A pequena Maria Eduarda, de 1 ano e 2 meses, morreu asfixiada com um travesseiro pela pr�pria m�e. O crime ocorreu na manh� da �ltima segunda-feira (23) em Ravena, distrito de Sabar�, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, e foi detalhado pela Pol�cia Civil em coletiva � imprensa nesta quinta-feira. Serena Silva de Oliveira, de 19 anos, � princ�pio, tinha dito que a causa da morte da filha seria uma queda, durante uma briga com o pai de Maria Eduarda, Andr� de Brito, de 38.
A vers�o foi mudada durante depoim�nto. Serena confessou para a delegada Alessandra Alvares Bueno da Rosa, respons�vel pelo caso, que asfixiou a filha com um travesseiro. “Durante a briga a crian�a estava deitada no colo dela. Quando o pai levantou correndo e disse que ia embora de casa e terminar o relacionamento, ela foi atr�s dele e Maria Eduarda caiu no ch�o, bateu a cabe�a na parede, e come�ou a chorar. Quando ela voltou, a crian�a ainda chorava e ela pegou um travesseiro e sufocou a crian�a at� ela parar de chorar e amolecer”, contou a delegada.
Ap�s Maria Eduarda morrer, a m�e ainda foi com a crian�a at� a casa da av� materna, na mesma rua em que ela e Andr� moravam, e depois ainda levaram a filha at� a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sabar�. “A gente p�de notar que ela (Serena) � visivelmente abalada psicologicamente. A m�e (av� da crian�a) nos contou que ela j� tentou se matar tr�s vezes. O relacionamento com o Andr� tamb�m � bastante conturbado”, disse Alessandra Alvares. “Eles estavam com muita frieza, nem choraram. Eu at� disse para eles ‘voc�s n�o perderam um celular, perderam uma filha e est�o nessa frieza’, e eles continuaram com a mesma postura”, salientou a delegada sobre a postura dos pais durante o interrogat�rio.
As investiga��es n�o apontaram que Maria Eduarda tinha hist�rico de maus-tratos por parte dos pais. Segundo a Pol�cia Civil, familiares disseram que os pais mantinham tratamentos m�dicos em dia e a crian�a era saud�vel.
Serena de Oliveira foi indiciada por homic�dio com emprego de asfixia e por motivo f�til. J� Andr� de Brito foi indiciado por omiss�o de socorro. “Ele, como garantidor de que devia e podia diminuir os danos, ele n�o fez. Ent�o, ele responde por omiss�o,” destacou a advogada.