Belo-horizontino troca caf� da manh� por cerveja para ver o Brasil na Copa 2018

Se a sexta-feira � sempre o dia mais esperado pelo brasileiro, hoje a cerveja do bar come�ou mais cedo – bem antes das 18h. Em toda a cidade, os bares abriram e ficaram lotados, com tel�es, bandeirinhas e muito petisco na mesa. Enquanto parte dos belo-horizontinos voltar� ao trabalho depois do almo�o e n�o exagerou na bebida, a outra parte teve folga do expediente e poder� estender a comemora��o at� domingo.

A advogada Ana Paula Xavier, de 26 anos, aprovou a ideia de tomar uma cerveja bem gelada ainda no in�cio da manh�. "Vou ter que maneirar, pego trabalho �s 13h. Mas, j� estou animad�ssima para o pr�ximo jogo... Churrasco j� est� quase assado", brincou.

A jovem, que n�o tirou os olhos da tela, ficou muito emocionada ao ver a Sele��o marcar dois gols. "Foi sofrido. O Brasil quase matou a gente de susto. Eu gosto de futebol desde pequena, ent�o, Copa do Mundo � s� emo��o. Fiquei emocionada ao ver o choro do Neymar. Esse choro representa muita coisa. Ele est� sofrendo uma press�o muito forte, levando o time todo nas costas", comentou Ana Paula, enquanto ainda limpava as l�grimas. "Eu estava confiante. At� apostei no bol�o 2x0 para o Brasil. Ganhei," contou.

J� a engenheira Cristiane Delfim e o economista Dalmo Junior, 47, est�o de folga e puderam aproveitar ainda mais. O sorriso no rosto n�o escondia o alivio. "Foi super merecido. Vou poder estender para comemorar", disse Cristiane. 

Quem tamb�m acompanhou a partida foi Expedito C�ndido, de 65 – conhecido pelo bairro como Pel� – lavador de carros e dan�arino. Ele aproveitou os grandes televisores do bar para acompanhar a Sele��o. “J� vi muita Copa. N�o temos mais jogadores como antigamente. Est� faltando um Pel�”, brincou. Mas, foi s� o primeiro gol sair que a confian�a melhorou. Ao ser questionado sobre o apelido, ele respondeu bem humorado: “todo preto � Pel�.”