Geovane morava nos Estados Unidos havia 14 anos, e trabalhava como pintor. Ele sofria de epilepsia e morreu durante uma crise enquanto dormia, na madrugada de 19 de maio. Parentes e amigos fizeram uma campanha pela Internet e conseguiram US$ 11,3 mil para arcar com as despesas do traslado do corpo pra o Brasil.
Superada as dificuldades financeiras, a fam�lia enfrentou outro drama: a demora da chegada do corpo ao Brasil, devido � falta de combust�veis nos aeroportos brasileiros, provocada pela greve dos caminhoneiros. Segundo Thiago Prado, representante do Grupo Padref, empresa de plano funer�rio que presta atendimento �s fam�lias de emigrantes nos Estados Unidos e na Europa, inicialmente, o corpo de Geovane deveria ter sa�do de Boston no s�bado, mas o voo foi cancelado.
No domingo, o corpo foi embarcado em um avi�o que seguiu para Miami, onde seria colocado em um voo para o Aeroporto de Confins. No entanto, foi cancelado por causa da crise no abastecimento. Os aeroportos brasileiros s� estavam recebendo avi�es que n�o tinham necessidade de reabastecimento. Assim, na madrugada de segunda-feira, o corpo retornou para Boston.
Na tarde de segunda-feira, houve o embarque do corpo em um voo para Miami, de onde foi transferido para outra aeronave que chegou ao Aeroporto de Confins no final da manh� desta ter�a-feira. “A fam�lia do Geovane enfrentou uma verdadeira batalha por causa dessa bagun�a provocada no Brasil. Foram quatro dias de atraso e sofrimento. Tamb�m sofremos juntos, tentando ajudar a fam�lia”, disse Thiago Prado. Ele disse que por causa da falta de combust�veis, enfrenta o mesmo problema para o traslado dos Estados Unidos para o Brasil do corpo de uma pessoa cuja fam�lia mora em Fortaleza (CE).
�s 17h30min, ap�s os tr�mites burocr�ticos, finalmente, o corpo de Geovane saiu do Aeroporto de Confins em um carro funer�rio. Ele seguiu em dire��o a Marilac, distante 474 quil�metros de Belo Horizonte. O sepultamento ser� realizado nesta quarta-feira, em hor�rio ainda a ser marcado pela fam�lia.
