
Autoridades se reuniram nesta quinta-feira para come�ar a tra�ar estrat�gias contra os roubos de carga em Minas Gerais, estado com a maior malha vi�ria do pa�s. Participaram do encontro no Centro Integrado de Opera��es da Pol�cia Militar, na Regi�o Centro-Sul de BH, representantes da corpora��o, das pol�cias Civil e Rodovi�ria Estadual, da Secretaria de Estado da Fazenda e da Federa��o das Empresas de Transporte de Carga do Estado de Minas Gerais (Fetcemg). Integrar a��es, atuar na capacita��o e troca de informa��es entre os entes p�blicos estavam entre os objetivos da mesa de discuss�o.
Em 27 de abril, foi criado pela PM o Comando de Policiamento Rodovi�rio. Com a��o em todo o estado, o objetivo � dar seguran�a nas estradas e agir no enfrentamento dos crimes e sua interioriza��o. A reuni�o de hoje foi realizada no sentido da estrat�gia de mudan�a de foco do policiamento, com troca de experi�ncias entre os �rg�os relacionados. “Esta � uma reuni�o inicial. O objetivo dela � reunir os parceiros que est�o no dia a dia enfrentando o problema. O roubo de cargas atinge toda a comunidade, uma vez que tira de circula��o a carga e aumenta o pre�o final do produto”, detalhou o major Geraldo dos Reis Cardoso J�nior, do Comando de Policiamento Rodovi�rio. “O objetivo da PM foi convidar as pessoas para alinhar e integrar nas a��es de enfrentamento ao crime. Nesta primeira reuni�o foram tratados dados de cada um e trazidos � mesa os atores para potencializar as respostas”, disse.
Entre as estrat�gias citadas pelo major est�o palestras para orientar as empresas de transporte e tamb�m motoristas no sentido de autoprote��o, para evitar os roubos e furtos.
Segundo dados da Secretaria de Estado de Seguran�a P�blica (Sesp), de janeiro a mar�o de 2018 foram registrados em Minas Gerais 114 roubos de cargas. No mesmo per�odo do ano passado, o n�mero foi de 128. J� os furtos no mesmo per�odo de 2018 foram 69. De janeiro a mar�o de 2017 a Sesp somou 97 crimes desse tipo. Da parte da PM, foram registrados 452 roubos em 2017 contra 301 em 2016 na malha vi�ria do estado.
A maior parte das ocorr�ncias, conforme a PM, ocorre na Grande BH e nas regi�es do Tri�ngulo Mineiro e no Vale do A�o. “A regi�o metropolitana responde em percentuais, 26% do todo do registro do estado. Especificamente, Contagem, Betim, onde tem maior polo de transporte, ind�stria e o setor cerealista, o Ceasa. Nessa linha, l� j� existe em curso um outro grupo trabalhando no problema, tem feitos as interven��es j� vai para um ano e meio. E a nossa estrat�gia aqui � no estado inteiro. Tri�ngulo Mineiro e Ipatinga respondem, em termos de percentual do estado, 6% cada um”, detalhou o major Cardoso.
Cigarros, pneus, eletr�nicos e cargas dos Correios est�o entre os principais alvos dos criminosos, segundo o militar. Entre as rodovias que concentram mais furtos est�o a BR-040, nos trechos de Contagem e Ribeir�o das Neves, e no Tri�ngulo Mineiro e Ipatinga est�o as BRs 153, 050, 262 e 381. “A malha vi�ria mineira � a maior do pa�s, n�s estamos com 37 mil quil�metros de rodovias, 853 munic�pios operando. A Pol�cia Militar tem feito seu papel e buscado tamb�m com os parceiros, tem feito a��es dentro da sua capacidade a��es para diminuir. Felizmente, n�s estamos buscando mudar essa curva, embora ela n�o seja t�o alarmante. Estamos na terceira posi��o no pa�s em rela��o a roubo de carga. � uma caracter�stica de Minas Gerais por ser um estado integrador. Para acessar o sul e o norte tem que passar por Minas Gerais”, avalia o major do Comando de Policiamento Rodovi�rio.
O chefe da Sess�o de Opera��es da Pol�cia Rodovi�ria Federal, M�rcio Camargos, deu um panorama do que j� foi apurado sobre as a��es dos grupos criminosos na malha vi�ria mineira. “Normalmente o roubo de carga n�o � feito por quadrilhas amadoras. Existe todo um movimento especializado de grupos criminosos que agem no roubo de carga. Todo esse modus operandi, destina��o de carga, transbordo de mercadoria, tudo isso � estudado para a��o mais efetiva”. Camargos tamb�m acredita que as cargas s�o encomendadas. “A destina��o da mercadoria n�o � f�cil, os volumes s�o grandes, os pesos n�o s�o coisa simples de se manipular. A gente acredita que toda vez que existe um roubo de carga existe sim um direcionamento pr�vio”, afirmou.