Minas tem pelo menos 24 trechos de rodovias interditados ou com restri��o

A sa�da para as festas de Natal e Ano-Novo v�o exigir a aten��o redobrada dos motoristas. Minas Gerais tem ao menos 24 trechos de rodovias totalmente interditados ou com restri��o no tr�fego. Os principais motivos s�o eros�es, abatimento da pista e problemas estruturais em pontes. Para complicar ainda mais, com a incid�ncia da chuva, o desgaste do asfalto j� � vis�vel e se torna um desafio extra. Esse � o caso da BR-381, uma das rotas preferidas dos mineiros que v�o para Esp�rito Santo e conhecida como Rodovia da Morte devido aos graves acidentes que marcam a via. Al�m do tra�ado sinuoso, as obras de duplica��o e o tr�fego intenso, buracos na pista aumentam o risco de batidas. Medidas para minimizar as avarias j� foram tomadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), mas o perigo continua vis�vel.

Os sinais de desgastes aparecem na BR-381 logo na sa�da de Belo Horizonte. Em Caet�, caminh�es v�o para o acostamento para desviar das avarias. No km 429, uma depress�o no asfalto surgiu depois de dias de chuva. Segundo o Dnit, dispositivos de drenagem ficaram sobrecarregados, provocando o problema estrutural. Para a realiza��o do reparo no local, o tr�nsito teve que ser totalmente interditado por mais de uma hora.

As avarias est�o espalhadas por outros trechos da rodovia. Seguindo em dire��o ao Esp�rito Santo, � f�cil passar por buracos, alguns deles at� profundos e em sequ�ncia, o que exige uma certa habilidade dos motoristas. A reportagem flagrou ao menos tr�s ve�culos parados no acostamento com problemas nas rodas depois de passarem pelas deforma��es na pista.

"A regra � redobrar a aten��o em todas as rodovias. Principalmente por causa da chuva. H� perspectiva do Natal e Ano-Novo com muito movimento nas estradas"

Inspetor Aristides J�nior, chefe do n�cleo de comunica��o da Pol�cia Rodovi�ria Federal

Depois da BR-381, quem segue para o Esp�rito Santo trafega pela BR-262. L�, a situa��o � a mesma. Buracos nos dois sentidos da via. As avarias est�o em diferentes pontos: nas retas, curvas e ap�s pontes. No km 150, em Vargem Linda, distrito de S�o Domingos do Prata, na Regi�o Central de Minas Gerais, pequenos desgastes no asfalto s�o seguidos por um buraco de aproximadamente 40 cent�metros de di�metro. Alguns ve�culos chegam a invadir a pista contr�ria para desviar.

Por meio de nota, o Dnit afirmou que as duas rodovias t�m contratos de manuten��o. Na BR-262, os trabalhos ser�o realizados nos pr�ximos dias. J� na BR-381, os servi�os j� est�o sendo feitos, como em Caet�, onde equipes conseguiram sanar o problema. Entre as rodovias federais, a BR-116, no km 714 em Muria�, na Regi�o da Zona da Mata, segue parcialmente interditada devido ao deslizamento de terra durante um temporal. Ela ficou cinco dias fechada e s� foi aberta depois de estabiliza��o do terreno por meio de explos�o de rochas. A solu��o definitiva vai ser dada depois da contrata��o de um servi�o emergencial para limpeza e reconstru��o da pista pelo Dnit.

A BR-367, entre Almenara e Jacinto, na Regi�o do Vale do Jequitinhonha, ficou fechada devido a problemas em uma ponte no km 81. O tr�nsito foi liberado na sexta-feira. De acordo com a Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF), o temporal que atingiu a regi�o foi o que provocou os danos estruturais. Al�m disso, a corpora��o informou que a rodovia tamb�m tem buracos entre Padre Para�so e Itaobim.

Ontem mesmo, a reportagem do Estado de Minas flagrou buracos, que aumentaram depois das recentes chuvas, na BR-251, no trecho entre Montes Claros e Francisco S�, e no entrocamento dessa estrada com Jana�ba e a rodovia MGT 122. Liga��o entre a maior cidade do Norte de Minas e a rodovia Rio-Bahia (BR-116), a BR-251 tem maior movimento justamente no fim e come�o de ano, sendo muito usada por motoristas que viajam em dire��o �s praias do litoral Sul baiano, especialmente Porto Seguro e Ilh�us. No mesmo trecho, a 10 quil�metros de Montes Claros, o asfalto cedeu por problema de infiltra��o de �gua e passa por reforma.

Na rodovia MGT 122, os buracos tamb�m aumentaram depois das �ltimas chuvas. Crateras no trecho entre o entrocamento com a BR 251 e Jana�ba, pr�ximo ao km 441, viraram tortura para os motoristas. “Praticamente todos dias, carros quebram rodas e t�m pneus danificados nesse trecho por causa da buraqueira”, afirma um motorista que sempre viaja de Montes Claros para Jana�ba. A MGT 122 d� acesso a Espinosa, indo at� a divisa com a Bahia. Tamb�m � usada por motoristas que viajam em dire��o ao litoral Sul da Bahia.

 

Grande BH

N�o � preciso ir t�o longe para detectar os problemas nas estradas. A MG-020, que liga Belo Horizonte a Santa Luzia, na regi�o metropolitana, exige a aten��o e habilidade do motorista. Buracos de at� um metro de di�metro podem ser vistos na via. Como na rotat�ria do Megaspace, onde h� diversas avarias em sequ�ncia. Os motoristas t�m que reduzir a velocidade, o que gera lentid�o no tr�nsito e eleva o risco de acidentes.

O Departamento de Edifica��es e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER-MG) afirmou que realiza conserva��o rotineira na via, como servi�os de tapa-buraco, capina, ro�ada da faixa de dom�nio, limpeza do sistema de drenagem e manuten��o da sinaliza��o vertical (placas). O �rg�o � respons�vel pela rodovia no trecho que compreende os km 10 ao 15,9 e do km 35 ao 62. Por isso, a manuten��o da via pr�ximo ao Megaspace � de responsabilidade da Prefeitura de Santa Luzia. A reportagem tentou contato com a administra��o municipal, sem sucesso. 

ALERTA  As avarias nas estradas aumentam os riscos de acidentes. O inspetor Aristides J�nior, chefe do n�cleo de comunica��o da Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF), afirma que o ideal � os motoristas viajarem de dia. “Preferencialmente, pois assim conseguem ver os buracos. � noite, n�o d� para ver e podem ocorrer acidentes”, explicou. A preocupa��o � com a previs�o de chuva durante os feriados deste fim de ano. “A regra � redobrar a aten��o em todas as rodovias. Principalmente por causa da chuva. H� perspectiva do Natal e Ano-Novo com muito movimento nas estradas”, concluiu. (Colaborou Luiz Ribeiro)