Ap�s novo vazamento em mineroduto, Anglo vai dar f�rias coletivas aos funcion�rios

A Anglo American anunciou, em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, que deve dar f�rias coletivas para seus funcion�rios em Concei��o do Mato Dentro, na Regi�o Central de Minas. A medida � tomada depois do segundo vazamento num per�odo de menos de 20 dias em tubula��o do mineroduto em Santo Ant�nio do Grama, na Zona da Mata. O novo incidente ocorreu nesta quinta-feira � noite e levou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renov�veis (Ibama) a interditar mais uma vez as opera��es da mineradora – desta vez, por pelo menos 30 dias. As causas dos problemas ainda est�o sendo avaliadas.

O vazamento da polpa de min�rio (composta por 70% de min�rio e 30% de �gua) durou entre cinco e oito minutos, de acordo com o presidente da Anglo, Ruben Fernandes. Ele ocorreu num tubo localizado 400 metros � frente da tubula��o que registrou o mesmo problema no �ltimo dia 12. Desta vez, 174 toneladas do material foram carreadas para o C�rrego Santo Ant�nio – antes, foram 300 toneladas. Ao contr�rio do que ocorreu na primeira quinzena do m�s, n�o houve desabastecimento de �gua � popula��o, pois agora a capta��o � feita pelo Rio Salgado.

As negocia��es para a paralisa��o dos empregados ser�o feitas com o sindicato da categoria e deve ainda seguir os tr�mites legais do Minist�rio do Trabalho. Em Concei��o, a mineradora tem 2,5 mil funcion�rios, mas far�o parte do acordo aqueles que est�o nas opera��es de mina e de planta de beneficiamento de min�rio. Segundo Ruben Fernandes, o restante n�o ser� afetado.

O mineroduto s� poder� operar novamente depois de uma inspe��o que ser� feita ao longo de toda sua extens�o – 529 quil�metros a partir de Concei��o at� o Porto do A�u (RJ). “Houve a troca de tubula��o e dos tubos adjacentes depois do primeiro incidente. Testes mostraram que as opera��es podiam ser retomadas com confian�a”, disse o presidente. O segundo vazamento ocorreu no mesmo dia em que a mineradora havia retomado as atividades, depois de 15 dias parada em virtude do primeiro incidente.

Ainda na noite de ontem, o Ibama enviou um of�cio � Anglo sobre a interdi��o das opera��es e exigindo a apresenta��o, em 48 horas, de um laudo com a descri��o dos danos provocados pelo vazamento e detalhamento das medidas de mitiga��o, controle e repara��o. (Com Cristiane Silva)