleo de capacita��o de alerta de chuva e a gente trabalha na capacita��o das pessoas da comunidade para agir na primera resposta em caso de chuva forte. A gente d� o treinamento, que envolve salvamento de pessoas em risco com utiliza��o de cordas e materias de seguran�a."
Ainda de acordo com a corpora��o, durante temporais – mais frequentes entre novembro e mar�o – as pessoas, mesmo recebendo os treinamentos, devem afastar-se de �reas de risco de inunda��es, quedas de �rvores e que possam ter riscos de deslizamentos de terra.
