Parada LGBT de BH vai �s ruas por mais democracia e direitos humanos em 2018

Enquanto a R�ssia vive seus momentos finais de Copa do Mundo, ainda n�o h� muito fair play com pessoas LGBTI+ no maior pa�s do planeta. No in�cio da competi��o, um casal de homens franceses foi agredido ao pegar um t�xi em S�o Petersburgo e levantou a discuss�o sobre LGBTfobia. Do lado de c�, o pa�s pentacampe�o no futebol lidera uma triste estat�stica de crimes contra essa popula��o: a cada 19 horas, um integrante do grupo LGBT � morto no Brasil. Em ano de elei��o, com intuito de reverter o alto n�mero de viol�ncia, o tema ganha uma propor��o ainda maior e, em Belo Horizonte, se tornou a principal pauta da 21ª edi��o da Parada LGBT, que pretende reunir 80 mil pessoas em prol do orgulho no domingo.

“Mais democracia e mais direitos humanos: esse � o Brasil que queremos para as pessoas LGBT” � o lema da edi��o deste ano que, segundo os organizadores, serve para questionar quem s�o os pol�ticos que ocupam as cadeiras e se eles, de fato, representam essas pessoas. “N�o d� para pensar em cidadania plena para cidad�s e cidad�os LBGT sem trabalho digno, sem sa�de, sem educa��o, sem seguran�a e, o que � mais grave, sem direito � vida. � isso que n�s sofremos cotidianamente. Gostaria de estar aqui depois de 21 anos falando de outras coisas mas, infelizmente, a gente continua neste lugar de bancar e de buscar os direitos fundamentais que todos j� t�m”, pontuou Azilton Viana, presidente do Centro de Luta pela Livre Orienta��o Sexual de Minas Gerais (Cellos-MG) – que organiza a Parada ao lado da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e Belotur.

O trajeto ser� o mesmo de outros anos, com concentra��o a partir das 11h na Pra�a da Esta��o, onde fica montado o palco para os shows e atos pol�ticos. Ap�s as apresenta��es e manifesta��es no palco, a parada segue pela Avenida Amazonas em dire��o � Pra�a Sete, onde os organizadores prometem um “ato surpresa”. De l�, eles seguem caminhando at� a Pra�a Raul Soares, pr�ximo ao Barro Preto, onde o desfile termina. “Hoje, a Parada assume uma dimens�o de di�logo com toda a sociedade. Por isso, a gente v� muitas fam�lias celebrando a diversidade. Esse � o di�logo que queremos. Se voc� tem uma cultura do �dio, a nossa resposta ser� sempre alegria, vida e afeto”, completou Azilton.

Neste ano, a PBH aumentou o repasse de R$ 100 mil para R$ 120 mil. O valor ser� destinado � estrutura da Parada, como grades, banheiros e palcos.

N�MEROS Em 2017, das 445 l�sbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis v�timas da homofobia no Brasil, 43 morreram em Minas Gerais. Foi o segundo estado em n�mero de notifica��es de assassinatos e suic�dios dessa popula��o, segundo dados divulgados no in�cio do ano pelo Grupo Gay da Bahia (GGB). Segundo Thiago Costa, da Subsecretaria de Direitos e Cidadania, o N�cleo de Atendimento e Cidadania LGBT da Pol�cia Civil registrou crescimento de 134% da procura em rela��o ao primeiro quadrimestre do ano passado.

*Estagi�rio sob supervis�o do editor Roney Garcia