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Estado de Minas

Escola de samba de BH prepara desfile inspirado na Pampulha

Cinco vezes campe�, a Acad�micos de Venda Nova mobiliza 80 pessoas na produ��o de desfile em homenagem � Pampulha. Inscri��es de blocos caricatos e escolas terminam hoje


postado em 17/01/2018 06:00 / atualizado em 17/01/2018 14:11

Artesãs confeccionam fantasias e adereços inspirados nas águas da lagoa e nos traços de Niemeyer (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)
Artes�s confeccionam fantasias e adere�os inspirados nas �guas da lagoa e nos tra�os de Niemeyer (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)
Com o encerramento hoje das inscri��es de blocos caricatos e escolas de samba para o desfile oficial na Avenida Afonso Pena, acelera-se a corrida contra o tempo para que tudo esteja pronto para entrar na passarela em fevereiro. No Bairro S�o Jo�o Batista, a matriarca da fam�lia Gon�alves, Arabela, ou dona Bela, aos 68 anos, comanda uma verdadeira linha de produ��o de fantasias e adere�os. Na via ao lado ocorrem os ensaios da bateria, �s quartas, sextas e domingos, e na Rua Padre Pedro Pinto, em segredo guardado a quatro chaves, s�o constru�dos os carros aleg�ricos.

A Escola de Samba Acad�micos de Venda Nova, em seus 13 anos de exist�ncia, conquistou cinco vezes o t�tulo de campe� e sete vice-campeonatos, e no carnaval de 2018 quer ser a primeira novamente, homenageando uma joia da capital com o enredo “Sou Pampulha, sou carnaval, sou patrim�nio da cultura Mundial”, inspirado no conjunto moderno de Oscar Niemeyer. S�o mais de 80 pessoas trabalhando, sendo 60 volunt�rias, e vindos de outros munic�pios da regi�o metropolitana, como Sabar�, Nova Lima e Santa Luzia.

� um momento de uni�o de esfor�os de toda a comunidade. “Recebemos apoio de pessoas de v�rios pontos da cidade e de outros munic�pios”, conta a filha de dona Bela e tamb�m fundadora da escola, Jana�na Gon�alves. Todo o material para confec��o de fantasias e alegorias, al�m da m�o de obra de artes�os, costureiras, escultores, desenhistas e pintores, s�o � fornecidos pela pr�pria comunidade. “N�o compramos e n�o trazemos nada de fora. Procuramos valorizar o que temos de melhor em nosso estado”, diz com orgulho Jana�na.
Artesãs confeccionam fantasias e adereços inspirados nas águas da lagoa e nos traços de Niemeyer (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)
Artes�s confeccionam fantasias e adere�os inspirados nas �guas da lagoa e nos tra�os de Niemeyer (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)

Ser�o 600 componentes divididos em 13 alas, quatro carros aleg�ricos e 40 destaques. O desfile da escola, marcado para a ter�a-feira de carnaval, a partir das 23h, apresentar� ao p�blico tr�s blocos: a Pampulha dos anos 1940, d�cada em que o complexo recebia banhistas, esportes n�uticos, e o glamour do cassino e da Casa do Baile, que compunham com a igrejinha de S�o Francisco uma das mais significativas manifesta��es do incipiente modernismo no Brasil.

O segundo bloco trata da natureza exuberante e seus equipamentos p�blicos, como o parque ecol�gico e o zool�gico, com seu borbolet�rio e aqu�rio abrigando peixes das �guas do Rio S�o Francisco. Encerrando a homenagem a um dos cart�es-postais mais conhecidos de Belo Horizonte, a ala relembra as festividades e eventos, como a Volta da Pampulha, o futebol, a festa de Iemanj� e os fogos do r�veillon.

Nas peças produzidas, menção ao antigo cassino e à natureza da Pampulha (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)
Nas pe�as produzidas, men��o ao antigo cassino e � natureza da Pampulha (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)


TERCEIRA GERA��O A escola j� tem componentes da terceira gera��o de seus fundadores. Filhos e netos aprenderam a tocar os instrumentos na pr�pria bateria da escola, comandada pelo mestre Delei. De acordo com o presidente da Escola Francisco Gon�alves, h� um desejo crescente entre as agremia��es de samba de que o carnaval se consolide cada vez mais na cidade, em todas as suas frentes. “Ficamos 13 anos sem carnaval e isso provocou uma ruptura de pelos menos duas gera��es do samba, a partir dos anos 1990”. Esse processo de forma��o e continuidade dessa manifesta��o cultural vem sendo retomado pouco a pouco, ressalta o presidente da agremia��o.

A escola criou um centro cultural, que durante todo o ano forma maquiadores, dan�arinos, artes�os, costureiras e bordadeiras, al�m de ensinar a tocar instrumentos musicais. J� formou mais de 50 pessoas, e, nos tr�s meses que antecedem o carnaval, gera em torno de 15 empregos diretos. “� a nossa contrapartida ao apoio que recebemos de nossa comunidade”, diz Francisco.

RENOVA��O A exist�ncia da escola � fruto de uma reuni�o ocorrida em 2005 na casa da fam�lia Gon�alves, no Bairro S�o Jo�o Batista, e com o apoio de vizinhos e amigos, Arabela Gon�alves, seus filhos Jana�na, Marco (carnavalesco), Ricardo e Francisco (atual presidente da agremia��o), al�m da sua irm� Ad�lia, fundaram o Gr�mio Recreativo Escola de Samba Acad�micos de Venda Nova. “No momento do ressurgimento das escolas de samba de Belo Horizonte, os Acad�micos de Venda Nova nasceram das cinzas da festa, como uma mitol�gica F�nix, representando a renova��o, tradi��o e a comunidade acolhedora da regi�o de Venda Nova”, lembra a costureira.

Em 2017, a Escola de Samba Acad�micos de Venda Nova levou para as ruas um desfile seguindo o enredo “Sonhos de Toninho Veterin�rio, o mestre-sala dos animais”. Foi uma homenagem aos veterin�rios na figura de Jo�o Ant�nio Teixeira, que tem uma cl�nica na capital mineira e faz, por ano, cerca de 90 mil atendimentos a pequenos animais.

Esse foi o quinto t�tulo da Acad�micos de Venda Nova, que tamb�m venceu em 2008, 2009, 2014 e 2015. Nos anos de 2005, 2006, 2010, 2013 e 2016, conquistou a vice-lideran�a. Em 2012, ficou com o terceiro lugar.

Uma das fundadoras da escola, Janaína afirma que nada é comprado pronto, o que garante emprego aos que apoiam a agremiação (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)
Uma das fundadoras da escola, Jana�na afirma que nada � comprado pronto, o que garante emprego aos que apoiam a agremia��o (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)


INSCRI��ES Terminam hoje as inscri��es de blocos caricatos e escolas de samba que queiram participar dos desfiles no Carnaval de Belo Horizonte 2018, que ocorrem em 12 e 13 de fevereiro na Avenida Afonso Pena. As agremia��es que cumprirem as exig�ncias do edital da Belotur receber�o subs�dios de R$ 75 mil (escolas do Grupo A) e R$ 37,5 mil (para as do Grupo B e blocos). Os valores representam aumento de 50% em rela��o ao carnaval de 2017.

Neste ano, a passarela da Avenida Afonso Pena receber� pintura na cor branca, valorizando as fantasias e adere�os, a instala��o de um cron�metro vis�vel na avenida, melhorias na estrutura de som e na ilumina��o do espa�o, arquibancadas com mais conforto.

Mais de 500 blocos de rua


A inscri��o de blocos carnavalescos mostrou aumento expressivo este ano. Houve um crescimento da ordem de 20%. Neste ano, os 3,5 milh�es de foli�es esperados poder�o desfrutar de mais de 500 blocos de rua (em 2017 foram 385) em quase 600 desfiles – j� que alguns saem mais de uma vez. A administra��o municipal proporcionou uma ajuda de custo de at� R$ 10 mil para cada bloco que se inscreveu. A prefeitura montar� sete palcos espalhados pela cidade (no ano passado foram tr�s). Alguns blocos v�m se profissionalizando e j� promovem shows durante todo o ano.


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