
Por�m, por meio de nota, a Secretaria de Estado de Administra��o Prisional (Seap-MG) informou que a falta de �gua na unidade prisional n�o foi um problema isolado, mas do bairro. A Copasa, em comunicado, confirmou que houve uma situa��o emergencial que afetou o fornecimento na regi�o. A Seap tamb�m negou a suspens�o da alimenta��o e das visitas ontem. Segundo a secretaria, somente no pavilh�o da fuga n�o teve visita��o, que � um procedimento normal nesses casos.
“A falta de �gua no bairro deixou o Complexo Penitenci�rio Nelson Hungria (CPNH) sem abastecimento no dia de ontem (s�bado). Na manh� deste domingo, o fornecimento de �gua foi restabelecido parcialmente. A Secretaria de Estado de Administra��o Prisional entrou em contato com a Copasa e o fornecimento integral de �gua foi restabelecido no CPNH no final da manh� de hoje (ontem)”, diz a nota. A Seap acrescentou que, sobre os v�deos “supostamente” gravados dentro da unidade, foi aberta apura��o por meio de uma equipe que acompanha a situa��o.
No material, que foi replicado nas redes sociais e em aplicativos de mensagens, os presos denunciaram a falta de �gua no pres�dio e alegaram que seria um “castigo coletivo” pela fuga de pelo menos oito presos. Em um dos v�deos, dois presos com o rosto coberto denunciam a “neglig�ncia” com o pres�dio. Um deles reclama que n�o havia �gua para lavar a cela ou “dar baixa” nas necessidades. “Hoje, tinha crian�a chorando no p�tio querendo �gua pra beber e eles n�o liberou �gua pra n�s n�o (sic)”, diz. “Morrer de sede? Melhor morrer de fogo!”, diz outro preso, em mais um v�deo gravado no pres�dio, que mostra chamas em cobertores no p�tio.
O presidente da Comiss�o de Direitos Humanos (CDH) da Ordem dos Advogados do Brasil, William Santos, confirmou a autenticidade das imagens. Segundo ele, familiares de presos tamb�m confirmaram a situa��o de falta de �gua. “Em um calor desses o sujeito ficar preso em uma cela imunda lotada, n�o quer que fique revoltado? Estamos achando que se trata de um ‘castigo aos presos pela fuga recente de oito deles”, disse. Santos informou ter conversado com o procurador R�mulo Ferraz sobre a situa��o e que ele agiu, controlando a rebeli�o. Para o presidente da CDH da OAB, se o problema fosse desabastecimento, a penitenci�ria poderia ter resolvido com um caminh�o-pipa.