O que seria uma persegui��o de militares a um assaltante se transformou em numa grande opera��o policial nesta ter�a-feira, depois que o criminoso em sua rota de fuga invadiu uma grande loja de cal�ados, na Avenida Paran�, no Centro de Belo Horizonte, e fez uma cliente ref�m. Resistente em negociar com os agentes do Batalh�o de Opera��es Especiais(Bope), o homem acabou morto com um tiro na cabe�a, disparado por um atirador de elite (sniper), quando se despedia de sua m�e por telefone e com um revolver engatilhado na cabe�a da mulher.
De acordo com o major, o criminoso, demonstrando-se transtornado, evitou negociar. “Ele efetuou alguns disparos com o negociador ainda tentando fazer contato. Sempre que efetuava disparos, puxava o c�o � retaguarda do rev�lver, apontava para ele, apontava para v�tima, sucessivamente. Disse por v�rias vezes que a inten��o era de mat�-la e de se matar. O pr�prio negociador percebe o momento em que ele come�a a falar que deveria pedir desculpas � m�e pela burrada que estava fazendo”, contou Santiago, ao relatar os momentos que antecederam a decis�o de atirar no homem.
“Depois de quase duas horas, com o negociador ratificando que n�o havia qualquer condi��o de di�logo, para um indiv�duo que se apresentava muito transtornado, a c�lula de negocia��o, com o sniper j� em andamento, ainda tenta negociar. No momento em que ele liga para a m�e dele e a caracteriza��o, pelo pr�prio negociador, de que j� era um ponto crucial, ele j� falava em tom de despedida, muito nervoso aponta o armamento para a v�tima. Nesse momento, o sniper, j� posicionado e autorizado, efetua um tiro de precis�o em favor da v�tima, que estava como ref�m”, completou o oficial.
Segundo o aspirante Washington Amaral, da 6ª Cia do 1º Batalh�o de PM, antes da invas�o da loja, o criminoso, cuja identifica��o inicial � Paulo Henrique Corr�a, assaltou uma loja expressa na Avenida Augusto de Lima, no Barro Preto, na Regi�o Centro-Sul de BH. “Foi montado um cerco, depois do roubo, e os militares perceberam quando um homem com as mesmas caracter�sticas invadiu a loja de cal�ados. Quando ele fez uma mulher ref�m, foi ent�o chamado o Bope”, explicou.
MOMENTOS DIF�CEIS A vendedora de cal�ados A.C.J., de 29, contou que estava pr�ximo � cliente, quando o homem a rendeu. De acordo com ela, al�m da mulher, quatro funcion�rios da loja ficaram no local, escondidos, aguardando o desfecho. “Poderia ter sido eu, pois estava perto da cliente quando ele a pegou pelo pesco�o e colocou a arma em sua cabe�a. Foram momentos dif�ceis”, relembrou. Ela disse ainda que se sentiu aliviada com a��o da pol�cia, j� que o homem estava com olhos vermelhos, bastante agitado e atirou em dire��o ao ch�o. “Nesse momento, foi muito assustador. Foi foram uma hora e 20 minutos de muita tens�o”, concluiu.
Devido � opera��o policial, o quarteir�o da Avenida Paran� entre as ruas dos Tamoios e Carij�s foi totalmente isolado. Por ser corredor do Move, muitas pessoas que embarcariam nas esta��es do sistema se concentraram atr�s da �rea de isolamento, j� que os coletivos foram desviados. Quando houve o disparo do sniper, e a informa��o de que ele havia sido morto e a ref�m liberada, o p�blico no local comemorou, batendo palmas. A ref�m foi rapidamente levada para uma ambul�ncia, onde recebeu os primeiros cuidados m�dicos.
Os funcion�rios da loja, que ficaram retidos, foram encaminhados para uma unidade policial para prestar informa��es na confec��o do boletim de ocorr�ncia. Per�cia do Instituto Criminal�sticas fez os levantamentos no local e no fim da noite o rabec�o levaram o corpo para o Instituto M�dico Legal (IML).