
A falha na solda de parte do mineroduto foi apresentada como o motivo para os dois vazamentos nos dutos da Anglo American em Santo Ant�nio do Grama, na Zona da Mata de Minas Gerais. Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel (Semad) afirmou que o problema foi relatado pela pr�pria empresa. T�cnicos do N�cleo de Emerg�ncia Ambiental (NEA) fizeram duas vistorias na regi�o dos vazamentos e determinaram uma s�rie de medidas para a mineradora, que teve o mineroduto - de 529 quil�metros a partir de Concei��o do Mato Dentro, na Regi�o Central de Minas, at� o Porto do A�u (RJ) - foi interditado mais uma vez pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renov�veis (Ibama). As duas ocorr�ncias aconteceram em um intervalo de 17 dias e no espa�o de aproximadamente 220 metros.
Os t�cnicos do NEA fizeram as vistorias entre sexta-feira e este s�bado. Eles constataram que o segundo vazamento fica a 220 metros do local da primeira ocorr�ncia. Segundo informou a empresa � Semad, na quinta-feira vazaram “647 toneladas de polpa de min�rio, sendo que 174 toneladas do material atingiram o Ribeir�o Santo Ant�nio do Grama, enquanto 473 toneladas vazaram em uma propriedade rural particular”.
Ainda de acordo com informe da mineradora � Semad, “a causa do acidente seria a mesma do primeiro vazamento: uma falha na solda de parte do mineroduto. Os tubos das duas ocorr�ncias s�o do mesmo lote". A Anglo American, segundo a Secretaria, afirmou que realizou a��es de conten��o e remedia��o imediatamente ap�s o incidente.
Os t�cnicos do NEA constataram que havia dep�stio de min�rio em diversos trechos do Ribeir�o Santo Ant�nio do Grama. “Quanto � deposi��o de polpa de min�rio ao longo do ribeir�o, p�de-se observar que ela ocorreu desde o local do acidente at� 1 km � jusante da cidade de Santo Ant�nio do Grama”, disse no documento. “Verificou-se ainda que a cerca de 250 metros � jusante da conflu�ncia do ribeir�o com o Rio Casca, a pluma de min�rio j� havia se dilu�do e n�o era mais percept�vel neste �ltimo curso d’�gua”, finalizou a Semad.
Medidas ambientais
Como aconteceu no primeiro vazamento, a Semad determinou uma s�rie de medidas ambientais que dever�o ser cumpridas pela Anglo American. Em 48 horas, a mineradora ter� que apresentar um laudo com descri��o dos danos provocados e o detalhamento das a��es de mitiga��o, controle e repara��o. Em cinco dias, ter� que apresentar relat�rio com causas prov�veis do acidente e a rela��o com a ocorr�ncia anterior.
Al�m disso, ter� que apresentar relat�rio das medidas tomadas pela empresa, entre o primeiro e o segundo vazamento, atualiza��o do cronograma de inspe��o de integridade do mineroduto, monitoramento de �guas e sedimentos considerando o auto de fiscaliza��o anterior, relat�rio contendo os dados t�cnicos e a mem�ria de c�lculo do quantitativo de polpa de min�rio vazado, e revis�o do programa de gerenciamento de riscos, considerando o contexto dos acidentes ocorridos.
Os t�cnicos da Semad tamb�m determinaram, em vistoria realizada na manh� deste s�bado, que a limpeza da calha do Ribeir�o Santo Ant�nio do Grama e suas margens deve continuar sendo feitas pela mineradora, “com o recolhimento do min�rio sedimentado, conforme prazo determinado no auto de fiscaliza��o do primeiro acidente”.
“A mineradora deve fornecer as coordenadas geogr�ficas dos pontos onde o mineroduto passa por �reas povoadas, identificando os locais onde est�o instalados os tubos do mesmo lote daqueles que se romperam”, completou a Semad.
Pente-fino
O vazamento da polpa de min�rio (composta por 70% de min�rio e 30% de �gua) ocorreu por volta das 18h55 de quinta-feira, e durou entre cinco e oito minutos, segundo a empresa.
Em entrevista coletiva nessa sexta-feira, a companhia informou que decidiu dar f�rias coletivas aos funcion�rios. A retomada das atividades s� deve ocorrer depois de um pente-fino a ser feito ao longo de toda a extens�o do mineroduto – 529 quil�metros a partir de Concei��o do Mato Dentro, na Regi�o Central de Minas, at� o Porto do A�u (RJ).