Pacientes amargam espera de quase 12 horas para consultar em UPA Centro de BH
No guich� da UPA, na noite desta segunda-feira, a previs�o de espera para atendimento era de nove horas, segundo funcion�ria. Motivo da demora seria aumento do n�mero de pacientes
postado em 18/06/2018 23:26 / atualizado em 19/06/2018 16:40
Na recep��o da UPA Centro cadeiras lotadas de pacientes esperando serem chamados (foto: Marcos Vieira/EM/D.A.Press)
Pacientes que buscaram atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro amargaram longa espera nesta segunda-feira. No guich�, uma funcion�ria, ao ser perguntada sobre previs�o de tempo para consulta, admitiu que seria de cerca de nove horas. O motivo, segundo disse, � o aumento da procura por socorro m�dico, j� que hospitais da regi�o em que trabalhadores est�o em greve indicam a UPA como refer�ncia. Ela afirmou que o quadro de m�dicos estava completo.
A dom�stica C.C.S., de 40 anos, deu entrada �s 11h33 e �s 22h31 foi liberada. De acordo com ela, depois de passar pela triagem logo que chegou, foi chamada para a consulta �s 21h26. “Fui pela manh� no centro de sa�de do bairro, com muita dor na perna esquerda. Trouxeram-me para a UPA Centro de ambul�ncia. Na triagem me disseram que, como vim encaminhada, seria rapidamente atendida. Mas n�o foi assim, j� que, apesar da dor, demorou muito”, contou a dom�stica.
Atestado de acompanhamento de paciente comprova longa espera pelo atendimento (foto: Reprodu��o)
A desempregada M.J.S., de 60, com incha�o nos bra�os, m�os e pernas, al�m de dor nas juntas, chegou na UPA �s 14h45. S� foi chamada �s 22h53. “Procurei inicialmente atendimento no Hospital Jo�o XXIII. Disseram que est�o em greve e atendendo somente casos graves. Falaram para eu vir aqui, que era o mais pr�ximo. Estou com muita dor, mas n�o tenho outra op��o”, resignou.
J� o morador de rua I.A., de 55, junto com sua companheira V.L., de 56, montou acampamento na UPA. Aniversariando nesta segunda-feira, a mulher est� na unidade desde a quinta-feira, depois que recebeu alta do Hospital Municipal C�lio de Castro, no Barreiro. “Viemos para c�, pois n�o temos onde ficar. Minha mulher � paciente hospitalar, mas deram alta para ela, que j� sofreu mais de um A.V.C.. Aqui ela tem sido atendida todos esses dias, e a colocam no soro. Essa � a maneira que ela comemora o anivers�rio, debilitada e deita sobre uma cama de papel�o, sobrevivendo da ajuda das pessoas”, reclamou.
Casal montou acampamento na unidade de sa�de, depois que mulher recebeu alta em hospital municipal (foto: Marcos Vieira/EM/D.A.Press)
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Sa�de (SMSA) informou que devido a crise a crise enfrentada em alguns hospitais conveniados ao Sistema �nico de Sa�de (SUS) em BH, , como Risoleta Tolentino Neves, Jo�o XXIII e J�lia Kubitschek, o atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) est�o sobrecarregados. Na Upa Centro-Sul a situa��o � ainda pior devido a greve do Hospital Jo�o XXIII, pois pacientes em estado grave procuram o atendimento na unidade.
“Nesta segunda-feira, o n�mero de atendimentos durante o dia quase dobrou em rela��o ao dia anterior, saindo de 110 pessoas de domingo para 209 pacientes no dia 18/06. Dos 209, foram 180 pacientes classificados como n�o urgentes e 27 amarelos, que s�o casos urgentes mas n�o com necessidade de atendimento imediato”, disse a Secretaria.