(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Festival Canjer� re�ne cultura quilombola na Pra�a da Liberdade

Comunidades negras tradicionais se re�nem em uma das pra�as mais charmosas da Regi�o Centro-Sul da capital para divulgar sua cultura, modo de vida e sua luta por terra e dignidade


postado em 12/05/2018 10:50 / atualizado em 13/05/2018 08:59


Arte, artesanato, comidas, produtos e verduras naturais, livres de agrot�xico. Shows, elementos da religiosidade e debates. Cheiros, sabores, cores e muito orgulho para dar o tempero especial � terceira edi��o do Festival Canjer�, que pode ser conferido at� amanh�, na Pra�a da Liberdade, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. O evento re�ne comunidades quilombolas de v�rias regi�es do estado e tem este ano como tema os 130 anos da aboli��o da escravatura. A expectativa � conseguir reunir, at� o fim do festival, mais de 600 quilombolas de diversas comunidades mineiras, dando visibilidade � cultura tradicional e chamando a aten��o para a luta desse povo pelo direito � terra e � vida digna.

A programa��o, gratuita, tem feira de artesanato, cortejos de congado, reinado e batuque, apresenta��es culturais, oficinas e rodas de conversas. Al�m das 60 barracas com artesanato, culin�ria e produtos quilombolas, o Canjer� tem exibi��es de filmes quilombolas, apresenta��es culturais, oficinas, rodas de conversas, entre outras atra��es nos espa�os do Circuito Liberdade. Uma das coordenadoras do evento, Jord�nia Fernanda diz que essa � uma conquista grande. “S�o quilombolas no Centro de BH podendo mostrar seu trabalho e sua cultura. N�s, negros, contribu�mos muito com esse pa�s. Agora, embora de forma lenta, � a oportunidade de mostrarmos que somos descendentes, que produzimos, criamos”, afirma Jord�nia, moradora do quilombo Cachoeira dos Forros, em Passa Tempo, no Centro-Oeste de Minas.

Uma das expositoras do festival � a artes� Maria das Neves Francisca Gon�alves Souza, de 59 anos, da comunidade quilombola de S�o Francisco do Meio, no Norte de Minas. � com capricho que ela exibe as pe�as em barro, feitas e passadas de gera��o em gera��o para que a tradi��o n�o acabe: vasilhas para plantas, �gua, decora��o, porta objetos e pratos. Ela conta que as terras em que vive com a fam�lia foram compradas de fazendeiros por seus ancestrais. “Eles vieram da �frica e come�aram o trabalho com barro por necessidade da vida. Chegaram � Bahia e atravessaram o Rio S�o Francisco em busca de um lugar mais livre”, relata.

No estande de Jucil�ia dos Santos Pascoal, de 29, da comunidade de S�o F�lix, no munic�pio de Cantagalo, no Vale do Rio Doce, s�o vendidos produtos da ro�a. Chips de banana frita, ovos caipira, biscoitos e doces de leite fazem salivar. Tudo � feito pela fam�lia, numa produ��o 100% artesanal. Ela lembra os percal�os deste ano, quando problemas com o transporte quase impediram muitos de chegar a BH. “Dever�amos ter chegado na sexta-feira cedo, mas teve gente que ficou na estrada de madrugada esperando o �nibus, que n�o apareceu”, conta, referindo-se a problemas com as parcerias. “Mas estamos aqui. � sempre assim. � uma luta constante para termos nosso lugar e nosso espa�o. Mas, n�o podemos desistir nunca.”

CONGADO O congado � outro ponto alto da programa��o. Ao todo, oito grupos estar�o presentes: Ribanceira, de S�o Rom�o, e Vila Nova dos Po��es, de Jana�ba (Norte de Minas); Pinh�es, de Santa Luzia, e Quilombo Nossa Senhora do Ros�rio, de Ribeir�o das Neves (na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte); Cruzeiro, Brejo, Vila Santo Isidoro, Miseric�rdia, Moco dos Pretos, Alto Caititu e Caititu do Meio, de Berilo e Chapada do Norte (Vales do Jequitinhonha e Mucuri); Doutor Campolina, de Jequitib�, e Chacrinha dos Pretos, de Belo Vale (na Regi�o Central); e Comunidade Carrapatos da Tabatinga, de Bom Despacho (Centro-Oeste do estado).

O projeto vem ao encontro das pol�ticas de salvaguarda do patrim�nio imaterial e promo��o do desenvolvimento agr�rio em Minas Gerais. O festival � promovido pela Federa��o das Comunidades Quilombolas de Minas Gerais – N’Golo com parceria do governo do estado, por meio do Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico (Iepha-MG).

 

SERVI�O:

Alameda da Educa��o, na Pra�a da Liberdade

Domingo: das 10h �s 18h

Entrada gratuita

Informa��es: www.circuitoliberdade.mg.gov.br


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)