
Quando a bola rolar para as quartas de final da Copa entre Brasil e B�lgica, �s 15h de uma sexta-feira no hor�rio de Bras�lia, enquanto a Sele��o Brasileira joga seu futuro em Kazan, na R�ssia, outro esquema estar� em jogo nas ruas de Belo Horizonte: o aparato montado para administrar uma torcida que n�o para de crescer. Impulsionada pelo avan�o do time de Tite, a multid�o que se re�ne em locais p�blicos de exibi��o – os mais tradicionais deles a Savassi e a esplanada do Mineir�o – aumenta a cada jogo, com uma exig�ncia de infraestrutura que j� surpreendeu os organizadores em mais de uma oportunidade. Para evitar novos imprevistos, a Pol�cia Militar j� anuncia refor�o no efetivo nas ruas da capital e a prefeitura organiza um mutir�o de limpeza e conscientiza��o para a partida decisiva.
Por isso, mesmo sem revelar n�meros, a Pol�cia Militar informou que cadetes e policiais em forma��o de sua academia v�o refor�ar a seguran�a p�blica nas ruas, assim como militares do setor administrativo. A regi�o da Savassi e as �reas externas do Mineir�o receber�o aten��o especial, em virtude do grande p�blico esperado.
De acordo com o chefe da Sala de Imprensa da PM, major Fl�vio Santiago, o incremento de policiamento visa a inibir crimes que aumentam com os jogos, como os furtos. “Temos uma amplia��o de furtos de celulares e de carteiras, que ocorrem enquanto as pessoas est�o torcendo, muitas vezes distra�das. A presen�a da pol�cia, nesses casos, inibe a a��o de bandidos que se aproveitam dessas situa��es”, disse.

Segundo o policial, outro tipo de situa��o que ter� aten��o especial da corpora��o s�o as brigas, que aumentam nessas circunst�ncias, muitas vezes devido ao consumo excessivo de bebidas alco�licas. “A mera presen�a do policiamento j� se faz suficiente para que esse tipo de comportamento n�o ocorra e o cidad�o possa assistir aos jogos com tranquilidade”, afirmou o oficial.
No jogo de segunda-feira, houve tumultos e princ�pios de confus�o na Savassi, provocados principalmente pela lota��o – que tende a aumentar depois de amanh�. Por isso, organizadores do evento j� chegam a cogitar um esquema de retirada de ingressos para acesso � �rea de exibi��o da partida. O major Orleans Ant�nio Dutra, comandante do policiamento na regi�o, destaca a necessidade de os torcedores chegarem mais cedo, porque, se n�o houver controle de p�blico, a seguran�a fica comprometida. “O ideal � que quem deixar para a �ltima hora j� procure outro local para ver o jogo”, afirma o militar.
Tanto no Mineir�o quanto na Savassi, ainda que os eventos sejam particulares, a Superintend�ncia de Limpeza Urbana (SLU) j� precisou promover a��es corretivas de remo��o de res�duos “para o conforto e a seguran�a dos cidad�os”, informou o �rg�o da prefeitura. Para a pr�xima partida, um dos alertas mais incisivos � contra as garrafas de vidro ou long necks. “A Prefeitura de Belo Horizonte esclarece que promove a��es educativas junto aos estabelecimentos que est�o transmitindo os jogos da Copa. O objetivo � alertar os propriet�rios sobre as regras do C�digo de Posturas relativas � polui��o sonora, para evitar a perturba��o do sossego, e sobre as quest�es de seguran�a, evitando o uso de garrafas de vidro. O trabalho educativo � realizado em todas as regi�es da cidade, com intensifica��o das a��es onde h� grande concentra��o de pessoas”, informou a PBH.

Na Savassi, ontem, mais de 24 horas depois do jogo contra o M�xico, ainda era poss�vel notar rastros da concentra��o da v�spera, em forma de lixo em canteiros e cal�adas. Garrafas de bebida, pontas de cigarro, tampinhas, embalagens de alimentos e restos de comida ainda sujavam espa�os p�blicos da regi�o, que � tida como uma das mais agitadas da capital mineira.
�rea de intenso com�rcio e vida noturna, ponto tradicional do happy hour, que na sexta come�a mais cedo para muita gente, na Savassi os trabalhadores se dividem quando a bola rola para jogos da Copa. Para pessoas como Gl�ria de Freitas, de 33 anos, atendente de uma loja de roupas, o jogo � um momento de monotonia. “Ningu�m quer saber de comprar e eu, que n�o gosto muito de futebol, fico aqui esperando clientes e jogando no celular”, disse. J� o gar�om David Ant�nio dos Santos, de 22, prev� que o trabalho vai se multiplicar, como vem ocorrendo gradativamente a cada vit�ria da Sele��o. “A Copa � aquela hora em que a gente mais trabalha, mas � tamb�m divertido. Levamos os pedidos dos clientes, mas, quando sai o gol, comemoramos tamb�m.” (Com Lucas Eduardo Soares, estagi�rio sob supervis�o do editor Roney Garcia)
Esquema do jogo
Confira como ser� o funcionamento de �rg�os, com�rcio e servi�os na sexta-feira, dia da partida entre Brasil e B�lgica, �s 15h de Bras�lia
ECONOMIA
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Ag�ncias funcionar�o das 9h �s 13h
»COM�RCIO
Tanto as lojas de rua quanto as de shoppings poder�o fechar, ficando a cargo do empres�rio a decis�o, j� que a libera��o dos funcion�rios n�o � obrigat�ria
SERVI�O P�BLICO
»REPARTI��ES ESTADUAIS e MUNICIPAIS DE BH
Expediente das 8h �s 14h
»REPARTI��ES FEDERAIS
�rg�os e entidades federais ficar�o abertos. Servidores que optarem por trabalhar at� as 13h ter�o de compensar a carga hor�ria
EDUCA��O
»ESCOLAS MUNICIPAIS, ESTADUAIS E PARTICULARES
Cada unidade ter� autonomia para definir como ser�o as aulas em dias de jogos, assim como o sistema de reposi��o
TRANSPORTE
O funcionamento dos sistemas da capital e Grande BH ainda ser� definido