
Enquanto o atacante Neymar deixava o Hospital Mater Dei, de helic�ptero, na manh� deste domingo, ap�s passar por uma cirurgia no p� direito, um grupo de pouco mais de 15 pessoas protestavam no entorno da unidade de sa�de. Os manifestantes pediam mais aten��o do poder p�blico quanto � sa�de no Brasil, sobretudo com os pacientes com doen�as raras.
Com faixas, o grupo cobrou uma atua��o mais efetiva do Superior Tribunal Federal (STF) no aux�lio das pessoas que precisam de tratamento m�dico p�blico. Eles tamb�m expuseram cartazes de luto pela morte de Margareth Maria Ara�jo Mendes, de 45 anos, que dependia de medicamentos para controlar a Hemoglobin�ria Parox�stica Noturna (HPN), doen�a diagnosticada em 2012.
“A Margareth j� recebia medicamentos desde 2012, quando a doen�a foi diagnosticada. Ela conseguiu o tratamento por meio de ordem judicial. Ela vinha fazendo esse tratamento regular em at� meados de julho do ano passado. Mas, infelizmente, de agosto para c� ela n�o recebeu o medicamento com regularidade, e nos �ltimos 90 dias nem os recebeu. Um dia antes do �bito, os medicamentos chegaram. Mas o estado de sa�de dela estava t�o grave, que nada adiantou”, disse Cl�udia Harmendani, amiga de Margareth, e uma das manifestantes.
Cl�udia faz parte do movimento “Minha Vida N�o Tem Pre�o”, criado em 2016 para cobrar a��es efetivas do governo na assist�ncia aos pacientes. Margareth era uma das l�deres do grupo.
“Estamos aqui representando os doentes raros do Brasil, que est�o morrendo por falta de tratamento. O governo est� fechando os olhos para estas pessoas, que parecem ser poucas, mas s�o mais de 13 milh�es de brasileiros que possuem algum tipo de doen�a rara. S�o mais de oito mil tipos de doen�as raras. Infelizmente estamos vivendo um holocausto no pa�s. Mesmo com ordem judicial, os medicamentos n�o s�o entregues a tempo de poder garantir a vida destes pacientes. N�o s� a Margareth, mas outros v�rios pacientes vieram a �bito”, finaliza Cl�udia. * Sob supervis�o da subeditora Jociane Morais