
A luta contra a leucemia e por um transplante de medula �ssea mobiliza duas fam�lias, uma de Belo Horizonte e outra de Turmalina, no Vale do Jequitinhonha. As causas tomaram corpo em campanhas nas redes sociais, onde circulam textos convidando a popula��o a doar sangue e se increver no cadastro de doadores de medula �ssea da Hemominas.
As a��es s�o destinadas aos casos de Bruno Ferreira Dias, de 7 anos, morador de Turmalina que foi diagnosticado com a doen�a em fevereiro de 2017, e Marco T�lio de Alvim Costa J�nior, de 21, que teve confirma��o da enfermidade em fevereiro deste ano.
Os pacientes est�o internados em hospitais da capital mineira aguardando uma compatibilidade para o transplante, enquanto s�o submetidos a sess�es de quimioterapia. O tratamento � a esperan�a para alcan�ar uma remiss�o da doen�a - quando as c�lulas leuc�micas n�o s�o mais encontradas em amostras da medula �ssea.
Cura e novo diagn�stico
Quando a fam�lia recebeu a not�cia de que Bruno Ferreira, � �poca com 6 anos, estava com leucemia miel�ide aguda, em fevereiro de 2017, a rotina di�ria se alterou nas viagens entre Turmalina e Belo Horizonte.
O tratamento foi feito entre fevereiro e julho no Hospital Governador Israel Pinheiro (Ipsemg) em BH. Neste per�odo, Bruno passou por sess�es de quimioterapia intensas que conseguiram, por ora, cur�-lo. Mas uma ferida na perna no dia 13 de fevereiro deste ano, deu in�cio a uma nova fase do tratamento.
“Depois que ele foi curado e o tratamento encerrado, a gente tinha que vir em Belo Horizonte uma vez por m�s para fazer exames de controle. Ele ficou sete meses sem a doen�a e no dia 23 de fevereiro ele deu uma ferida na perna, como eu j� estava acostumada, levei no hospital, ele fez exames e os m�dicos disseram que a doen�a tinha voltado”, explicou Luciene Aparecida Ferreira dos Santos , de 36 anos, m�e de Bruno.

Desde fevereiro acompanhando o filho na capital mineira, agora internado no Hospital da Baleia, a assistente de educa��o b�sica da rede estadual de ensino est� hospedada na Casa Aura de apoio � crian�as e adolescentes com c�ncer. Segundo Luciene, o dia a dia � cheio de lutas e vit�rias.
“Na primeira vez ele reagiu muito bem e at� antes do previsto imaginado. Mas desta vez, as sess�es de quimioterapia agora s�o muito mais fortes e mais intensas. Al�m de estar mais prostrado, ele tamb�m pegou uma infec��o intestinal”, contou a funcion�ria p�blica.
Ainda recebendo transfus�es de sangue, a cura de Bruno tamb�m depende de uma compatibilidade gen�tica para o transplante de medula. “Eu, meu marido e meu outro filho (2 anos) vamos fazer o teste hoje na Hemominas, porque a chance de compatibilidade principalmente com o irm�o � maior”.
Caso os parentes n�o sejam compat�veis, o nome de Bruno entra no Registro Nacional de Doadores de Medula �ssea (Redome). A fam�lia pede doa��es de sangue, pois o garoto ainda precisa receber transfus�es durante o tratamento.
Interessados em doar sangue para Bruno Ferreira podem procurar o Hemominas, na Alameda Ezequiel Dias, no Centro de BH, e dar o nome completo do garoto, que tem tipo sangu�neo A+. “A gente pede e tem f� em Deus para que esse transplante ocorra e ele seja curado, porque a quimioterapia � pesada demais”, disse a m�e.
Fam�lia procura doadores
Diagnosticado com Leucemia Miel�ide Aguda na v�spera do carnaval deste ano, Marco T�lio, internado no Hospital Biocor, na Regi�o Centro-Sul de BH, j� recebeu doa��es de sangue de 71 pessoas e, enquanto n�o realiza o transplante de medula, � submetido a quatro ciclos de quimioterapia: dois de sete dias e dois de quatro, ininterruptos.
“O caso dele poder� ser de transplante, mas s� ser� feito quando ele alcan�ar a remiss�o da leucemia nessas sess�es de quimioterapia. Tudo depende de avalia��o m�dica, mas a gente j� busca doadores”, conta a m�e do jovem, Marlene Corr�a da Silva, de 51 anos.
Os dois irm�os de Marco T�lio, de 19 e 35 anos, j� realizaram o teste de compatibilidade para a doa��o de medula, mas os exames foram negativos e o nome foi inclu�do no Registro Nacional de Doadores de Medula �ssea (Redome), do Instituto Nacional do C�ncer (Inca).
Com a necessidade do procedimento, amigos e familiares de Marco T�lio fazem campanhas em grupos de whatsapp e em outras redes sociais incentivando que as pessoas fa�am o cadastro de doadores de medula na Hemominas. “A cura do Marco T�lio j� foi providenciada por Deus, nossa expectativa � renovada a cada dia, e tudo est� dando certo”; diz, esperan�osa, a m�e de Marco T�lio.
Como se tornar um doador de medula
Segundo a Hemominas, 488.750 pessoas se cadastraram na funda��o para fazer a doa��o de medula. Os interssados em fazer parte devem se cadastrar presencialmente na funda��o sem precisar agendar hor�rios espec�fico; contudo, � necess�rio se atentar aos hor�rios de funcionamento das unidades. Para se tornar um doador, a pessoa precisa ter entre 18 e 55 anos de idade e apresentar boa sa�de.
Depois que for realizado o cadastro, uma amostra de sangue � colhida para a realiza��o do exame HLA, que tra�a as caracter�sticas gen�ticas do candidato e verifica a compatibilidade com pacientes que est�o na fila de espera.
Os dados dos doadores cadastrados s�o armazenados no Redome e ficam sob a responsabilidade do Instituto Nacional do C�ncer (Inca), pertencente ao Minist�rio da Sa�de. Atualmente, 4.465.984 pessoas est�o cadastradas no Redome para realizar doa��es.
As informa��es sobre endere�os onde s�o realizados os cadastros est�o no site da Hemominas, assim como as instru��es para quem deseja se tornar doador de medula �ssea.
Atualmente, 32 pacientes mineiros aguardam um transplante de medula, segundo a Secretaria de Estado e Sa�de de Minas Gerais (SES/MG).
* Sob supervis�o da subeditora Jociane Morais