
Os casos de dengue na capital mineira tiveram em 2017 uma queda de 99,4% em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado. Foram 905 casos confirmados contra 154.897 em 2016. Por outro lado, uma temporada severa de chikungunya � anunciada para 2018. O que mais preocupa as autoridades � que 86,7% dos focos do mosquito Aedes Aegypti (transmissor das duas patologias e, tamb�m da zika) est�o dentro das casas e apartamentos. Pensando nisso, um aplicativo, que est� dispon�vel gratuitamente, promete ajudar o usu�rio a fazer um check-list para lembr�-lo de verificar se h� acumulo de �gua em vasos de plantas e sanit�rio, ralos e outros locais. O balan�o de a��es foi apresentado durante uma coletiva de imprensa da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) na manh� de quarta-feira.
Este ano, a Regi�o de Venda Nova liderou com o maior n�mero de casos confirmados de dengue, com 144 doentes. Em sequ�ncia, as regionais Noroeste (131), Pampulha (100), Nordeste (109), Oeste (99), Norte (86), Barreiro (83), Leste (67). A Centro-Sul � ainda a que tem menos registros da doen�a: 65 casos confirmados. Por outro lado, os casos de febre chikungunya avan�am na capital mineira. De acordo com balan�o divulgado, foram confirmados 93 pacientes infectados este ano. Em 2016, foram 60 registros da doen�a na cidade. Dos 93 casos, 43 s�o importados, ou seja, contra�dos fora da cidade, e 40 aut�ctones (pacientes infectados no munic�pio). H� ainda 10 suspeitas em investiga��o para a doen�a. Na capital, nenhuma pessoa morreu em decorr�ncia da doen�a.
Segundo o subsecret�rio de promo��o e vigil�ncia � sa�de, Fabiano Pimenta, as a��es s�o as mesmas para todos os sorotipos da dengue, seja por chikungunya seja por zika, o objetivo � manter baixa a infesta��o do mosquito Aedes. “O que vem predominando nos �ltimos anos, inclusive em 2017, � o sorotipo 1. Desde 2010 n�o temos predomin�ncia de casos de dengue pelo sorotipo 2. Ent�o, existe um contingente de pessoas em BH, aqueles que nasceram nesse per�odo e outros que n�o contra�ram a doen�a em 2010 e que n�o t�m a imunidade para a dengue 2”, explica. Atualmente, a doen�a � transmitida por quatro tipos de v�rus. O poder p�blico tamb�m mostrou-se preocupado com o aumento da chikungunya: “A preocupa��o existe e, por isso, a PBH tem buscado intensificar a��es de controle e alternativas para, sem se desresponsabilizar das a��es que s�o inerentes ao poder p�blico, ampliar as parcerias e buscar formas para que o cidad�o possa colaborar de uma maneira mais f�cil”,contou o subsecret�rio.
APLICATIVO O �ltimo levantamento do �ndice R�pido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado em outubro, revelou um dado importante: 86,7% dos focos do mosquito est�o dentro dos domic�lios. Entre os criadouros predominantes, destaque para os inserv�veis (tampinhas, potes de margarina, garrafas, que representam 22% dos criadouros, seguido pelos vasos de plantas (16,2%) e pelas caixas d’�gua (12,1%). Para reverter o quadro, o combate ao Aedes aegypti, ser� realizado por meio de um aplicativo para celulares. “BH sem Mosquito”, como � chamado o aplicativo, est� dispon�vel nas plataformas Android e IOS e emitir� alertas para a popula��o sobre quando e em quais locais das casas devem ser realizadas vistorias para verificar se h� �gua parada em vasos de plantas, vasos sanit�rios, pneus e em outros recipientes que favorecem a fecunda��o dos ovos e prolifera��o do Aedes. Os usu�rios poder�o definir quando querem receber os alertas para as vistorias.
“Quem baixar, ter� na m�o um guia com instru��es do que deve olhar em casa ou no trabalho para combater o mosquito. O usu�rio ter� uma lista de locais de poss�veis criadores e indica��es que j� foram verificados e limpos. A contribui��o � enviada para um mapa colaborativo da PBH no qual a gente pode rastrear onde foram feitas as a��es pela cidade”, afirmou Cristoferson Bueno gerente de tecnologia da Empresa de Inform�tica e Informa��o do Munic�pio de Belo Horizonte (Prodabel). As informa��es coletadas s�o utilizadas de maneira privada pela PBH, sendo an�nima a participa��o do usu�rio e dispensando cadastro com dados. Segundo o desenvolvedor, havendo um grande volume de contribui��o do cidad�o, a ferramenta ser� �til ao munic�pio pois a PBH poder� usar essas informa��es como a��o complementar �s de campo. At� o momento, o mapa conta com cerca de 100 contribui��es. O aplicativo tamb�m cumpre uma fun��o did�tica, contando com informa��es sobre o Aedes, como ciclo de vida, caracter�sticas do mosquito e forma de cont�gio. � poss�vel verificar as doen�as que podem ser transmitidas, al�m de sintomas e tratamento.
*Estagi�rio sob supervis�o do editor Roney Garcia