
Durante sete horas de negocia��o em reuni�o de concilia��o ontem no tribunal, foram discutidos 10 pontos propostos pelos patr�es, mas houve impasse em tr�s deles: o reajuste de sal�rios, a homologa��o de rescis�o de contrato frente as altera��es trazidas pela reforma trabalhista; e a contribui��es ao Sinpro-MG. Ao fim da audi�ncia, o Sinpro-MG apresentou uma nova exig�ncia: garantia de n�o puni��o decorrente da greve e estabilidade durante todo o ano letivo.
Sobre o reajuste salarial, o Sinpro-MG destacou que "as mensalidades escolares subiram em m�dia 12% na RMBH, n�o havendo motivo para n�o conceder o reajuste pedido que ficou abaixo das mensalidades escolares."
Nova manifesta��o da categoria e mais uma rodada de negocia��o com os donos dos estabelecimentos de ensino est�o marcadas a pr�xima quarta-feira. "Ficou definido, ainda, que a categoria vai realizar uma vig�lia a partir das 9h30 diante da sede do Sinep-MG para pressionar os patr�es, que se mostraram intransigentes nas negocia��es", informou o Sinpro-MG. Depois do encontro entre as partes, no Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG), as propostas ser�o discutidas em assembleia na mesma data.
Para o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG), houve “grandes avan�os”, considerando os 10 pontos propostos pela entidade na audi�ncia de concilia��o. Entre eles est�o a transfer�ncia de disciplina do professor; f�rias coletivas; a licen�a n�o-remunerada, aposentando (cl�usula que assegura ao professor a garantia contra a rescis�o imotivada nos 12 meses que antecedem a data prevista em lei para a complementa��o do tempo para aposentadoria volunt�ria); o quadro hier�rquico; a multa por descumprimento da conven��o coletiva de trabalho (CCT) e rescis�o imotivada no transcurso do ano letivo.
Segundo a presidente do Sinpro, entretanto os professores “abriram m�o” de exigir parte da manuten��o do acordo dessas cl�usulas para “demonstrar que a categoria n�o est� sendo intransigente”.
Na semana passada, o Sinep recuou em pontos pol�micos de sua proposta e manteve na forma em que est�o previstos na conven��o coletiva atual a maior parte de suas cl�usulas, incluindo direitos como bolsas de estudos, adicional por tempo de servi�o, adicional extraclasse e o tempo de intervalo entre aulas. Numa das quest�es mais delicadas, a entidade sustentava que n�o tinha a inten��o de acabar com as bolsas (concedidas a filhos de professores), mas de regularizar a situa��o. “H� professor que d� duas aulas de higiene bucal, por exemplo, e cujo filho tem bolsa na escola, e professor de matem�tica com 25 horas/aula que n�o tem o benef�cio”, informou, por meio da assessoria de imprensa. Naquela ocasi�o, o Sinep prop�s reajuste seguindo o INPC (1,56%), pouco acima do que havia sido cogitado anteriormente (1%).
BALAN�O DAS ESCOLAS
Pelo balan�o do sindicato dos professores divulgado na quarta-feira, 60 escolas de BH e regi�o metropolitana ficaram total ou parcialmente paradas. De acordo com o Sinep-MG, 13 col�gios pararam totalmente: Loyola, Magnum Cidade Nova e Buritis, Imaculada Concei��o, Marista Dom Silv�rio, Col�gio Padre Eust�quio, Sagrado Cora��o de Maria, S�o Miguel Arcanjo, Col�gio S�o Paulo, Escola Bal�o Vermelho, Gaivotas e Obra Social Jos� Oper�rio.
Em outros nove as atividades foram parcialmente paralisadas na capital: Col�gio Arnaldo, Batista Mineiro, Col�gio Il�mina, Nossa Senhora das Dores Floresta e Pompeia, Col�gio S�o Jos�, S�o Tom�s de Aquino, Faculdade Arnaldo Jansen e o curso de ci�ncias humanas da Fumec. Em Lagoa Santa, na Grande BH, parte dos professores do Col�gio Maxx tamb�m cruzaram os bra�os. O levantamento, de acordo com o Sinep, foi feito em 970 estabelecimentos de ensino de BH, Contagem, Betim, Lagoa Santa, Santa Luzia e Vespasiano.
Al�m da Fumec e da Faculdade Arnaldo, os centros universit�rios UNA e UNI-BH informaram greves parciais. No primeiro, a maioria dos docentes de comunica��o e artes do c�mpus da Pra�a da Liberdade e a Faculdade de Sa�de aderiu. Em outros cursos, o percentual ficou entre 20% e 30%. No segundo, apenas 10% da institui��o aderiu ao movimento, segundo informa��es repassadas pela institui��o ao sindicato patronal.
Al�m da Fumec e da Faculdade Arnaldo, os centros universit�rios UNA e UNI-BH informaram greves parciais. No primeiro, a maioria dos docentes de comunica��o e artes do c�mpus da Pra�a da Liberdade e a Faculdade de Sa�de aderiu. Em outros cursos, o percentual ficou entre 20% e 30%. No segundo, apenas 10% da institui��o aderiu ao movimento, segundo informa��es repassadas pela institui��o ao sindicato patronal.
Os professores da Pontif�cia Universidade Cat�lica de Minas Gerais (PUC-MG), por meio da Associa��o dos Docentes da PUC Minas (Adpuc), tamb�m confirmaram que se filiariam � greve da rede particular de educa��o.
