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Estado de Minas

Baixa visita��o ofusca prepara��o para anivers�rio do Zool�gico de BH

Comerciantes lamentam zool�gico vazio. Visitantes tamb�m reclamam de pre�os altos e infraestrutura


postado em 09/04/2018 06:00 / atualizado em 09/04/2018 07:23

Frequência ao local diminuiu com a exigência de comprovante de vacinação contra febre amarela(foto: Sidney Lopes/EM/DA Press)
Frequ�ncia ao local diminuiu com a exig�ncia de comprovante de vacina��o contra febre amarela (foto: Sidney Lopes/EM/DA Press)


Bra�os cruzados, cadeiras e mesas completamente vazias e comerciantes �vidos por receber turistas num domingo ensolarado. Mas um estacionamento com poucos ve�culos indicava que os tempos s�o outros. Essa era ontem a imagem do Jardim Zool�gico de Belo Horizonte, �s v�speras de se tornar sexagen�rio. No ano que vem, o espa�o administrado pela Funda��o Zoobot�nica recebe, dentro das comemora��es de seus 60 anos, um dos mais importantes eventos da �rea, o 43º Congresso da Sociedade de Zool�gicos e Aqu�rios do Brasil, evento que reunir� profissionais, estudantes, institui��es e �rg�os nacionais e internacionais.

Mas, comemora��es � parte, os comerciantes da pra�a de alimenta��o atribuem o esvaziamento de visitantes � febre amarela. Desde janeiro, quando o zoo permaneceu fechado por uma semana a partir do dia 27, por medida preventiva, a visita��o p�blica vem diminuindo. A administra��o da funda��o passou a exigir a apresenta��o de cart�o de vacina��o para liberar a entrada. Logo na portaria, v�rios carros fazem o retorno, porque os passageiros n�o t�m o documento e n�o podem fazer a vista. Funcion�rios s� aceitam cart�es cujo portador tenha se vacinado pelo menos 10 dias antes da visita e apresente identidade.

Em quatro d�cadas, nunca se viu uma crise t�o forte, avalia a comerciante Gilda L�zara. “No domingo passado n�o vendi sequer um prato de feij�o-tropeiro”, contou. Ela disse que durante a semana a situa��o � ainda mais grave, devido � falta de visitantes. Gilda precisou dispensar sete dos oito funcion�rios. “Ainda assim, a diarista que me ajuda nos fins de semana tem ficado sem receber, j� que n�o ganho o suficiente nem para pag�-la.”

Segundo os comerciantes, nos dias de jogos ou de eventos na Pampulha, o zoo de BH ficava lotado. “As pessoas passavam o dia por aqui, e depois iam para o est�dio. Hoje, dia de cl�ssico (final do Campeonato Mineiro de Futebol entre Atl�tico e Cruzeiro) estamos sem ningu�m”, reclamava Anael Andrade Gon�alo, tamb�m comerciante de alimentos.

� espera dos fregueses, Anael se queixou das condi��es do pr�dio que apresenta infiltra��es, do mau estado dos banheiros e da limpeza, que fica sob responsabilidade dos oito comerciantes que t�m permiss�o para explorar a venda de alimentos e bebidas. J� os sanit�rios pr�ximos � administra��o est�o passando por reformas e seus acessos est�o sendo melhorados para atendimento inclusive a portadores de defici�ncias.
Quem consegue atender às exigências para admirar as atrações reclama do valor salgado do acesso(foto: Sidney Lopes/EM/DA Press)
Quem consegue atender �s exig�ncias para admirar as atra��es reclama do valor salgado do acesso (foto: Sidney Lopes/EM/DA Press)

Dos poucos visitantes que conseguem entrar, muito reclamam dos pre�os altos, tanto de ingresso quanto do estacionamento. O casal Jos� Vital Mayrink, motorista, e Maria Am�lia Correa Mayrink, costureira, acompanhados da filha, a balconista Gizelle Correa Mayrink, moradores de Betim, acharam “salgados” os pre�os cobrados para entrar (R$ 9,60 por pessoa mais R$ 24,05 para estacionamento), mas consideram o local excelente para passear. A �ltima visita do trio foi h� mais de uma d�cada. Eles disseram ter encontrado ontem a estrutura mais bem-cuidadada do que antes, com mais espa�o para os animais, mas reclamaram da diminui��o do n�mero de bichos. Em fevereiro, prefeitura isolou os primatas – considerados uma das maiores atra��es por muitos visitantes – como medida preventiva contra a febre amarela.

O perito Maur�cio Dias Bahia, acompanhado das duas filhas, Manuela, de 6 anos, Cec�lia, de 4, e da av� delas, Maria de Assis, achou o zool�gico “um pouco desleixado”. “J� vim aqui quando crian�a, e achei menos atrativo desta vez.” A opini�o contraria a das crian�as, que foram pela primeira vez. Manuela queria saber como levar o jacar� para casa. “Minha m�e ia levar um susto.” Mas estava preocupada em saber o que ele come. “Espero que n�o coma meu passarinho.” J� Cec�lia disse que “adorou todos os animais”. O aqu�rio continua a ser uma das atra��es mais procuradas, mas o visitante precisa pagar mais R$ 7,20 de entrada.

O que mais chamou a aten��o de Ant�nia Feliciano e seus filhos, Maur�cio e Jorge Feliciano, foi o espa�o reservado aos elefantes. As f�meas est�o longe do p�blico e o espa�o em que fica o macho, Jambo, est� cercado de fia��o el�trica e muitas pedras. Segundo o tratador de mam�feros Jo�o Batista, que trabalha h� 10 anos no local, Jambo tentou fugir algumas vezes, sendo encontrado dentro do fosso que o separa dos visitantes, o que teria obrigado a administra��o a colocar a barreira de pedras. Mesmo assim, o animal vem jogando algumas delas dentro do fosso. “Acredito que ele n�o deva estar muito satisfeito de ficar aqui”, comentou Ant�nia, ao ouvir a explica��o.



Congresso e comemora��o


Problemas � parte, o zoo aguarda com expectativa as comemora��es de seus 60 anos, no ano que vem, e a realiza��o do 43º Congresso da Sociedade de Zool�gicos e Aqu�rios do Brasil. “Esse � um dos principais e mais visitados atrativos tur�sticos de Belo Horizonte. Da� a import�ncia de a Belotur estar presente, promovendo nossa cidade e seus atrativos”, considera o diretor de Marketing e Promo��o Tur�stica da empresa municipal de turismo, Marcos Barreto.

A Belotur e a Funda��o de Parques Municipais e Zoobot�nica, participaram no s�bado da 42ª edi��o do congresso, no est�dio Man� Garrincha, em Bras�lia (DF). A miss�o da equipe da prefeitura no evento foi promover e divulgar Belo Horizonte, seu zool�gico e o Aqu�rio da Bacia do Rio S�o Francisco, a fim de aumentar o n�mero de visitantes, qualificar suas experi�ncias e, com isso, prolongar o tempo de perman�ncia do turista na cidade.


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