Tr�s homens incendiaram um �nibus na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte no in�cio da tarde desta quinta-feira. De acordo com informa��es do 18° Batalh�o da Pol�cia Militar de Minas Gerais, o crime foi registrado no Bairro Monte Verde, pr�ximo a Ceasa, na BR-040, em Contagem. Segundo os militares, os suspeitos deixaram uma carta no local com reivindica��es de detentos que est�o na Penitenci�ria Dutra Ladeira, localizada em Riberi�o das Neves. Desde a madrugada dessa quarta-feira, cinco �nibus foram destru�dos e um ficou parcialmente danificado pelos bandidos.
Conforme relato do motorista do coletivo, placa HEK-4270, que fazia a linha 2480 (S�o Jos�/Cidade Industrial), um homem deu sinal para o ve�culo parar, enquanto outros dois suspeitos desembarcaram de um ve�culo preto com dois gal�es de gasolina. Eles mandaram os passageiros sa�rem do �nibus e, em seguida, atearam fogo. O trio fugiu sem roubar nada. Ap�s o crime, militares do Corpo de Bombeiros estiveram no local e controlaram as chamas. A per�cia da Pol�cia Civil tamb�m foi acionada.
De acordo com a PM, j� s�o seis ataques. O primeiro ocorreu �s 00h55 dessa quarta feira, no Bairro Santa Cruz. O ve�culo da linha 8203 (Renascen�a/Buritis) ficou parcialmente danificado. Os outros cinco ataques deixaram os ve�culos totalmente destru�dos e foram registrados entre a tarde de ontem e a tarde desta sexta-feira, nos bairros Barreiro, Goi�nia, Jardim Riacho das Pedras, Bet�nia e Monte Verde.

Preju�zos
Neste ano, j� s�o 21 ve�culos queimados em BH, de acordo com a Empresa de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH). O n�mero � quase tr�s vezes maior do que registrado em 2016, quando oito casos de vandalismo foram registrados.
Segundo o Setra, um ve�culo queimado pode afetar a vida de 500 usu�rios a cada dia �til e causar um preju�zo de R$ 400 mil – contando com as tecnologias existentes em cada �nibus – uma vez que ele dever�, tamb�m, ser substitu�do por outro carro. A onda de ataques a �nibus mobiliza as for�as de seguran�a de Minas Gerais. De acordo com o major Fl�vio Santiago, chefe da sala de imprensa da PM, buscas est�o sendo feitas pelos criminosos.
“A PM j� se articula para, junto ao sistema que envolve os �rg�os que atuam na defesa, para desmobilizar os atores dos delitos”, afirmou. Segundo ele, a motiva��o para os ataques est�o sendo apuradas. Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Administra��o Prisional (SEAP) informou que n�o � poss�vel estabelecer rela��o entre o fato ocorrido e o Sistema Prisional, at� que a Pol�cia Civil conclua as investiga��es criminais.
“A SEAP ainda destaca que todas as den�ncias formalizadas s�o devidamente apuradas e tomadas �s provid�ncias necess�rias, observando normas e preceitos legais pertinentes, a exemplo do amplo direito de defesa e do contradit�rio”, completou.