
O fim do per�odo considerado cr�tico para a febre amarela n�o desliga o alerta contra a doen�a em Minas Gerais. Mesmo com a redu��o das notifica��es de casos, exames continuam confirmando mortes. No per�odo de monitoramento 2017/2018 (com in�cio em julho do ano passado) j� foram registrados 155 �bitos, em um total de 467 pessoas infectadas. Balan�o divulgado nesta ter�a-feira pela Secretaria de Estado de Sa�de (SES/MG) mostra aumento de cinco casos fatais em rela��o ao �ltimo boletim, de 3 de abril, e 21 confirma��es a mais. Outro n�mero que chama a aten��o � o estoque de exames pendentes, que ainda podem representar um grande salto nos indicadores de incid�ncia da virose: h� 499 pacientes cuja suspeita de contamina��o � investigada pela Funda��o Ezequiel Dias (Funed), entre os quais 19 mortos. A secretaria informa que as notifica��es pendentes se devem � complexidade dos testes, que s�o repetidos para confirmar ou descartar o cont�gio.
A cronologia da doen�a desde dezembro, quando foi constatado o primeiro caso da temporada, mostra uma diminui��o na incid�ncia de contaminados. Janeiro terminou com 81 casos confirmados e 36 mortes. No m�s seguinte, a situa��o se complicou: as confirma��es subiram para 264, com 96 �bitos. Em mar�o houve um grande aumento nas mortes: foram 413 confirma��es da doen�a e 145 �bitos. De acordo com a SES, as notifica��es come�aram a apresentar uma curva de eleva��o a partir da semana sete, que compreende o per�odo entre 11 e 17 de fevereiro. O �ltimo paciente que teve a confirma��o da febre amarela come�ou a sentir os sintomas em 29 de mar�o.
Cidades ligadas �s regionais de Sa�de de Belo Horizonte e de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, seguem como as que mais apresentam casos de febre amarela. Juiz de Fora est� na lideran�a, com 30 confirma��es da doen�a e nove mortes. Em seguida vem Mariana, com 31 casos e sete mortes. Nova Lima est� na terceira coloca��o em n�mero de casos, com 23, mas � a que mais registra mortes, 10 no total.
A maioria dos casos registrados da doen�a na temporada 2017/2018 acometeram homens, que representam 86,7% do total de pacientes. Apenas 11 mulheres morreram ap�s contrair a febre amarela, o que representa 7,1% dos casos fatais. A m�dia de idade � de 48 anos, sendo que foram registrados casos entre 0 a 88 anos. A letalidade da virose est� em 33,2%, ou um �bito a cada tr�s pacientes.
Desde fevereiro n�o h� registro de mortes de macacos com a doen�a. Segundo o boletim divulgado pela Sa�de estadual, naquele m�s foram encontrados corpos de primatas mortos pela doen�a em 14 munic�pios. Vale lembrar que os animais n�o transmitem a virose e servem de sentinelas para a indicar onde h� presen�a do v�rus.
Em rela��o � vacina��o, o estado se aproxima de atingir a meta entre o p�blico-alvo. A cobertura vacinal acumulada est� em torno de 94,10%, ante um objetivo de 95%. Por�m, ainda h� uma estimativa de 1.171.555 pessoas n�o vacinadas contra a virose, especialmente na faixa et�ria dos 15 aos 59 anos, tamb�m a mais acometida pela epidemia de febre amarela silvestre de 2017.
PARQUES Devido � circula��o do v�rus da febre amarela por Minas Gerais, �reas verdes tiveram a visita��o restringida para reduzir o risco de cont�gio pela doen�a. Mesmo com a diminui��o das notifica��es da enfermidade, a pasta mant�m o alerta. “Considerando que o per�odo de transmiss�o se estende at� o m�s de junho, a Secretaria de Estado da Sa�de mant�m como recomenda��o sanit�ria que as medidas de controle em rela��o aos parques sejam mantidas, incluindo restri��o de acesso”, informou a pasta.
Em Belo Horizonte, quatro parques est�o fechados para a visita��o. O primeiro a fazer a restri��o foi Parque das Mangabeiras, em novembro do ano passado, seguido pelo vizinho Parque da Serra do Curral. Em janeiro deste ano foram fechados o Parque Aggeo Pio Sobrinho, no bairro Buritis, Regi�o Oeste, e o Parque Ecol�gico Roberto Burle Marx – o Parque das �guas, no Barreiro. J� o zool�gico da capital, na Pampulha, exige dos visitantes cart�o de vacina atualizado para que tenham acesso � unidade sem risco de contamina��o. Pelo mesmo motivo, o zoo tamb�m isolou a maior parte dos primatas em �rea � qual o p�blico n�o tem acesso.