A inaugura��o foi celebrada com queima de fogos e apresenta��o de DJs no corredor cultural sobre o viaduto da Floresta – que h� alguns anos vem sendo revitalizado com a instala��o de restaurantes e, gra�as ao Cura, tem ficado conhecido tamb�m como o primeiro mirante de arte urbana do mundo.
Idealizado por tr�s mulheres, Juliana Flores, Jana�na Macruz e Priscila Amoni, o projeto, que objetiva valorizar a arte urbana e funciona como uma declara��o de amor � cidade, foi inaugurado este ano e vem colocando BH no circuito internacional, ao convidar artistas brasileiros e estrangeiros para assinarem a cria��o de pain�is e grafites, pintados nas laterias dos pr�dios (empenas).
At� agora, com primeira edi��o em julho e uma edi��o segmentada em dezembro, em homenagem aos 120 anos de BH, o projeto j� contempla seis edif�cios, mas a ideia � que, ao todo, 25 im�veis recebam as pinturas. Vale lembrar que o Cura � o primeiro festival de pintura em pr�dios da cidade e o segundo do g�nero no Brasil.
A sele��o das empenas foi feita a partir de um recorte visual: todas poder�o ser vistas simultaneamente da rua Sapuca�, conjunto que forma um skyline e vem modficando a paisagem urbana na regi�o central. Com a ilumina��o noturna, o cen�rio ganha mais destaque a partir da visibilidade permanente das obras, diariamente, das 19h �s 22h.
“A ilumina��o noturna j� era um desejo nosso e foi viabilizada pelo patrocinador, a Cemig. Trata-se de algo definitivo e in�dito, que veio para valorizar ainda mais as obras. � uma realiza��o e tanto para o museu a c�u aberto criado pelo Cura, que poder� ser visto a qualquer hora do dia e, agora, tamb�m � noite”, refor�a a jornalista e produtora cultural Juliana Flores. Com a ilumina��o noturna, ela espera que o projeto fique ainda mais conhecido. “O ato de iluminar , de lan�ar luz sobre as obras, chama a aten��o de quem passa distra�do durante o dia pois fica imposs�vel deixar de ver a pintura � noite. Al�m disso, n�o conhe�o iniciativa igual no mundo. Estive em Miami, onde as obras do festival Wynwood Walls s�o iluminadas, mas tratam-se de muros de altura mediana e n�o de laterais gigantescas de edif�cios”.
Pr�ximas edi��es
Juliana conta que j� imaginava o potencial do Cura quando idelizou o projeto, mas ainda assim o apoio recebido superou expectativas. “Viabilizar a primeira edi��o de algo � sempre mais complicado. No entanto, apesar de dificuldades iniciais, fechamos o ano com muito apoio, inclusive por parte dos edif�cios mapeados nessa primeira etapa do circuito – cujos condom�nios precisam auitorizar a interven��o, que tamb�m passa pelo crivo do Conselho de Patrim�nio do Munic�pio. Contamos ainda com o empenho dos patrocinadores e o apoio da Prefeitura e da popula��o, que abra�ou e festejou o Cura”.
Ela ressalta ainda que o projeto vem contribuindo para a revitaliza��o da rua Sapuca�, “que vem ficando conhecida como o primeiro mirante de arte urbana do mundo”, pontua. E justifica: “Desde a primeira edi��o, em julho, os comerciantes nos contam que seus pares t�m procurado a rua Sapuca� devido ao Cura. Isso � mais um indicativo de que estamos no caminho para realizar o sonho de pensar BH como refer�ncia mundial da street art, e de ver a capital mineira transformada em destino tur�stico tamb�m por valorizar o muralismo, o grafite”.
Para o ano que vem, Juliana conta que o Cura deve contar com a pintura de mais sete edif�cios, al�m da programa��o oficial que inclui mesas redondas, palestras, exibi��o de filmes e outros eventos relativos � arte urbana.
Novas obras
Ed. Principe de Gales
Rua dos Tupinamb�s, 179, centro
Artista: DMS
Garagem S�o Jos�
Rua dos Tupis, 70, centro
Artista: Milu Correch
Veteranas
Ed. Tapaj�s
Avenida dos Andradas, centro
Artistas: Tereza Dequinta e Rob�zio Marqs (Acidum Project)
Ed. Sat�lite
Rua da Bahia, centro
Artista: Thiago Mazza
Ed. Trianon
Rua da Bahia, centro
Artista: Marina Capdevilla
Hotel Rio Jord�o
Rua Rio de Janeiro, centro
Artista: Priscila Amoni