
O que parece ser uma gentileza b�sica para a vida em sociedade virou causa para ser batalhada – e ganha – na Justi�a. A cadeirante Ana Tereza Ba�ta Campomizzi, de 59 anos, ganhou o direito de ser ajudada pelos porteiros de seu pr�dio, conforme decis�o do Superior Tribunal de Justi�a (STJ).
Uma assembleia de condom�nio em 2010 proibiu que os funcion�rios do condom�nio, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, empurrassem a cadeira de rodas de Ana Tereza na rampa que d� acesso � garagem. Os moradores alegaram que se tratava de desvio de fun��o, segundo Ana Tereza.
Em 2011, ela conquistou liminar garantindo o direito de “ir e vir” e agora o STJ confirmou a decis�o tempor�ria em definitivo. N�o cabem mais recursos na a��o. “Era uma quest�o que poderia ser resolvida com uma simples troca de vaga na garagem, mas n�o... Um dia, precisei chamar a pol�cia para me ajudar a atravessar a rampa”, conta Ana Tereza, que � assistente de juiz no Tribunal Regional do Trabalho.
Ana Tereza perdeu os movimentos da perna depois de um acidente de carro, mas conseguiu se adaptar e leva uma vida independente. Mora sozinha, viaja, trabalha, dirige, conseguindo manter sua autonomia. “Eles cercearam meu direito de ir e vir. Agora, foram condenados a construir uma plataforma elevat�ria, al�m de danos morais”, afirma.
A reportagem tentou, sem sucesso, contato com a administradora Metr�poles, respons�vel pelo condom�nio.