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Estado de Minas

A dois dias da Copa do Mundo, BH ainda tem poucos locais decorados

A dois dias do in�cio do Mundial da R�ssia, ruas, casas e pontos comerciais enfeitados ainda s�o exce��o na capital, que h� quatro anos estava tomada de verde-amarelo. Clima pode mudar ap�s estreia


postado em 12/06/2018 06:00 / atualizado em 12/06/2018 10:05

Na Rua Francisco Bicalho, no Bairro Caiçara, quarteirão é enfeitado há cinco copas por iniciativa de dono de loja (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Na Rua Francisco Bicalho, no Bairro Cai�ara, quarteir�o � enfeitado h� cinco copas por iniciativa de dono de loja (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)

Se em 2014 Belo Horizonte e Copa do Mundo fizeram um par quase perfeito – depois de algumas d�vidas turbinadas pelas manifesta��es do ano anterior –, passados quatro anos o namoro da cidade com o Mundial da R�ssia ainda n�o engrenou. H� dois dias do in�cio da disputa, bandeiras com as cores do Brasil ainda s�o presen�a rara nas janelas de casas e apartamentos da capital. Na Avenida Raja Gabaglia, no Bairro Santa L�cia, Regi�o Centro-Sul, as enormes bandeiras listradas de verde e amarelo que h� quatro anos cobriam v�rios pr�dios est�o guardadas no arm�rio e apenas um ou outro edif�cio exibe alguma decora��o. No Hipercentro da cidade, h� acess�rios � venda, mas o com�rcio � considerado t�mido em rela��o a anos anteriores. Claro que tudo ainda pode mudar quando a Sele��o de fato entrar em campo, mas o clima do evento ainda n�o tomou conta dos belo-horizontinos. Em meio ao aparente des�nimo, h� quem ainda n�o tenha se recuperado da memor�vel derrota por 7 a 1 para a Alemanha, bem ali no Mineir�o, na Pampulha. E muitos acreditam que a crise pol�tica tamb�m afetou diretamente o futebol e os torcedores.

“Este ano est� muito desanimado. Ningu�m est� em clima de Copa do Mundo. O Brasil est� vivendo um momento muito dif�cil, e isso est� nos levando a repensar a import�ncia dos jogos. O Brasil � o pa�s do futebol? Pode at� ser, mas tamb�m tem que ser o pa�s de outras coisas: o pa�s da seguran�a, da educa��o, da sa�de. Ent�o, vejo esse des�nimo, vejo as pessoas virando as costas para a Copa”, avaliou Nardele Silva, de 65 anos, professora e moradora do Bairro Cai�ara, na Regi�o Noroeste de BH. O bairro, que tradicionalmente tem ruas inteiras tomadas pelo verde e amarelo, continua bem mais cinza do que o esperado para as v�speras do maior evento do futebol. “Vejo muita diferen�a do in�cio da Copa deste ano e a de 2014. Vejo a falta de decora��o e de trajes. J� era para ter muitas pessoas com camisas da Sele��o pela rua”, comentou ela.

De fato, em uma volta pela cidade � mesmo dif�cil ver a cor da bandeira nos trajes das pessoas pelas ruas, como em anos anteriores. Avistam-se de quando em quando pequenas bandeiras em carros, algumas ruas cujos moradores se animaram e j� capricharam na decora��o, pontos comerciais que exibem, al�m do verde-amarelo, bandeiras de outros pa�ses presentes no Mundial, mas s�o exce��es que se destacam em um clima geral que ainda � morno.

"Gosto mesmo � do encontro da fam�lia para 'tomar uma', da divers�o. Sei separar bem a pol�tica do esporte" - Zelino Correia de Freitas, comerciante (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)


A algumas quadras da casa da professora, a Rua Francisco Bicalho, tamb�m no Bairro Cai�ara, est� uma dessas exce��es coloridas pelo clima de futebol. Bandeirinhas nas cores verde e amarela enfeitam o quarteir�o entre as ruas Nadir e Zenite. No ch�o, uma enorme bandeira pintada no asfalto chama a aten��o de motoristas e pedestres. A iniciativa tem nome e sobrenome: pela quinta Copa consecutiva, o comerciante Zelino Correia de Freitas, de 51 anos, enfeita a via. E ele explica o motivo de tanta anima��o. “Gosto muito de futebol e fa�o isso desde que inaugurei a loja no bairro. Repinto a rua h� cada quatro anos. � sempre em um s�bado, no qual fechamos metade da pista para pint�-la. Todo mundo se diverte”, contou o comerciante.

Mas ele admite que o �nimo n�o � o mesmo entre todos os vizinhos de bairro. Ainda h� quem critique a a��o: “Alguns por causa dos 7 a 1, outros por causa da crise pol�tica, outros porque j� n�o gostavam de futebol. Eu gosto mesmo � do encontro da fam�lia para ‘tomar uma’, da divers�o. Sei separar bem a pol�tica do esporte”, afirmou.

"O Brasil est� vivendo um momento muito dif�cil, e isso est� nos levando a repensar a import�ncia dos jogos" - Nardele Silva, professora (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)


Em outro extremo da cidade, no Bairro Sagrada Fam�lia, Regi�o Leste, as ruas j� estiveram mais decoradas. Nas ruas Geraldo Menezes Soares e Jo�o Carlos, que na Copa passada estavam enfeitadas, hoje s� se v� asfalto, pois moradores n�o se mobilizaram para embelez�-la. Mas, pr�ximo dali, a Itajub� ganhou uma bandeira no ch�o e at� a sinaliza��o de “Pare” na via foi repintada. Na Avenida Silviano Brand�o, a casa Ao Gosto investiu: colocou bandeirinhas de v�rios pa�ses, al�m de grandes faixas em verde e amarelo para representar o Brasil. 

Um açougue com faixas verdes e amarelas e bandeiras de vários países lembra o futebol na esquina da Rua Itajubá com a Avenida Silviano Brandão(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Um a�ougue com faixas verdes e amarelas e bandeiras de v�rios pa�ses lembra o futebol na esquina da Rua Itajub� com a Avenida Silviano Brand�o (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)


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