
“Queria muito assistir ao jogo, mas meu dedo d�i demais, principalmente quando piso ou mexo o p� esquerdo”, disse Marcos, que de t�o f� de futebol vestiu uma camisa do Real Madrid, de Cristiano Ronaldo, para ir � UPA.
“Fiquei com medo de ele ter quebrado o dedinho. Se n�o estivesse aqui, com certeza assistiria ao jogo, mas sentindo a dor que ele sente, a gente quer mais � ser atendido. Se der, vemos o segundo tempo”, disse a m�e do garoto.

A servidora p�blica Elisabete Aparecida Lucas, de 39, tamb�m estava mais interessada em ser atendida do que no placar de Brasil e M�xico. “De repente, meu dedo inchou sem eu ter batido em algum lugar nem torcido. Estou preocupada e com muita dor. Nem lembrava que tinha jogo hoje”, disse a funcion�ria p�blica. Quando o jogo se iniciou, os pacientes mais f�s de futebol e que estavam em condi��es, sa�am por breves momentos para conferir o placar da partida.
A Rua Minasl�ndia, onde a unidade fica, est� toda enfeitada com bandeirinhas verdes e amarelas, os muros ganharam s�mbolos nacionais e de apoio � Sele��o, mas dentro da UPA o drama da lentid�o do atendimento sufocou o clima de Copa.
Na UPA Centro-Sul, o dia tamb�m foi de muitos atendimentos, com as salas de espera e de classifica��o de risco lotadas. Contudo, uma TV de 18 polegadas instalada na recep��o concentrou as aten��es e trouxe comemora��es, ainda que t�midas, quando o Brasil marcou os dois gols.
“A gente fica ainda com uma alegria. Mas quando o jogo acabar, voltamos pra esse supl�cio nosso do Brasil”, disse o atendente M�rcio Dias, de 40 anos, que sentiu um mal s�bito e amargava a espera de atendimento numa cadeira de rodas.