Total de �bitos por febre amarela aumentou quase 25% desde o boletim anterior

A escalada de mortes provocadas pela febre amarela mant�m Minas Gerais em alerta m�ximo contra a doen�a. Dados divulgados ontem pela Secretaria de Estado da Sa�de (SES/MG) mostram aumento de 24,5% no n�mero de casos fatais, que j� totalizam 76 �bitos, 15 acima dos registrados em levantamento divulgado h� nove dias e um a mais que a quantidade contabilizada na mesma data do ano passado, naquele que at� ent�o era considerado o pior quadro da doen�a na hist�ria.

Apesar do avan�o dos �bitos entre os dois relat�rios, o resultado n�o significa que as mortes tenham ocorrido nesse intervalo. Esse � o per�odo em que sa�ram os resultados de exames que confirmaram a doen�a. No total, Minas tem 183 diagn�sticos confirmados de febre amarela, uma rela��o casos/mortes de 41,53%.

Em 2017 eram, no dia 15 de fevereiro, 208 casos, com �ndice de letalidade de 35,58%. Por�m, segundo a Secretaria de Estado da Sa�de, n�o houve agravamento do quadro epidemiol�gico: o que mudou entre os dois per�odos, na avalia��o da pasta, foi a r�pida resposta do sistema de diagn�stico laboratorial da Funda��o Ezequiel Dias (Funed)

Desde o in�cio do ano, as infec��es por febre amarela v�m subindo rapidamente. No primeiro boletim sobre a doen�a divulgado em 2018, Minas apresentava duas mortes causadas pela doen�a. Cinco dias depois, j� tinha 13 casos confirmados, sendo seis �bitos, e 10 casos investigados. Em 11 de janeiro, eram 11 confirma��es, nove mortes e 10 notifica��es em apura��o. Em 15 de janeiro, o n�mero de casos subiu para 12, com 11 �bitos, e 34 registros em investiga��o.

O boletim seguinte foi divulgado em 17 de janeiro, com 22 casos, 15 mortes e 46 notifica��es em apura��o. Janeiro terminou com 81 casos confirmados, 36 mortes e 208 casos ainda sendo investigados. Em fevereiro, a escalada prossegue. O primeiro balan�o no m�s foi liberado no dia 6, quando 164 casos tinham sido confirmados, com 61 �bitos, e 301 exames ainda estavam pendentes. Ontem foram inclu�dos 19 casos e 15 mortes. Chamam a aten��o os casos investigados, que subiram para 404, alta de 103 em rela��o ao levantamento anterior.

A cobertura vacinal est� em 83,3%, longe ainda da meta de 95%. Segundo a Secretaria de Estado da Sa�de, a estimativa � de 3,2 milh�es de pessoas em Minas Gerais sem imuniza��o contra a febre amarela. A maioria das pessoas que n�o procuraram os postos de sa�de tem entre 15 a 59 anos.

Dos 853 munic�pios do estado, 37,63% (321) n�o alcan�aram 80% de cobertura vacinal; 33,65% dos munic�pios (287) t�m entre 80% e 94,9% dos moradores vacinados; com mais de 95% est�o 28,72% das cidades mineiras (245).

SOCORRO Prefeituras mineiras que extrapolarem o teto financeiro hospitalar com interna��es de pessoas com suspeita ou confirma��o da doen�a poder�o pedir ajuda ao estado. A secretaria publicou delibera��o no in�cio do m�s, aprovando o ressarcimento, com limite de R$ 1,5 milh�o por cidade, aplicado aos munic�pios das Regi�es Ampliadas de Sa�de Centro, Centro-Sul, Leste e Sudeste.

O munic�pio extrapola o teto financeiro quando promove mais procedimentos de sa�de do que o acordado para custeio mensal pelo Servi�o �nico de Sa�de (SUS). Para ter direito ao ressarcimento, os prefeitos ter�o que apresentar balan�o da produ��o hospitalar durante o per�odo.

 

V�rus est�
mais perto

O Minist�rio da Sa�de informou ontem que t�cnicos do Instituto Evandro Chagas (IEC) e do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) detectaram o v�rus da febre amarela em mosquitos Aedes albopictus, esp�cie conhecida popularmente como tigre asi�tico. Os insetos foram capturados no ano passado em �reas rurais e urbanas de Itueta e Alvarenga, no Vale do Rio Doce. Ainda n�o � poss�vel confirmar que o inseto tenha capacidade de transmitir a doen�a, o que exigir� novos estudos. “Por isso, � preciso voltar a essas �reas, para uma nova coleta de mosquitos que possibilite avaliar a capacidade de transmiss�o deles”, explicou o diretor do IEC, Pedro Vasconcelos.