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Estado de Minas

Baixa cobertura vacinal desafia combate � febre amarela em Minas Gerais

Apenas quatro das 28 regionais de sa�de no estado bateram a meta de imunizar 95% da popula��o. Mortes chegam a 43


postado em 01/02/2018 06:00 / atualizado em 01/02/2018 07:30

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)
Entrando para o segundo m�s do surto de febre amarela deste ano, a vacina��o continua sendo um desafio em Minas Gerais. O estado se mant�m com 83% de cobertura vacinal. Apenas quatro de suas 28 regionais de sa�de bateram a meta de imunizar 95% da popula��o. Falhas de preenchimento do sistema respons�vel pelas informa��es, ou recusas em tomar a dose s�o as principais explica��es. Ontem, chegou a 43 o n�mero de mortes em decorr�ncia da doen�a. Embora ainda fora do boletim oficial da Secretaria de Estado de Sa�de (SES), as prefeituras de Santo Ant�nio do Aventureiro e Senhora de Oliveira, ambas na Zona da Mata, Barbacena e Itabira, na Regi�o Central, confirmaram uma morte em cada cidade. Em Belo Horizonte, foi grande a movimenta��o no Servi�o de Aten��o ao Viajante, na Regi�o Centro-Sul da capital, de pessoas em busca da vacina e do cart�o internacional.

Pouso Alegre, no Sul de Minas, � a Superintend�ncia Regional de Sa�de com a menor cobertura vacinal (69,37%), segundo o �ltimo boletim epidemiol�gico da SES. Na divisa com S�o Paulo, onde a doen�a j� matou 52 pessoas, dois macacos foram encontrados mortos pela enfermidade desde julho de 2017, quando se iniciou o segundo ciclo da doen�a – um na cidade de Gon�alves, em agosto, outro em Extrema, em novembro. A regional ainda n�o tem casos de febre amarela em humanos.

Na Regional de Ponte Nova, a cobertura de vacina � de 73,65%, �ndice que j� aumentou para 76%, de acordo com a �ltima verifica��o da equipe local, feita na segunda-feira. A enfermeira e especialista em pol�ticas em sa�de p�blica da superintend�ncia D�diva Rodrigues informa que os munic�pios est�o divididos em tr�s categorias. Na primeira, � intensificada a rotina normal de vacina onde n�o h� rumor de mortes de primatas nem suspeita de casos em humanos.

Na segunda, na qual est�o 13 cidades da regi�o, a vacina ocorre de casa em casa na zona rural e � intensificada na urbana. Na terceira categoria, em que se enquadram cidades com confirma��o da doen�a, a imuniza��o de casa em casa se estende para a �rea urbana. Est�o nessa modalidade Alvin�polis, Porto Firme, Guaraciaba, Vi�osa, Barra Longa e Ponte Nova, que registraram uma morte cada. “Ano passado, em pleno surto, intensificamos a vacina��o em 22 munic�pios e teve gente se recusando a tomar. Num segundo momento, depois que passar esse novo surto, temos que lan�ar no sistema, que � recente, o cadastro de pessoas que se vacinaram antes de sua implementa��o. Com certeza, a cobertura vai aumentar”, diz D�diva.

Na Regional de S�o Jo�o Del-Rei, no Campo das Vertentes, a cobertura est� em 74,86%. A refer�ncia epidemiol�gica da superintend�ncia, Fernando Vilela, disse n�o sabe explicar o motivo desses n�meros. J� o diretor da Regional de Pedra Azul, Francisco de Oliveira Carvalho, espera que os 75,07% de cobertura deem um salto nos pr�ximos dias. “S�o os n�meros que est�o no sistema, mas trabalhamos para ver se houve vacinas que n�o foram lan�adas, j� que estamos com todo mundo em campo novamente, indo de casa em casa. Nossa inten��o � zerar para ficar livre desse fantasma”, afirma. Segundo ele, a recomenda��o aos munic�pios � que todos verifiquem no sistema para ver se ficou algo sem digitar. “Acreditamos que as pessoas foram vacinadas, porque as doses que recebemos foram distribu�da.” 

MORTES
Na Regional de Leopoldina, na Zona da Mata, onde a vacina��o est� em 76,08%, foi confirmada a primeira morte, pela Prefeitura de Santo Ant�nio do Aventureiro, que recebeu ontem o laudo da Funda��o Ezequiel Dias (Funed). Trata-se de um homem de 49 anos, natural da cidade. Ele morava em Xer�m, no Rio de Janeiro, e chegou ao munic�pio mineiro em 29 de dezembro. De acordo com a secret�ria municipal de Sa�de, Maria Eni Resende Cunha, o homem compareceu ao posto de sa�de no dia 8, passando mal. Ele foi encaminhado ao Hospital S�o Salvador, em Al�m Para�ba, e de l�, para a Casa de Caridade Leopoldinense, em Leopoldina. Morreu no �ltimo dia 22. A secret�ria diz que ser� necess�rio investigar o local de prov�vel contamina��o, pois a fam�lia relata que ele chegou do Rio j� se sentindo mal.

Na cidade de 3,6 mil habitantes, um macaco foi encontrado morto em dezembro passado, infectado. A cobertura vacinal local � de 98,88%. “Um ou outro que n�o se vacina  o mosquito pica. Fizemos vacina��o em massa desde o ano passado. Muitas pessoas, incluindo moradores de �rea de mata mesmo, assinaram termo de responsabilidade de n�o tomar vacina. Agora, alguns voltaram para tomar. A gente vai na casa, as equipes est�o na rua, mas n�o podemos aplicar � for�a”, ressalta a secret�ria.

Ainda na Zona da Mata, a Prefeitura de Senhora de Oliveira informou que a Funed confirmou na noite de ontem o diagn�stico positivo de febre amarela de um homem, de 42. Morador da cidade, ele morreu no dia 25.

Na Regional de Barbacena, houve o segundo �bito. Na p�gina do Facebook, o secret�rio de Sa�de e Programas Sociais de Barbacena, Jos� Orleans da Costa, divulgou nota informando sobre a morte,  no s�bado, de um morador de Piranga, de 57. O laudo da Funed, que ficou pronto ontem, tamb�m deu diagn�stico positivo da enfermidade para um paciente de 48, morador de Piranga, internado desde o dia 22 no Hospital Regional de Barbacena. Piranga j� teve dois outros pacientes confirmados com a doen�a e um �bito. A Regional de Barbacena tem 80,38% de cobertura vacinal. Itabira confirmou ontem a morte de um homem de 42 anos pela mol�stia. Ele era morador da zona rural e se recusou a tomar a vacina.


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