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Estado de Minas

Paciente vacinada morre com gripe H1N1 em BH; especialistas defendem vacina��o

N�mero de �bitos confirmados no estado passa de dois para quatro. Na capital, mulher morreu 20 dias ap�s ser imunizada. M�dicos, por�m, ressaltam import�ncia da vacina��o


postado em 23/05/2018 06:00 / atualizado em 23/05/2018 07:57

Cartão da paciente de 63 anos que morreu em 15 de maio mostra que a dose foi administrada em 25 de abril (foto: Reprodução)
Cart�o da paciente de 63 anos que morreu em 15 de maio mostra que a dose foi administrada em 25 de abril (foto: Reprodu��o)

Aumenta o n�mero de mortes confirmadas pelo v�rus da gripe em Minas e, com ele, o n�vel de alerta contra a doen�a, especialmente porque pelo menos uma das v�timas tomou a vacina, que n�o foi capaz de proteg�-la. O total de �bitos de pacientes que comprovadamente foram infectados pelo v�rus Influenza A chegou a quatro no estado. A �ltima v�tima faleceu em Belo Horizonte, na ter�a-feira da semana passada. A dona de casa G.M.C.P., de 63 anos, que vivia na Regi�o Nordeste, morreu 20 dias depois de ter se vacinado em um posto de sa�de da capital mineira. Exames indicaram que ela foi v�tima da varia��o H1N1, a mesma que causou epidemia mundial de gripe su�na em 2009. Especialistas explicam que a dose n�o oferece 100% de prote��o, mas ressaltam a import�ncia da preven��o, que diminui os efeitos dos sintomas, o n�mero de hospitaliza��es e de mortes. Dos outros tr�s pacientes que perderam a vida no estado pela doen�a, dois foram infectados pela variante H3N2, que provocou a pior temporada de influenza nos Estados Unidos dos �ltimos nove anos, e outro por Influenza A sem subtipo definido.

Familiares da dona de casa G.M. afirmam que ela foi vacinada e 15 dias depois come�ou a sentir os primeiros sintomas, que vieram com pouca for�a. “Ela se vacinou em 25 de abril em um posto de sa�de do Bairro Jardim Vit�ria. Em 10 de maio, come�ou com um quadro de gripe simples, com coriza e tosse leve. Tr�s dias depois, come�ou a sentir falta de ar durante a noite. Quando acordou, a levamos a um hospital. L�, fizeram raio-x do t�rax, mas o exame n�o mostrou nada”, explicou um parente, que preferiu o anonimato.

Quando voltou para casa, a dona de casa come�ou a sentir sintomas mais fortes. “Pouco tempo depois, come�ou a sentir falta de ar. Voltamos para o hospital, e ela j� foi levada para a sala de emerg�ncia, onde foi entubada e passou por novos exames. No fim da tarde, chegou a conclus�o e o diagn�stico era a infec��o por Influenza A”, contou. “O quadro dela se agravou rapidamente. Os m�dicos tentaram de tudo, mas os �rg�os foram atingidos em quest�es de horas. Ela acabou morrendo na manh� de ter�a-feira (15 de maio), por fal�ncia de �rg�os”, concluiu o familiar.

A Secretaria Municipal de Sa�de de Belo Horizonte confirmou que a paciente j� havia sido vacinada, mas descartou qualquer rela��o do quadro com a dose recebida por ela. “O �bito da moradora da capital n�o tem rela��o com complica��es nem com falta de prote��o da vacina contra a gripe. Trata-se de mulher de 63 anos, vacinada para influenza no dia 25/4. Ela pertencia ao grupo priorit�rio para vacina��o, devido � sua faixa et�ria e comorbidade (doen�a associada)”, informou, por meio de nota. “O intervalo de tempo entre a administra��o da vacina e o in�cio de sintomas foi curto (inferior a duas, tr�s semanas). Dessa forma, a paciente provavelmente ainda n�o havia desenvolvido prote��o adequada contra os v�rus dessa vacina”, completou.

A vacina contra a gripe est� dispon�vel nas unidades b�sicas do Sistema �nico de Sa�de (SUS) para o p�blico priorit�rio (veja quadro) e contempla os principais v�rus que circulam pelo territ�rio nacional. Mas a imuniza��o contra a gripe, como todas as outras, n�o � 100% eficaz. De acordo com a Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais (SES/MG), em adultos saud�veis a detec��o de anticorpos protetores contra os v�rus se d� entre duas a tr�s semanas ap�s a vacina��o. A prote��o dura entre seis e 12 meses. A efic�cia, segundo o �rg�o, fica entre 50% e 85%. “Os anticorpos produzidos ap�s a vacina��o podem ser afetados por v�rios fatores, como a idade do indiv�duo, a exposi��o pr�via � doen�a e por condi��es que alteram a resposta imunol�gica”, informou a pasta, tamb�m por meio de nota. 


Especialistas fazem 
defesa da imuniza��o

Embora não seja 100% eficiente, fórmula aplicada em postos e clínicas contempla vírus em circulação e é forma mais segura de proteção (foto: Jair Amaral/EM/DA Press - 23/4/18)
Embora n�o seja 100% eficiente, f�rmula aplicada em postos e cl�nicas contempla v�rus em circula��o e � forma mais segura de prote��o (foto: Jair Amaral/EM/DA Press - 23/4/18)


Mesmo n�o tendo 100% de efici�ncia, especialistas ressaltam a import�ncia da vacina��o. “Quantas pessoas tomaram a vacina nos �ltimos anos e n�o tiveram nada? A efic�cia � de quase 100%. As doses est�o prevenindo muitas complica��es de pessoas que v�m tomando”, alertou o infectologista Dirceu Grego, do Hospital das Cl�nicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ele ressalta que a popula��o acima de 60 anos tamb�m deve lembrar de atualizar o cart�o com a vacina pneumoc�cica, que vale por quatro anos e previne contra pneumonia.

J� o m�dico Guilherme Donini Arniato, especialista em cl�nica m�dica do Hospital Jo�o XXIII e da Santa Casa, afirma que a vacina da gripe ameniza os efeitos nos pacientes. “A vacina de fato reduz a mortalidade e o n�mero de hospitalizados por pneumonia. Temos que lembrar que a vacina protege contra tr�s v�rus, que s�o os que mais circulam no Hemisf�rio Norte, o H1N1 o H3N2 e o Influenza B”, disse.

A Secretaria de Estado da Sa�de explica ainda que uma pessoa vacinada pode contrair uma das varia��es da influenza “ou por j� ter sido exposta previamente ao v�rus antes da vacina��o; ou porque o v�rus n�o � nenhum dos contemplados na vacina; ou pela n�o produ��o de anticorpos protetores (situa��o que acontece de forma individual)”. “Contudo, se uma pessoa for vacinada contra a influenza e mesmo assim contrair a gripe, o quadro ser� menos grave e o aparecimento de complica��es ser� menos prov�vel”, acrescentou. 

CASOS
A Secretaria Municipal de Sa�de de Belo Horizonte confirmou que dois pacientes morreram na capital v�timas da gripe. Al�m da dona de casa G.M.C.P., outra pessoa, que n�o teve o nome divulgado, perdeu a vida depois de ser infectada pelo v�rus H3N2. A v�tima � moradora de outro munic�pio, mas recebia atendimento em uma unidade hospitalar de BH.

O mesmo v�rus, que se espalhou pelos Estados Unidos e atingiu milhares de pessoas, j� havia matado um morador de Paragua�u, no Sul do estado. Al�m desse caso, a secretaria registrou morte causada pelo Influenza A em Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro, por�m n�o foi especificado qual subtipo de v�rus infectou o paciente. O �ltimo balan�o da Sa�de estadual foi divulgado em 14 de maio e n�o continha os �bitos registrados em BH. 

Febre amarela

Na epidemia de febre amarela que atingiu Minas Gerais na temporada 2017/2018, casos de pessoas que receberam a vacina e contra�ram a doen�a foram registrados. Uma comiss�o, com participa��o do Minist�rio da Sa�de, est� investigando 11 diagn�sticos da doen�a em pessoas com hist�rico vacinal. Est� sendo feito levantamento de informa��es cl�nicas e epidemiol�gicas dos pacientes. A Secretaria de Estado da Sa�de ressalta que a vacina da febre amarela tem efic�cia de 95% a 98%, “considerada altamente eficaz e segura na preven��o da transmiss�o do v�rus”.

PROTEJA-SE


 


VACINA��O

As doses que comp�em a campanha de vacina��o est�o dispon�veis pelo SUS para crian�as de 6 meses a 5 anos; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade em medidas socioeducativas; gestantes; mulheres at� 45 dias depois do parto; mulheres e homens com 60 anos ou mais; trabalhadores da �rea de sa�de; povos ind�genas; pessoas privadas de liberdade; portadores de doen�as cr�nicas e outras condi��es cl�nicas especiais que comprometam a imunidade; e professores de escolas p�blicas ou privadas.

INFORMA��O SEGURA

Saiba o que � mito e o que verdade sobre a gripe e a vacina contra a doen�a

MITOS


1. � poss�vel pegar gripe pela vacina?

N�o. A vacina contra a gripe � feita com o v�rus morto. Portanto, � 100% segura e incapaz de provocar a doen�a nas pessoas que s�o vacinadas.


2. Em gestantes, a vacina faz mal para o beb�?
Pelo contr�rio. � muito importante a vacina��o das gr�vidas, pois quando a m�e � vacinada o beb� tamb�m
fica protegido.

3. A �nica forma de prevenir a gripe � tomando a vacina?
A vacina contra a gripe � a melhor e mais segura forma de se proteger contra a doen�a, por�m, existem outras medidas importantes que ajudam na preven��o:

•Lavar e higienizar as m�os com frequ�ncia
•N�o compartilhar objetos de uso pessoal, como talher, copo e garrafa
•Evitar tocar mucosas do olho, nariz e boca
•Ter boa alimenta��o e beber bastante l�quido
•Evitar contato com pessoas que estejam com sintomas da gripe
•Manter a casa bem arejada

VERDADES

1. � preciso tomar a vacina todos os anos?
Sim. Por dois motivos: primeiro, porque a imunidade da vacina se mant�m por um per�odo de aproximadamente 12 meses; segundo, porque a cada ano h� v�rus diferentes circulando, que causam tipos diversos de gripe. A f�rmula � produzida a partir dos que est�o mais propensos a aparecer durante o per�odo de vacina��o.

2. A gripe pode matar?
Se n�o for tratada a tempo, a gripe pode causar complica��es graves e levar � morte, principalmente nos grupos de alto risco, como pessoas com mais de 60 anos, crian�as menores de 5 anos, gestantes e doentes cr�nicos.

3. Gripe e resfriado s�o doen�as diferentes?
Embora os sintomas sejam muito parecidos, os v�rus que causam a gripe e o resfriado s�o diferentes. A gripe � uma doen�a mais grave, que causa febre alta, dores musculares, dor de cabe�a, dor de garganta e exige mais cuidados para n�o provocar pneumonia. J� o resfriado � mais brando e dura menos tempo.

Fonte: Minist�rio da Sa�de


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