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Estado de Minas

Funcion�rios fazem paralisa��o no Hospital Jo�o XXIII ap�s bombeiros darem voz de pris�o a enfermeiro

Voz de pris�o foi dada sob alega��o de recusa de atendimento. Enfermeiro nega as acusa��es


postado em 28/12/2017 09:43 / atualizado em 28/12/2017 13:46

Protesto aconteceu na manhã desta quinta-feira(foto: Jair Amaral/EM/D.A.Press)
Protesto aconteceu na manh� desta quinta-feira (foto: Jair Amaral/EM/D.A.Press)

Funcion�rios do Hospital Jo�o XXIII fazem uma paralisa��o na manh� desta quinta-feira. A motiva��o do protesto � a voz de pris�o por parte de dois militares do Corpo de Bombeiros a um enfermeiro. A alega��o foi a negativa de atendimento. Por�m, o profissional nega o acontecido. Ele foi levado para a delegacia e um boletim de ocorr�ncia foi feito. O homem diz que vai entrar com um pedido de apura��o na corregedoria da corpora��o. O Corpo de Bombeiros ainda n�o se manifestou.


Por causa do caso, que aconteceu no fim da noite de quarta-feira, funcion�rios que fariam a troca do plant�o na manh� desta quinta-feira, n�o entraram para trabalhar em protesto. “O motivo � a pris�o de forma arbitr�ria e com uso de amea�as. Nossa rea��o foi na troca de plant�o, os funcion�rios que chegaram para trabalhar se recusaram a entrar. Na urg�ncia, por exemplo, est� com o n�mero reduzido de funcion�rios da noite. Estamos aguardando uma discuss�o com a dire��o”, afirma Carlos Augusto, diretor da Associa��o Sindical dos Trabalhadores em Hospitais de Minas Gerais (Asthemg).


O caso aconteceu por volta das 23h. De acordo com o enfermeiro Paulo Henrique da Rosa Santos, que � especialista em urg�ncia, emerg�ncia e trauma, ele fazia a triagem quando os militares chegaram em uma viatura de resgate. “Eu estava fazendo um cadastramento de risco de uma crian�a como � feito no Jo�o XXIII. Entrou uma guarni��o do Corpo de Bombeiros com duas v�timas. Pedi para aguardar, pois a classifica��o � individual e sigilosa”, contou.


Segundo ele, o militar afirmou que o paciente que estava na ambul�ncia estava em estado grave. Por isso, o enfermeiro disse que interrompeu a classifica��o e foi ver a situa��o da v�tima. “Fiz a an�lise e n�o tinha sinais de choque. Perguntei ao bombeiro quais sinais ele tinha identificado, j� que eu n�o identifiquei nenhum, e ele se recusou a falar. Disse que era obriga��o minha saber. Diante disso, perguntei o que tinha acontecido com ela para eu avaliar, mas se recusou novamente”, disse Paulo Henrique, que trabalha h� sete anos no hospital.


O enfermeiro disse que autorizou a entrada do paciente, mas que ela teria que aguardar para ser avaliada. “O militar falou que acatei ele, n�o entendi o motivo. Eu liberei a primeira v�tima e falei que podia encaminhar para sala de trauma. Quando retornou, o bombeiro disse que eu estava negando a entregar a ficha. Mas, no primeiro momento tenho que fazer a classifica��o dele, mas n�o impede que o m�dico acesse a ficha online. Ele acabou me dando voz de pris�o novamente”, afirma o profissional da sa�de.


Os envolvidos no caso foram para a 10ª Companhia da PM onde um boletim de ocorr�ncia foi lavrado. Depois, o enfermeiro foi encaminhado para a Central de Flagrantes da Pol�cia Civil (Ceflan 2), no Bairro Floresta. “L� me algemaram. N�o sei por qual motivo, pois n�o apresentei nenhuma resist�ncia. Foi por livre espont�nea vontade, n�o desrespeitei ningu�m”, disse. “Fiz um documento e vou entregar na corregedoria do Corpo de Bombeiros”, completou.

 


Excesso

 

Para o gerente assistencial e diretor t�cnico do Hospital Jo�o XXIII, Marcelo Lopes Ribeiro, houve “excesso de emo��es”. “O hospital estava em greve, s� que a paralisa��o j� tinha terminado. Por�m, a unidade dos bombeiros encontrou a porta fechada, pois o funcion�rio fazia a triagem de uma crian�a. Os nervos estavam a flor da pele e houve desaven�a e discuss�o entre os dois. Nessa discuss�o, o bombeiro deu voz de pris�o ao funcion�rio”, explicou. “Acabou que o enfermeiro foi conduzido para a delegacia. Foi um excesso de emo��es no momento. Ent�o, deixou a coisa ruim para os dois lados. Infelizmente, o maior preju�zo foi do enfermeiro, que chegou a ser algemado”, completou.

Diante da situa��o, segundo o gerente, o corpo cl�nico do Hospital Jo�o XXIII ficou revoltado. “Eles pararam as atividades. Como chega algu�m de fora e n�o respeita as regras do hospital. Reunimos com cerca de 150 trabalhadores e afirmamos que vamos tomar as provid�ncias cab�veis para apurar os fatos. Um representante do Corpo de Bombeiros esteve aqui e se prontificou a apurar os fatos e abriu uma sindic�ncia para saber o que aconteceu. Na nossa opini�o houve um excesso e abuso de autoridade”, concluiu.

Segundo Marcelo Ribeiro, houve atrasos de medica��o e no banho dos pacientes durante a paralisa��o. Ele destacou o bom relacionamento entre o hospital e o Corpo de Bombeiros. “A parceria que o Jo�o XXIII tem com o Corpo de Bombeiros � muito boa. No segundo semestre o hospital conseguiu evoluir gra�as a eles”, disse.


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