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Estado de Minas

Vit�ria do Brasil sobre o M�xico deixa a semana mais curta

Partida com o M�xico esticou o domingo, com o trabalho come�ando para muitos ap�s as 13h, e tamb�m antecipou o happy hour da sexta-feira para as 15h, hora de encarar os belgas


postado em 03/07/2018 06:00 / atualizado em 03/07/2018 10:19

Ver galeria . 26 Fotos Na partida do Brasil contra o México na Copa do Mundo, belo-horizontinos fecharam o comércio e lotaram bares no Barro Preto, Região Centro-Sul da capitalJair Amaral/EM/DA Press
Na partida do Brasil contra o M�xico na Copa do Mundo, belo-horizontinos fecharam o com�rcio e lotaram bares no Barro Preto, Regi�o Centro-Sul da capital (foto: Jair Amaral/EM/DA Press )

A vit�ria do Brasil sobre os mexicanos, em Samara, fez muito mais que abrir o caminho para os comandados de Tite enfrentarem a B�lgica nas quartas de final da Copa da R�ssia. Aqui, do outro lado do mundo, a Sele��o acabou esticando o domingo quando entrou em campo, ontem, �s 11h, pelas oitavas de final. Pouco mais de 90 minutos e dois gols depois, decretou tamb�m que a semana termina mais cedo para grande parte dos brasileiros, mais precisamente �s 15h de sexta-feira, quando Neymar e companhia entram em campo para encarar os belgas.

Quando o �rbitro apitou o fim de jogo, depois de o Brasil atravessar a muralha mexicana, a festa tomou conta da torcida. Um pouco contida, na verdade, pois era hora de encarar o batente em uma semana que come�ou �s 13h da segunda-feira. Depois de gritos, abra�os e l�grimas, era hora de pegar o caminho ao trabalho. As banc�rias Rayana Maya, Vanessa Augusta, Marina Lopes e P�mela Thais irradiavam felicidade ao deixar bares da regi�o central, na Avenida Amazonas, em dire��o � ag�ncia, que abriu mais tarde. Ap�s a vit�ria por 2 a 0, a esperan�a do t�tulo foi renovada. “Achei um primeiro tempo fraco e tive d�vida quanto ao resultado diante dos mexicanos”, confessou Rayana, que depois do placar favor�vel passou a acreditar na possibilidade de os brasileiros trazerem o hexa.

A expectativa dos comerciantes para vendas n�o era muito alta, devido ao hor�rio da partida. O comerci�rio Martinho Gomes da Silva, que atende em um bar da Rua Aar�o Reis, na Pra�a da Esta��o, contou que os torcedores evitam beber, por ter de voltar ao trabalho ap�s a partida. “Os jogos da tarde trazem melhores resultados para  bares e restaurantes”, disse, j� fazendo as contas para a sexta-feira.

Mesmo assim, ontem os bares de pontos como a regi�o central, Barro Preto, Santo Agostinho e Lourdes se prepararam desde as primeiras horas da manh� para receber os torcedores, que aos poucos foram chegando e ocupando mesas e cal�adas. Na Rua Mato Grosso, entre a Avenida Augusto de Lima e a Rua Guajajaras, Maria Geralda Castro antecipou o hor�rio de montagem de seu carro de lanches, de meio-dia para as 9h. Precavida, instalou uma TV na cal�ada e distribuiu mesas at� a rua.

Quando come�ou a batalha na R�ssia, as ruas ficaram vazias e os restaurantes e bares, lotados. Na Avenida Amazonas com a Rua dos Guajajaras, funcion�rios de uma farm�cia disputavam sacos de pipoca diante de um aparelho de celular improvisado para a transmiss�o coletiva da partida. J� com o placar de 2 a 0 sacramentado, a correria come�ou para uma outra disputa: a de chegar ao trabalho a tempo. Ao t�rmino da partida, congestionamentos se espalharam, principalmente nos acessos ao Centro, e se prolongaram at� depois das 15h.

Bares do Centro tiveram uma manhã de segunda de mesas cheias e já fazem as contas para a sexta-feira (foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
Bares do Centro tiveram uma manh� de segunda de mesas cheias e j� fazem as contas para a sexta-feira (foto: Jair Amaral/EM/DA Press)


Tumulto na rua, torcida na escola


Nas portas das escolas que mantiveram as aulas ontem, o tumulto ocorreu principalmente no fim da manh�, com congestionamentos diante de unidades que liberaram as turmas mais cedo. Em algumas, os alunos foram dispensados horas antes do in�cio da partida, mas muitos resolveram ficar para acompanhar a transmiss�o com os colegas. As aulas da tarde tamb�m tiveram que ser remanejadas e come�aram �s 14h.
Antes de a bola rolar, o assunto nas aulas do Col�gio Sagrado Cora��o de Maria era a Sele��o. A expectativa tomava conta dos torcedores, que apostavam na vit�ria brasileira, mas n�o demonstravam muita confian�a. “Tenho certeza de que o Brasil tem capacidade para ganhar esta Copa, mas ainda precisa se esfor�ar mais”, comentou Vitor Gross, de 15 anos, do primeiro ano do ensino m�dio. Pouco antes das 11h, alunos e professores se reuniram no audit�rio para assistir ao jogo.


Sem gols, a frustra��o estampou o rosto de alunos ao fim do primeiro tempo. “O time estava pouco ofensivo. Quase n�o atacou, nem chutou a gol. S� tocou a bola”, disse Maria Eduarda Carmo de Azevedo, de 13, aluna do oitavo ano. Quando o gol finalmente saiu, a plateia vibrou: alunos e professores se abra�aram e a emo��o tomou conta do audit�rio. “A energia aqui � muito melhor do que ficar em casa”, destacou Julia Queren, de 13, que vestia a camisa da Sele��o. A partir da�,os gritos ficaram mais fortes, mas os olhos continuaram fixos na tela. O clima era de apreens�o, mas a sensa��o foi de al�vio quando a vit�ria chegou. “Estou com muita esperan�a. Temos chance de ganhar esta Copa”, animou-se Julia. (Estagi�ria sob supervis�o do editor Roney Garcia)

O M�xico em verde-amarelo


Em bar da Rua México, Carla Cibele não dispensou o sombrero, mas, para não dar chance ao azar, usou as cores da Seleção Brasileira(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Em bar da Rua M�xico, Carla Cibele n�o dispensou o sombrero, mas, para n�o dar chance ao azar, usou as cores da Sele��o Brasileira (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)

Quando o M�xico venceu a Alemanha, na primeira fase da Copa do Mundo, os sism�grafos registraram tremor artificial na Cidade do M�xico, causado pela comemora��o dos torcedores nas ruas e pra�as. Na manh� de ontem, depois da elimina��o dos mexicanos, n�o se tem not�cia de tremores. Nem l�, nem aqui, na Rua do M�xico, no Bairro Jardim Canad�, em Nova Lima, Grande BH. Bem distante do pa�s latino que lhe deu nome, na rua quem comemorou foram os brasileiros.


Na rua, n�o havia sinal de torcedores no momento do jogo, nem brasileiros tampouco mexicanos. O movimento vinha do Bar Tuke, onde muitos torcedores se encontraram. No entanto, o propriet�rio, Fernando Braz, de 38 anos, acredita que o movimento ser� maior no jogo de sexta-feira.


N�o poderia faltar � decora��o do bar da Rua M�xico um sombrero. Mas, para n�o dar chance ao advers�rio – nem ao azar –, Fernando tratou de decor�-lo com verde e amarelo.Tamb�m n�o houve espa�o para a tequila, o que prevaleceu foi a bebida amada pelos brasucas, a cerveja. “N�o d� para assistir sem beber uma cervejinha”, brincou a tamb�m propriet�ria do estabelecimento Neuza Fernandes, de 59.


A cabeleireira Carla Cibele Santos Souza, de 35, apostou no visual e, desde o in�cio do jogo, estava confiante da vit�ria. Al�m da camisa canarinho, decorou as unhas com azul, verde e amarelo. “Deu certo nos outros jogos, ent�o pinto sempre”, diz. Carla planejava desenho mais elaborado, caso o Brasil avan�asse para as quartas de final. A empres�ria Cristiane Figueiredo, de 42, tamb�m caprichou no vestu�rio para acompanhar o jogo. Ainda preparou o sobrinho, o pequeno Artur, de 1 ano e 10 meses, para j� desde pequeno torcer pela Sele��o.


Em outra regi�o da cidade, na Pra�a do M�xico, no Bairro Conc�rdia, confirmou-se que na manh� de segunda n�o haveria abalos. N�o se importando com o fato de a pra�a ter o nome do advers�rio, muitos torcedores foram para o Bar e Restaurante Reinar para acompanhar a partida. Com o retrospecto de outras sele��es, como Argentina e Espanha, que sucumbiram nas oitavas de final, os brasileiros estavam cautelosos. A comemora��o de peito aberto s� veio mesmo depois do segundo gol, do atacante Firmino. “Estava esperando mais da Sele��o. Pensei que o Brasil ganharia f�cil”, afirmou o advogado Adelmo de Oliveira, de 55. Ao fim do jogo, enfim, ele p�de comemorar. Que venham os belgas.


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