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Estado de Minas

Minas registra outra morte por febre amarela; em BH, popula��o reclama das filas para vacina

Trabalhador rural de Alvin�polis, de 67 anos, teve a morte por complica��es da doen�a confirmada pelo munic�pio. Em BH, procura por vacina causou longas filas e reclama��o


postado em 30/01/2018 06:00 / atualizado em 30/01/2018 15:47


O surto de febre amarela fez mais uma v�tima em Minas Gerais. Um trabalhador rural, que morava em Alvin�polis, na Regi�o Central do estado, teve a morte por complica��es da doen�a confirmada pelo munic�pio ontem. Apesar de a Secretaria de Estado e Sa�de (SES/MG) ainda n�o ter oficializado a morte, fato que deve ocorrer hoje com a publica��o do informe epidemiol�gico, a febre amarela j� matou ao menos 30 pessoas em Minas Gerais desde junho de 2017. No �ltimo boletim, publicado na ter�a-feira passada, o n�mero de mortes contabilizadas pela SES era de 25. Enquanto os n�meros engrossam, a preocupa��o com a febre amarela leva a popula��o a encher os postos de sa�de � procura da vacina��o. O resultado foi a longa espera por atendimento, que pode chegar at� tr�s horas.

A �ltima morte apurada pelo Estado de Minas foi a de um homem, de 67 anos, que faleceu em Alvin�polis. Ele n�o havia tomado a vacina que previne a doen�a. Segundo a Secretaria de Sa�de da cidade, os exames que constataram o diagn�stico por febre amarela foram liberados pela Funda��o Ezequiel Dias em 26 deste m�s. O idoso morrem no �ltimo dia 24. Cristina Mendes Rom�o, coordenadora municipal de Vigil�ncia e Sa�de, explica que a cidade s� tinha registrado esse caso da morte at� a manh� de domingo. “Esse foi o �nico caso aqui em Alvin�polis. N�s j� estamos com cobertura vacinal de mais de 90% da popula��o e indo de casa em casa. A a��o come�ou na �rea rural, de maior risco, por fazer divisa com cidades que tiveram outros casos”, disse. Apesar do alto �ndice de imuniza��o, Cristina reclama da falta de procura da vacina por parte dos moradores. “N�s temos vacina suficiente para a popula��o inteira da cidade, o que tem faltado mesmo � a procura por parte da popula��o”, lamentou.

Al�m do �bito em Alvin�polis, a Secretaria de Municipal de Juiz de Fora, na Zona da Mata, tamb�m registrou uma morte pela doen�a. J� em Belo Horizonte, as autoridades confirmaram na �ltima sexta-feira que a cidade registrou o terceiro �bito pela endemia. A v�tima tinha 42 anos e morava na Regi�o Oeste da capital, mas contraiu a doen�a na regi�o metropolitana.
Subgerente de estacionamento, Bruno Guilherme da Silva reclamou da demora no atendimento no Centro de Saúde Carlos Chagas, em Santa Efigênia (foto: Túlio Santos/EM/DA Press)
Subgerente de estacionamento, Bruno Guilherme da Silva reclamou da demora no atendimento no Centro de Sa�de Carlos Chagas, em Santa Efig�nia (foto: T�lio Santos/EM/DA Press)

Enquanto isso, a procura por imuniza��o continua por postos de sa�de na cidade com o aumento de mortes pela doen�a em Minas. Nas filas, muita reclama��o pela demora do atendimento. O subgerente de estacionamento, Bruno Guilherme da Silva, de 33, foi um deles. “Eu cheguei no posto �s 13h30, mas fui atendido 16h30. Senhas est�o sendo distribu�das. Mas a demanda est� muito alta e o posto conta apenas com uma pessoa para verificar o cart�o”, contou. Ele disse que muitos esquecem e/ou n�o levam o documento comprovando a vacina��o, atrasando o procedimento. “Me vacinei quando crian�a, tem mais de 25 anos. Depois das �ltimas not�cias, decidi procurar o posto”, acrescentou. Ele foi ao Posto de Sa�de Carlos Chagas, no Bairro Santa Efig�nia, na Regi�o Centro-Sul.

Em abril de 2017, foi adotada a dose �nica da vacina contra febre amarela no Sistema �nico de Sa�de (SUS) em Minas Gerais. Isso significa que apenas uma dose � capaz de imunizar por toda a vida, n�o havendo mais a necessidade de refor�o. A medida foi proposta pelo Minist�rio da Sa�de, que recomenda a dose �nica seguindo orienta��es da Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS).

Em resposta, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Sa�de (SMSA), informou, por meio de nota, que o Centro de Sa�de Carlos Chagas contou ontem com “quatro profissionais de sa�de para vacina��o: duas na sala de vacina, uma fazendo o cadastro e uma na organiza��o das filas (…) e por se tratar de uma unidade localizada na �rea hospitalar, a procura de pacientes n�o cadastrados tem sido ainda maior”. Al�m disso, a PBH refor�ou que “a vacina contra a febre amarela pode ser encontrada em todos os 152 centros de sa�de ao longo de todo o ano”.



CASOS SUSPEITOS O n�mero de mortes confirmadas tamb�m pode subir. Um homem de 41 anos morreu no domingo em Barbacena, Regi�o Central de Minas Gerais, com suspeita de estar contaminado pelo v�rus da febre amarela. Esse � o quarto �bito registrado na cidade em 2018 que ser� investigado pela Funed. De acordo com uma nota assinada pelo Secret�rio Municipal de Sa�de, Jos� Orleans da Costa, a v�tima morava em Ouro Branco, mas estava internada em estado grave no Hospital Regional de Barbacena desde o �ltimo s�bado. A equipe m�dica constatou que o homem teve fal�ncia m�ltipla dos �rg�os e febre hemorr�gica.

Agora, com a morte de domingo, Barbacena tem quatro �bitos em investiga��o por suspeita de febre amarela. A regional de sa�de da cidade, inclusive, est� no decreto de situa��o de emerg�ncia que foi assinado pelo governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), em 20 de janeiro e alterado no dia 25. Outros 11 pacientes est�o internados tamb�m com suspeita da doen�a. Segundo o munic�pio, a zona rural conta com visitas de casa em casa pelas equipes de enfermagem e agentes comunit�rios. Al�m disso, foram feitos dias especiais de vacina��o aos s�bados com o objetivo de atender a quem n�o pode durante a semana. At� o momento, em janeiro, foram 11.142 doses aplicadas (9.728 na zona urbana e 1.414 na zona rural) e 23.582 atendimentos realizados na �rea urbana e 3.226 na zona rural.

O Estado de Minas apurou que um morador de Belo Vale, tamb�m na Regi�o Central do estado, est� com suspeita da doen�a e segue internado no Hospital Eduardo de Menezes, na capital. Na �ltima sexta-feira, o governo de Minas Gerais alterou um decreto publicado em 20 de janeiro no Di�rio Oficial e ampliou de 94 para 162 o n�mero de cidades em situa��o de emerg�ncia pela doen�a. Os munic�pios pertencem �s Regionais de Sa�de de Belo Horizonte, Itabira, Ponte Nova, Juiz de Fora e Barbacena. *Estagi�rio sob supervis�o da subeditora Regina Werneck

 

 

UPAs amea�am parar


 

Somente os casos de urg�ncia e emerg�ncia dever�o ser atendidos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Belo Horizonte hoje. Os funcion�rios e m�dicos prometem uma paralisa��o de cinco horas durante a manh�. O principal protesto da categoria � em rela��o � seguran�a. Diante da amea�a, a Secretaria Municipal de Sa�de (SMSA) recomenda que os usu�rios s� procurem as UPAs em caso de urg�ncia e emerg�ncia. Caso contr�rio, devem procurar atendimento nas unidades b�sicas do Sistema �nico de Sa�de (SUS), que estar�o abertas. O ato foi convocado pelos sindicatos dos Servidores P�blicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), e Sindicato dos M�dicos de Minas Gerais (Sinmed-MG), e o Conselho Municipal de Sa�de. Os �rg�os afirmam que de junho de 2017 a janeiro foram registrados 309 epis�dios de viol�ncia. A Prefeitura de Belo Horizonte informou que j� negocia com os trabalhadores e que a quest�o � complexa.


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