
Ainda segundo o militar, as aten��es seguem voltadas para localizar os autores dos inc�ndios aos �nibus, e tamb�m pede que a popula��o fa�a den�ncias caso tenham informa��es sobre envolvidos.

Por meio de nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) repudiou os atentados e destacou que “um �nibus convencional queimado significa preju�zo de R$ 400 mil, inclu�das no pre�o todas as tecnologias embarcadas, e implica um ve�culo a menos na linha por tempo n�o inferior a 180 dias ou a substitui��o tempor�ria por outro ve�culo da reserva”. O SetraBH informa que todo �nibus incendiado deve ser substitu�do e que a troca demanda tempo para que se fa�a a cota��o de pre�os no mercado e a aquisi��o. “Al�m disso, deve ser considerado o tempo necess�rio para a entrega do ve�culo pelo fabricante, para a instala��o da tecnologia exigida pela BHTrans e para a vistoria e emplacamento pelo Detran”, listou a entidade.
Pelos c�lculos do Setra, um ve�culo queimado ou depredado deixa de atender, em m�dia, a cerca de 500 usu�rios por dia. “Os atos de vandalismo tamb�m oneram o sistema de transporte coletivo e sua opera��o, ao reduzir a capacidade de reinvestimento dos cons�rcios, que n�o t�m seguro contra a��es dessa natureza”.
A Secretaria de Estado de Administra��o Prisional (Seap) informou que n�o � poss�vel estabelecer rela��o entre os epis�dios e o Sistema Prisional, ao menos at� que a Pol�cia Civil conclua as investiga��es criminais. “Em rela��o aos bilhetes com refer�ncia ao sistema prisional, a Seap est� adotando providencias para checar a veracidade dos conte�dos”, diz nota da pasta. A Seap ainda destaca que todas as den�ncias formalizadas s�o devidamente apuradas, com ado��o de provid�ncias necess�rias, “observando normas e preceitos legais pertinentes, a exemplo do amplo direito de defesa e do contradit�rio”, acrescentou.
No rastro do fogo
Confira a sucess�o de ataques a coletivos na Grande BH entre a madrugada de quarta-feira e a manh� de ontem
» Quarta-feira, 27/12
0h55 – �nibus parcialmente incendiado no Bairro Santa Cruz (Nordeste de BH)
16h30 – �nibus incendiado no Bairro Santa Helena (Barreiro, em BH)
22h44 – �nibus incendiado no Bairro Goi�nia B (Norte de BH)
22h55 – �nibus incendiado no Jardim Riacho das Pedras (Contagem)
» Quinta-feira, 28/12
0h12 – �nibus incendiado nas imedia��es do Bairro Bet�nia (Oeste de BH)
13h30 – �nibus incendiado no Bairro Monte Verde (Contagem)
» Sexta-feira, 29/12
5h30 – �nibus incendiado no Bairro Copacabana (Regi�o de Venda Nova)
» Ontem
5h42 – �nibus incendiado no Bairro Jardim Felicidade (Norte de BH)
Fonte: Pol�cia Militar
Integra��o e intelig�ncia para chegar aos mandantes
Ex-comandante do policiamento da capital, o coronel reformado Edvaldo Piccinini, hoje deputado estadual, diz acompanhar com apreens�o o notici�rio sobre os atentados contra �nibus na Grande BH. Para ele, n�o h� como n�o comparar o quadro com situa��es ocorridas nos tempos em que estava na ativa. Por isso, o oficial da reserva cobra urg�ncia no esclarecimento dos crimes.
“Tem de ser feito um trabalho de intelig�ncia, tanto por parte da Pol�cia Militar quanto da Pol�cia Civil. � preciso saber, com urg�ncia, de onde est�o partindo essas ordens. Um dos pontos a serem investigados �, sem d�vida, a Casa de Deten��o Dutra Ladeira, citada nos bilhetes deixados pelos incendi�rios”, diz o militar, para quem est� evidente que o crime organizado, no caso dos �nibus, atua com uma liga��o muito forte com interesses de presos da unidade.
O oficial reformado entende tamb�m que existe uma defasagem nesse aspecto na �rea de seguran�a. “Evitar esse tipo de acontecimento tem de ser uma constante. Deveria ter sido feito um trabalho preventivo”, afirma. O policial v� oportunismo na a��o dos criminosos, que aproveitaram o per�odo de festas de fim de ano para agir. Piccinini, que comandou tamb�m o Batalh�o de Choque, critica ainda o fato de n�o ter sido institu�da uma for�a-tarefa para enfrentar a onda de ataques, e tamb�m o registro das ocorr�ncias em delegacias diversas.
O Estado de Minas tentou ouvir a Secretaria de Estado de Seguran�a P�blica sobre os questionamentos, mas at� o fechamento da edi��o ningu�m se manifestou.