Ex�rcito apreende em Minas 7 toneladas de explosivos

Sete toneladas de explosivos Anfa, de alta pot�ncia, e 1,6 mil espoletas eletr�nicas foram apreendidas ontem em opera��o coordenada pelo Ex�rcito em ind�strias, respectivamente, de S�o Sebasti�o do Oeste e Sabar�. Ambosos materiais estavam com prazo de validade vencido. A a��o fez parte da Opera��o Rastilho IV, que visa intensificara fiscaliza��o de explosivos e produtos correlatos – como dinamites, estopins, espoletas pirot�cnicas e cord�is detonantes – em todo o pa�s. De acordo com balan�o do Ex�rcito, em Minas, foram fiscalizadas 24 empresas de 18 munic�pios na opera��o, que envolveu 43 militares da for�a e 49 agentes da Seguran�a P�blica estadual e municipais. A opera��o vai at� sexta-feira.

 

Na �ltima a��o do tipo,em mar�o, foram apreendidas 17 toneladas de explosivos na Bahia, Esp�rito Santo, Goi�s, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paran�, Rio de Janeiro, Santa Catarina, S�o Paulo, Sergipe e Tocantins, al�m do Distrito Federal. Os principais problemas foram relacionados � documenta��o, ao transporte e ao armazenamento inadequado dos produtos.

O protocolo seguido pela opera��o compreende diferentes ag�ncias militares, que trabalham em conjunto. A Diretoria de Fiscaliza��o de Produtos Controlados (DFPC), por interm�dio do Centro de Opera��es de Produtos Controlados (Copcon), ambos �rg�os vinculados �s For�as Armadas, faz o mapeamento das entidades suspeitas. J� o operacional � de responsabilidade de ag�ncias governamentais, nos n�veis municipal, estadual e federal. “O papel do Ex�rcito � fiscalizar todos os que t�m o certificado de registro – documento necess�rio para que a pessoa f�sica ou jur�dica possa exercer qualquer tipo de atividade com produto controlado, inclusive os explosivos. Se encontrar alguma irregularidade, avisamos ao �rg�o respons�vel. � uma opera��o de interag�ncias”, afirma o capit�o Moraes, vinculado � se��o de rela��es institucionais da DFPC.

Al�m de explosivos, a Rastilho IV compreende diferentes materiais classificados como “produtos controlados”. A lista inclui armas de fogo, acess�rios, armamento qu�mico, detonadores e v�rios tipos de compostos qu�micos e itens militares. A regulamenta��o segue as diretrizes do Decreto 3.665/2000, editado durante o governo do ent�o presidente Fernando Henrique Cardoso.

Segundo o Ex�rcito, a Opera��o Rastilho IV abrange todas as 12 regi�es militares e mira 750 entidades espalhadas pelo pa�s. O esfor�o movimenta cerca de mil profissionais, segundo as For�as Armadas. A��es semelhantes ocorrem desde 2015.
De acordo com a 4ª Regi�o Militar, respons�vel por todo o estado de Minas Gerais, com exce��o do Tri�ngulo Mineiro, uma nova opera��o est� planejada para hoje. O local, entretanto, � sigiloso, de acordo com o protocolo interno adotado pela institui��o, para impedir que poss�veis agentes irregulares se antecipem � a��o dos militares.

CAIXAS ELETR�NICOS Esses explosivos t�m sido usados por diferentes quadrilhas para explodir caixas eletr�nicos em Minas Gerais. Somente em mar�o, o Estado de Minas noticiou ataques contra oito ag�ncias banc�rias, espalhadas por diferentes regi�es do estado. No total, foram quatro explos�es no Sul, duas no Centro-Oeste, uma no M�dio Jequitinhonha e outra no Tri�ngulo Mineiro.

Com intuito de coibir crimes deste tipo, o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) desencadeou a Opera��o Blindado, no dia 17, nas cidades de Montes Claros, Bocaiuva, Francisco S� e Jana�ba. Na ocasi�o, foram cumpridos 67 mandados judiciais contra suspeitos. Em 2017, ocorreram em m�dia 13 ataques a bancos m�s no estado.

Em um dos �ltimos ataques de 2017, moradores de Pomp�u, no Centro-Oeste de Minas Gerais, viveram uma ter�a-feira de p�nico. Criminosos fortemente armados invadiram a cidade na madrugada de 5 de dezembro, atacaram um banco, atiraram contra o quartel da PM e mataram um policial, um morador e feriram outro militar.