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Estado de Minas

Moradores denunciam envenenamento de gatos em condom�nio de BH

Segundo a s�ndica do residencial, esta n�o seria a primeira vez que o crime ocorre no local. Pol�cia investiga o caso


postado em 16/04/2018 19:05 / atualizado em 17/04/2018 14:52

(foto: Pryscilla Rezende/Divulgação)
(foto: Pryscilla Rezende/Divulga��o)

Cinco gatos foram encontrados mortos no condom�nio Conjunto Habitacional Hort�ncia, no Bairro Maraj�, na Regi�o Oeste Belo Horizonte, e os moradores denunciam o envenenamento dos felinos. De acordo com eles, n�o � a primeira vez que esse tipo de crime ocorre no local. No ano passado, tr�s gatos tamb�m foram mortos.

Segundo Pryscilla Rezende, moradora do condom�nio que encontrou os animais, o caso ocorreu na madrugada de domingo. Ela conta ter acordado com o barulho de um gato agonizando. "Eu estava dormindo e acordei com um barulho estranho. Como moro no t�rreo, olhei pela janela e me deparei com um gato branco agonizando. Ele espumava pela boca e arranhava a parede, emitindo um som de engasgo", conta.

A moradora ainda conta que tentou levar o felino ao veterin�rio, mas ele morreu a caminho da cl�nica. “Eu tentei socorr�-lo, mas, infelizmente, o bicho morreu dentro do carro”, diz. Ainda de acordo com ela, por volta das 10h, mais quatro gatos foram encontrados mortos. Todos dentro do condom�nio e com as mesmas caracter�sticas. Os animais estavam enrijecidos.

Um dos gatos, sem uma perna, tinha um tutor que tamb�m mora no condom�nio. Os outros quatro felinos eram alimentados por alguns moradores e viviam livres. Pryscilla conta que eles recebiam alimento, �gua e cuidados veterin�rios. “Todos os gatinhos eram am�veis, d�ceis e n�o faziam mal a ningu�m. Estou revoltada”, afirma Pryscilla.

Segundo caso

Em junho do ano passado, outra moradora denunciou � delegacia especializada da Pol�cia Civil a morte de tr�s gatos nos arredores do pr�dio. Um laudo pericial realizado pelo Hospital Veterin�rio da UFMG em um dos gatos comprovou que a morte foi causada por envenenamento, j� que res�duos de “chumbinho” foram encontrados no est�mago do bichano.

De acordo com a denunciante, que preferiu n�o se identificar, a s�ndica havia solicitado que ela parasse de alimentar os gatos, reclamando que a popula��o de felinos estava aumentando e causando transtornos aos moradores. A moradora conta que, ent�o, providenciou a castra��o dos bichos. Mesmo assim, alguns vizinhos, durante uma reuni�o de moradores, haviam amea�ado matar os gatos.

Crime ambiental

Envenenar animais � um crime previsto na lei de Crimes Ambientais. O texto alerta que praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, dom�sticos, nativos ou ex�ticos pode ser penalizado com deten��o de tr�s meses a um ano e multa. Caso haja morte, a pena pode ser elevada em um sexto a um ter�o.

Ap�s a conclus�o do laudo oficial sobre causa da morte dos gatos, com a comprovo��o do envenenamento, o caso ser� encaminhado � Delegacia Especializada de Investiga��o de Crimes Contra a Fauna. A reportagem do Estado de Minas entrou em contato com a Pol�cia Militar de Meio Ambiente, mas at� a publica��o desta mat�ria a corpora��o n�o se manifestou.

Saiba como agir

De forma geral, os sintomas mais comuns nas intoxica��es por veneno em c�es e gatos s�o: saliva��o excessiva, misturada ou n�o com v�mitos; mudan�a brusca de comportamento e apatia; fortes tremores musculares ou fraqueza, o animal pode n�o conseguir ficar de p�; e apresentar sangue na urina ou diarreia. Caso seu animal de estima��o apresente estes sintomas, procure imediatamente um veterin�rio.

Segundo a protetora Daniela Pereira Moreira, volunt�ria do Movimento Mineiro pelos Direitos Animais (MMDA), para retardar a a��o da subst�ncia t�xica e ganhar tempo para levar o animal ao veterin�rio � recomendado o uso do carv�o vegetal ativado, que � facilmente encontrado em farm�cias. "O carv�o vegetal retarda a absor��o do veneno, por isso estamos visitando algumas resid�ncias e diluindo a subst�ncia na �gua dos animais de estima��o como uma forma de preven��o � futuros ataques", explica.

* Estagi�ria sob supervis�o da editora Liliane Corr�a


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