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Estado de Minas

Popula��o despeja lixo na porta de unidades que recebem pequenos volumes de entulho

O que deveria ser solu��o acaba virando problema, j� que entorno das unidades que recebem restos de poda, m�veis e outros res�duos vira dep�sito at� de produtos t�xicos


postado em 23/02/2018 06:00 / atualizado em 23/02/2018 08:01

Lâmpadas fluorescentes, que contém mercúrio, perigoso para a saúde, descartados irregularmente no portão principal da URPV do Horto(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
L�mpadas fluorescentes, que cont�m merc�rio, perigoso para a sa�de, descartados irregularmente no port�o principal da URPV do Horto (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
A eterna luta entre o poder p�blico e parte da popula��o que insiste em descartar lixo e res�duos em vias p�blicas parece n�o ter fim. A situa��o se torna mais evidente em per�odos chuvosos, quando v�rios pontos das cidades ficam alagados e os bueiros, entupidos, n�o suportam os volumes de �gua e acabam causando trag�dias a cada ano. A falta de consci�ncia � tamanha que transforma em problema locais que foram projetados para ser solu��o.

Muitos descartes s�o feitos diante de Unidades de Recolhimento de Pequenos Volumes (URPVs) da prefeitura, locais distribu�dos em v�rios pontos da cidade, aonde a popula��o pode levar objetos como m�veis, aparelhos eletroeletr�nicos, entulhos e restos de podas. Mas muitos nem sequer se d�o ao trabalho de entrar no espa�o e despejam toda sorte de lixo – inclusive t�xico – em ruas pr�ximas.

A unidade da Avenida dos Andradas, no Horto Florestal, Regi�o Leste de Belo Horizonte, � um dos exemplos. Toneladas de entulho misturados a pneus cercam a via de entrada de um port�o secund�rio, localizado nas esquinas da Avenida dos Andradas com Avenida Itaituba, no Bairro Boa Vista, embaixo da trincheira da linha f�rrea da Centro-Atl�ntica.

No port�o principal, a situa��o � ainda mais grave. S�o toneladas de misturas entre lixo og�nico, m�veis, eletrodom�sticos, carca�as de animais e, mais grave, lixo altamente t�xico, como l�mpadas fluorescentes, que possuem, em grande quantidade, um componente qu�mico muito perigoso � sa�de: o merc�rio, um metal pesado e t�xico, cujo descarte, feito por empresas privadas, escolas, hospitais e �rg�os p�blicos, deve seguir regras rigorosas. De acordo com Fl�vio Fernando Oliveira, sua empresa de reciclagem Ampla Minas recolhe, em m�dia, 30 mil l�mpadas por m�s, que s�o descontaminadas, os materiais separados (vidro e metal) e depois reciclados. A pr�pria empresa busca as unidades no local, a um custo de 80 centavos por l�mpada.

Pouco mais � frente, pr�ximo � trincheira do metr�, na conflu�ncia das avenidas Silviano Brand�o, Andradas e Rua Felipe Camar�o, a situa��o � ainda mais complicada. S�o v�rios galp�es e garagens destinados � separa��o de materiais a serem reciclados. A parte descartada dessa sele��o � deixada nas vias p�blicas. Morador da Rua Felipe Camar�o h� 57 anos, Mauro S�rgio Mansur reclama que convive desde crian�a com os descartes quase na porta de sua casa. Mansur divide com um irm�o a sociedade de um trailer de lanches. “As pessoas se negam a percorrer 50 metros para chegar � URPV, e os descartes s�o feitos por todo tipo de pessoas: carroceiros, donos e caminh�es, caminhonetes de carreto e carros de passeio, que param aqui e deixam o lixo na rua”, relata. A montanha fica acumulada bem diante do port�o de fundos de um supermercado, aonde chegam alimentos a serem vendidos ao p�blico.

De acordo com a Superintend�ncia de Limpeza Urbana de Belo Horizonte (SLU), de segunda-feira a s�bado, per�odo em que a URPV da Regi�o Leste permanece aberta, s�o retiradas 63 toneladas de lixo. A maior parte � recolhida na segunda-feira, quando seis ca�ambas s�o preenchidas com o descarte, com aux�lio de retroescavadeira. A SLU informou que faz campanha de conscientiza��o na cidade sobre o descarte correto de lixo e que, nas URPVs, o m�ximo permitido por pessoa � de 1 metro c�bico. “Estamos pensando em um modelo da URPV de maneira que a gente conscientize melhor a popula��o, refor�ando a fiscaliza��o no per�odo noturno, quando n�o h� monitoramento e na possibilidade de abrir aos domingos”, anunciou a superintend�ncia.

*Estagi�rio sob supervis�o do editor Roney Garcia


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